A Importância da Psicomotricidade na Inclusão de Alunos com Síndrome de Down
Por: Henderson Silva • 13/12/2016 • Trabalho acadêmico • 985 Palavras (4 Páginas) • 1.126 Visualizações
A Importância da Psicomotricidade na Inclusão de Alunos com Síndrome de Down
Introdução
Segundo Lopes (2010) apud , a psicomotricidade, em sua ação educativa, pretende atingir a organização psicomotora da noção do corpo como marco espaço- temporal do “eu” (concebido como unidade psicossomática). Esse marco é fundamental a qualquer processo de conduta ou de aprendizagem, pois, busca conhecer o corpo nas suas relações múltiplas: perceptiva, simbólica e conceitual, que constituem um esquema representacional e uma vivencia indispensável à integração, à elaboração e à expressão de qualquer ato ou gesto intencional. No entanto, essa técnica não pretende realçar a automação, a eficácia, a destreza motora ou o rendimento motor. Pretende, na verdade, transformar o corpo em um instrumento de ação sobre o mundo e em um instrumento de relação e expressão com os outros.
Lopes (2010) apud, cita ainda que a prática psicomotora, deve ser compreendida como um processo de ajuda que acompanha a criança em seu próprio percurso maturativo, que evolui desde a expressividade motora e do movimento até o acesso à capacidade de autonomia, independência e aquisições mais elaboradas como as intelectuais.
Conforme Lopes (2010, p.10) a psicomotricidade, em seus primórdios, estudava o corpo nos aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores. Os estudiosos se preocupavam com o fato de alguns seres vivos não apresentarem movimentos coordenados, simétricos e sincronizados no espaço e no tempo.
Partindo desse pressuposto Fonseca (1988) apud Lopes (2010, p. 10) afirma que a psicomotricidade integra mente e corpo, de modo a permitir que a criança perceba o seu corpo, domine os seus movimentos e melhore sua expressão corporal.
A psicomotricidade definiu-se como campo transdisciplinar, que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistemáticas entre o psiquismo e a motricidade, sendo aplicada em crianças em fase de desenvolvimento; crianças com atrasos no desenvolvimento global; pessoas portadoras de deficiências sensoriais, mentais e psíquicas.
Le Bouch (2001) apud a criança portadora da síndrome de down, desde a fase da educação infantil, apresenta um desenvolvimento global mais lento que as crianças ditas “normais”, o que justifica a necessidade de estimulação integral por parte dos educadores.
Corroborando com isto, a referida criança, possui um atraso no desenvolvimento psicomotor e um atraso no funcionamento mental abaixo da média; há casos em que é hipoativa, apresenta hipotonia e dificuldades na atenção, conforme descrito por Frug (2001) apud.
Com isso o objetivo do estudo foi verificar a contribuição da psicomotricidade na inclusão de alunos com a síndrome de down na escola.
1. Breve Histórico da Sindrome de Down
Em 1866, o médico Britânico Dr. John Langdon Down, descreveu o diagnóstico da condição genética dessa mutação, e, portanto, foi homenageado recebendo o nome de Síndrome de Down. Assim,após o reconhecimento desse diagnóstico do Dr. Down, surgiram várias contribuições para desmistificar o preconceito e a exclusão que tinham a respeito das pessoas que nasciam com essa síndrome, nas quais se atribuíam, a idiotiamongolóide (semelhança aos povos nascidos na Mongólia), da idiotia cretinóide, que de acordo Saad (2003, p. 39) apud “Essas práticas eram condizentes com os ideais clássicos de cultivo e perfeição corporais como base política da cultura e da sociedade grega clássica”. Portanto eram pessoas diferentes dos padrões postulados pela sociedade clássica.
A síndrome de down é também chamada de trissomia 21, uma ocorrência genética do cromossomo extra no par 21, seja inteiro ou parcial, somando 47 cromossomos, ao contrário da normalidade onde o número é 46, a incidência é de um a cada mil nascimentos, tanto em meninos quanto em meninas, independente de etnia ou origem, e classe social.
No entanto, a síndrome causa na criança limitações do ponto de vista social e educacional, mas dependendo do potencial genético e da estimulação recebida no meio, a criança pode desenvolver as suas potencialidades e habilidades, sem contudo serem estereotipadas, como crianças incapazes ou mesmo inferiores.
O processo de aprendizagem está ligado ao corpo em movimento e a mente. O movimento é comandado por três fases: os músculos, a emoção e os nervos, que formam um sistema de sinalizações que permite atuar de forma coordenada e sincronizada.A mente transmite sinais aos músculos através de mecanismos cerebrais, que ordenam para o controle da contínua atividade de movimento e específica finalidade da capacidade de equilíbrio e segurança as posições estáticas, que constituem as estruturas psicomotoras da unidade básica do movimento.Dessa forma, o organismo constitui a infra-estrutura neurofisiológica de todas as coordenações do desenvolvimento psicomotor e cognitivo do indivíduo.
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