História da Ginastica

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Paulo Sérgio Rufino Junior – RA 8007096

 

ATIVIDADE DO CICLO 1

                                                                

                                                        

VITÓRIA

2017

Os exercícios físicos estão deveras atrelados à história da humanidade, que por vezes confunde-se com a mesma. Na pré-história os exercícios físicos eram praticas apenas em detrimento da sobrevivência do homem, usados em caçadas, defesa e rituais, na antiguidade, em especial nas civilizações orientais, os exercícios passaram a ser parte de festas, jogos e rituais religiosos, na Grécia, onde o esporte mais se desenvolveu, o culto ao corpo fez com que a pratica confirmasse a concepção grega de corpo e mente sãos, dando à modalidade a busca pelo equilíbrio entre aptidões física e intelectual. Na idade média, devido a grande influência da igreja, a prática se distanciou do modelo grego, visto que a valorização do corpo era tido como algo imoral e pecaminoso. Nesta época resumiu-se a atividade física apenas a guerra e preparação militar, o que desvalorizou a importância do esporte na época.
No Renascentismo, o esporte voltou a tomar forças, com adoção das ideias clássicas, valorizou-se como agente de educação. Vários pensadores da época, filósofos e pedagogos, contribuíram para seu crescimento, um exemplo de sua valorização foi à frase do filósofo Jean-Jacques Rousseau: “O exercício tanto torna o homem saudável como sábio e justo.” A alemã, influenciada por Rousseau e Pestalozzi, teve como destaque Johann Cristoph Friederick Guts Muths (1759-1839) considerado pai da ginástica pedagógica moderna.
Johann, foi responsável pela propagação da ginástica em aparelhos, por todo mundo, uma vez que durante o bloqueio ginástico de 1820 a 1842 na Alemanha, diversos ginastas alemães emigraram para o mundo inteiro difundindo a ginástica de Jahn.
Separa-se, então, a expressão corporal dos exercícios de treinamento de guerreiros da antiguidade e ela passa a chamar-se "ginástica olímpica". Em 1861, em sua estreia pública, em Berlim, reúne seis mil pessoas.

Para a maioria dos especialistas, no inicio do século XIX, surgiram às quatro grandes escolas do esporte, a inglesa, que organizava jogos nas escolas publicas e ginasticas nas do primário, objetivando formação de bons chefes de empreendimentos e bons oficiais, bem como através da disciplina bons operários e soldados. A alemã, após o desmembramento do império provocado pela Primeira Guerra, iniciou uma grande reforma com o intuito de regenerar física e moralmente a juventude por meio dos exercícios físicos. Baseou-se nas ciências biológicas para transformar a ginástica em um meio de educação em massa capaz de atender às necessidades do Estado. A Sueca, a ginástica sueca surgiu com a finalidade de acabar com os vícios da sociedade, em especial o alcoolismo. Com a missão de regenerar a população, não possuía um caráter exclusivamente militar como as duas citadas, mas sim pedagógico e social. Além é claro, de trazer exercícios livres de aparelhos, fazendo um caminho para os exercícios terapêuticos. E por ultimo a Francesa, buscando o desenvolvimento da força física, da destreza, agilidade e resistência, pretendendo criar um homem completo, com caráter moral e patriótico.
Entrando em nossa realidade, as escolas que mais competem ao Brasil, são as escolas alemã, sueca e francesa.

A escola Alemã iniciou-se no Brasil através de soldados militares contratados por Dom Pedro II para elevar o contingente do exercito brasileiro, graças ao aspecto histórico da época, o método alemão caiu como luva fortalecendo a classe militar. Ganhando força na sociedade civil e nas escolas, onde a educação física foi aliada. Após ser consolidado no exercito, o método da escola alemã foi difundido também no ensino primário, sendo que alguns professores eram militares oficiais alemãs reformados.
O modelo da escola Sueca, defendida por Rui Barbosa, viria como uma reforma ao ensino primário, segundo Barbosa, o método seria mais apropriado já que o objetivo era desenvolver nas crianças o vigor físico necessário ao equilíbrio da vida, a felicidade da alma, a preservação da pátria e dignidade da própria espécie. Com a instauração da modernidade com a chegada das indústrias e a consolidação da republica, Rui Barbosa vê nas escolas o auxilio para a construção de um novo Brasil, a ginastica ficaria incumbida das praticas de promoção à saúde, de vigor, com objetivo de uma sociedade forte, com capacidade econômica e social almejada pela republica. O método foi bastante elogiado, tendo em vista sua suas abordagens sobre os conhecimentos anatômicos e fisiológicos. O ensino proposto do sueco realmente trouxe a republica um dinamismo totalmente pedagógico e a única similaridade ao método alemão seria a formação moral e física do povo.