Análise Ergonômica de um posto de trabalho
Por: 1326 • 14/4/2015 • Resenha • 2.504 Palavras (11 Páginas) • 516 Visualizações
FACULDADE CLARETIANO EAD
BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
ERGONOMIA E GINÁSTICA LABORAL
ATIVIDADE 9ª SEMANA
Professor: Evandro Marianetti Fioco
Aluna: Kamila Bárbara Oliveira Cruz
RA 1142539
VITÓRIA ES
07 de Abril de 2015
Atividade 9ª Semana - Atividade no Portfólio
Objetivos
• Compreender o conceito de Doenças Ocupacionais nos diferentes postos de trabalho.
• Refletir sobre a relação entre os fatores de riscos individuais e pessoais e o uso dos EPI.
• Incluir objetivo prático. Descrição da atividade Com base nas leituras propostas, responda às questões a seguir:
- Cite e defina as três categorias de riscos aos quais o trabalhador está exposto. Qual a sua visão/conceituação sobre esses riscos? Apresente uma justificativa.
Segundo PADOVEZ, R. F. C. M. Ergonomia e Ginástica Laboral. Batatais: Claretiano, 2015. As doenças relacionadas ao trabalho têm seu desenvolvimento relacionado à associação de fatores de risco individuais, biomecânicos e psicossociais. Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou ergonômicos sem proteção compatível com o risco envolvido. Essas condições compreendem um conjunto de doenças inflamatórias e degenerativas que resultam em dor, comprometimento funcional e, por seu caráter crônico, trazem prejuízo à vida familiar, social e produtiva do indivíduo.
Tendo em vista a conceituação do autor, podemos entender com clareza os riscos e fatores determinantes para a ocorrência de doenças do trabalho. Quanto a minha visão compreendo que os inúmeros fatores relacionados aos fatores de risco, interferem diretamente na saúde física, social e psicológica aos quais o trabalhador está exposto. O trabalhador consequentemente sofre com esses fatores, que podem levar a um quadro sério de lesões, desgastes e ou doenças como LER e DORT, o que gradativamente diminuem seu rendimento profissional, causados por dores, desconfortos e até mesmo nos casos mais graves levando ao afastamento do cargo ou posto de trabalho. Tal ocorrência pode levar outras complicações na vida do mesmo, onde a sensação de frustação e impotência física acabam trazendo desgastes psicológicos e emocionais, nenhum trabalhador espera passar por isso, principalmente se o mesmo estiver no auge de sua carreira e também depende e é totalmente feliz e realizado profissionalmente.
Mas, enfim não podemos desconsiderar esses fatores de risco e devemos como profissionais da área buscar meios através de nossa prática e aprendizado para orientar esses profissionais que estiverem ao nosso redor e os que nos procuram para fazer uma análise ergonômica de seu posto de trabalho e sua postura durante a execução do mesmo, buscando a prevenção e possível recuperação dos sintomas reversíveis e aliviar os já existentes.
- Fatores de Risco Individuais ou Pessoais.
Idade: quanto maior a idade do trabalhador, maior o risco de apresentar doenças devido aos efeitos cumulativos do tempo de exposição a fatores de risco, bem como em decorrência das alterações típicas do processo de envelhecimento, como exemplo as alterações do tecido cartilaginoso.
Sexo: mulheres apresentam menor força muscular; sofrem influência da regulação hormonal; apresentam menor limiar de percepção da dor, com possível influência do estrógeno na maior percepção e experiência subjetiva da dor em mulheres.
Antropometria: postos de trabalho planejados em desacordo com as medidas antropométricas de seus usuários levam à adoção de posturas inadequadas que sobrecarregam as estruturas musculoesqueléticas, levando ao aumento da pressão intramuscular, redução do fluxo sanguíneo (reduzindo a oferta de O2 e nutrientes e levando ao acúmulo de substâncias algogênicas, como os produtos do metabolismo celular: CO2, ácido lático e demais metabólitos).
Repertório genético: as características genéticas como histórico de doenças na família, biótipo e comorbidades herdadas apresentadas pelo trabalhador podem contribuir para aumentar o risco de esse trabalhador desenvolver alterações musculoesqueléticas e lesões.
Doenças crônicas prévias/Condição de saúde: o histórico de doenças prévias, acidentes e lesões apresentados pelo trabalhador podem repercutir em risco aumentado de desenvolver ou agravar um quadro clínico com a exposição ao trabalho.
Tabagismo: a nicotina provoca vasoconstrição, o que reduz a oferta de oxigênio e nutrientes para os músculos, ligamentos e discos intervertebrais, aumentando a propensão ao desenvolvimento de processos degenerativos nos discos intervertebrais e à lesão.
Nível de escolaridade: estudos demonstram que, quanto menor o nível de escolaridade do trabalhador, maior a exposição prévia desse a atividades laborais pesadas. Tal exposição aumenta a sobrecarga sobre o sistema musculoesquelético, tornando o trabalhador mais propenso a apresentar distúrbios, principalmente nas regiões da coluna lombar e membros inferiores.
Hobbies, prática de esporte: dependendo da frequência e intensidade, a prática de hobbies e esportes gera sobrecarga adicional ao sistema musculoesquelético. Certas práticas, como tricotar e/ou tocar violão, podem implicar exposição a fatores de risco como repetitividade e posturas inadequadas. A prática de determinados esportes pode sobrecarregar estruturas específicas, como a articulação do ombro no caso do voleibol, que fica exposta à realização contínua de movimentos extremos da articulação associados ao uso de força.
Trabalho doméstico/dupla jornada: a dedicação do tempo livre às atividades domésticas, principalmente pelas mulheres; bem como o duplo emprego são fatores que reduzem o período de recuperação dos grupos musculares solicitados durante o trabalho. Esse período de recuperação reduzido aumenta o risco de lesão, especialmente quando o indivíduo realiza atividade laboral fisicamente pesada, como é o caso de trabalhadores da área de Enfermagem e de setores agrícolas, por exemplo.
Treinamento: a prática de uma determinada atividade laboral pode auxiliar os trabalhadores mais experientes a adotarem posturas que gerem vantagens biomecânicas durante o manuseio, reduzindo a sobrecarga imposta ao sistema musculoesquelético.
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