Habilidades Locomotoras Básicas

[pic 1]

[pic 2]

[pic 3]

[pic 4]

[pic 5]

[pic 6]

[pic 7]

[pic 8]

SUMÁRIO

Introdução        3

1-        A marcha e o salto: habilidades locomotoras básicas de domínio essencial do profissional de educação física.        3

2- Situação problema envolvendo a marcha        6

3- Metabolismo do lactato: uma revisão sobre bioenergética e a fadiga muscular        7

4-        Considerações Finais        9

Referências        10

Introdução

O objeto da educação física é o movimento humano e a corporeidade e cada vez mais vem ganhando espaço na área da saúde e na melhora e manutenção de esportes de alta performance. O movimento humano, objeto da Educação física é uma atividade complexa, resultado de fatores internos, como o estágio de maturação e desenvolvimento, biomecânica do corpo, saúde dos ossos, desenvolvimento dos músculos e externos, tais como alimentação e outras influencias ambientais que o indivíduo se encontra. Conhecidos tais fatores torna-se evidente o quanto pensar o movimento em todos os seus aspectos físicos e biológicos são necessários para se pensar formas de desenvolver mais precisão, economia de esforço e aprendizagem.

Para se discutir essa questão a seguir discutiremos a marcha como habilidade locomotora fundamental, a partir de elementos de cinesiologia e psicomotricidade, depois a importância de considerarmos os estágios de desenvolvimento motor do indivíduo para proposição e refinamento das atividades físicas e os fatores fisiológicos e do metabolismo que impactam na musculatura, finalizando a proposta de reflexão interdisciplinar dos fundamentos do movimento humano.

1. A marcha e o salto: habilidades locomotoras básicas de domínio essencial do profissional de educação física.

A marcha (caminhar, andar) corresponde à habilidade humana básica e consciente que envolve distintos padrões de movimentos estabelecidos por complexas estruturas neurológicas sincronizadas com as demais funções do aparelho locomotor humano e permite que o mesmo possa deslocar-se pelo ambiente, transferindo peso de um membro inferior para outro, gerando diversos movimentos cíclicos que projetam seu corpo para frente e o deslocam ritmicamente no espaço, mantendo o progresso do movimento.

Diversas variáveis, estudadas por diversos ramos da ciência envolvem a execução da marcha e a compreensão da marcha:

A cinemática auxilia na descrição de características como deslocamento, velocidade, ângulo. A cinética busca explicar a causas que geram este movimento, ou seja, a "força". Além dessas características, citadas pelos autores, a marcha é composta pelas variáveis espaço-temporais, onde encontram-se: cadência, tempo de duplo apoio e apoio simples, comprimento do passo, entre outros (ESTRÁZULAS, 2005 p.1).

Em cada etapa da vida do indivíduo, algumas variáveis são mais evidentes na marcha, pois o padrão do aparelho locomotor apresentado por uma criança, adulto ou idoso é resultante da interação de vários fatores dos diversos domínios do comportamento humano.

Para criança que começa a desenvolver a marcha nos primeiros anos de vida, o padrão de marcha bípede é adquirido somente após os 7 ou 8 anos, em que o sistema sensório-motor torna-se muito adaptado a gerar automaticamente um conjunto repetitivo de comandos de controle motor para permitir uma pessoa caminhar sem esforço consciente. Nos adultos, por ser um movimento diário, o padrão de marcha é próprio de cada indivíduo e bem definido, porém podem ocorrer alterações por problemas neurológicos ou algum tipo de patologia. Já na terceira idade, a queda ou o medo desta, implica em níveis diminuídos de atividades com subsequente perda da função muscular, tecido articular e processamento de informação, podendo assim acontecer alterações no padrão da marcha.

Atualmente existem diversos meios para se avaliar a marcha humana e a partir de tais avaliações, informações importantes podem ser obtidas sobre a marcha do avaliado, como o tamanho do passo e da passada, a velocidade, a cadência de movimentos e outros.

Dentre os meios de análise de movimentos, podem haver sistemas de marcadores ativos ou passivos. São exemplos de sistemas baseados em marcadores ativos o Selspot, OptoTrack e Colstel, que utilizam diodos emissores de luz (LED) atados ao corpo dos sujeitos. Já são exemplos de sistemas passivos o Elite, MaxReflex e Vicon, que operam por meio do registro da luz infravermelha refletida pelos marcadores. Esses sistemas que operam com luz infravermelha, de marcadores ativos ou passivos, utilizam hardwares específicos que realizam operações básicas de processamento de imagens.

A marcha pode ser avaliada também por meio de protocolos, tais como o Protocolo de Cerny, desenvolvido em 1983 e que fornece dados relevantes para o estudo da marcha por meio do deslocamento habitual do indivíduo pelo ambiente,  o Teste de Tinet ti, criado em 1986 e classifica aspectos da marcha como a velocidade, a distância do passo, a simetria e o equilíbrio em pé, o girar e também mudanças com os olhos fechados, a partir de duas escalas: de equilíbrio e marcha  e o  Timedupand Go (TU G), desenvolvido em 1991, é muito utilizado na  prática clínica com o objetivo de avaliar a mobilidade funcional, risco de queda ou equilíbrio dinâmico em adultos, tendo os seus valores normativos já estabelecidos nesta população (ARAUJO et al 2005).

A marcha humana normal é caracterizada por um ciclo que se inicia com o contato do calcanhar com o solo (fase de apoio) e termina quando o pé deixa o solo (fase de oscilação), em que são necessários os movimentos coordenados do músculo não estriado e articulações móveis das pernas, dos joelhos e dos quadris, conforme imagem abaixo

[pic 9]

Fonte: ARAUJO et al (2002)

1. Situação problema envolvendo o salto

Realizar um salto significa realizar movimentos precisos e intencionais, resultado do domínio de habilidades elementares que foram aprendidas ao longo do desenvolvimento do indivíduo, a aprendizagem motora, diretamente ligada a seu nível de maturação e ao ambiente em que se está inserido.