Libras - Texto A Pessoa Surda
Por: IzabelleM • 9/4/2016 • Trabalho acadêmico • 883 Palavras (4 Páginas) • 537 Visualizações
A PESSOA SURDA E SUAS POSSIBILIDADES NO PROCESSO
DE APRENDIZAGEM E ESCOLARIZAÇÃO
O presente artigo relata sobre a pessoa surda e as suas possibilidades no processo de aprendizagem, discute o processo de escolarização e aprendizagem de alunos surdos das escolas regulares motivados pela educação inclusiva. Os autores buscam fazer uma crítica sobre os conceitos de dificuldade de aprendizagem e de deficiência, se fundamentando em Vigtotski. O mesmo trás uma analise sobre o processo de ensino aprendizagem, e da escolarização das crianças surdas, pelo fato de existir uma dificuldade na comunicação da linguagem brasileira dos sinais.
O processo de ensino aprendizagem é complexo, pois as políticas públicas garantem a todos um lugar assegurado na escola, mas ao mesmo tempo o sistema educacional responde isso como se todos os alunos fossem homogêneos, que não conseguem satisfazer as necessidades dos educandos.
As salas de aula cada vez mais cheias, os professores tratam os seus alunos como um número muitas vezes e não como um aluno, com suas características pessoas. Muitas vezes os alunos são tratados como se todos fossem padronizados todos iguais.
A partir disso muitas discussões surgem pela importância que isso tem no processo de aprendizagem e no desenvolvimento da criança. Cada vez mais o sistema busca indivíduos normais fazendo testes para constatar a normalidade, ou anormalidade. Segundo o Conselho Nacional de Educação os indivíduos que são diagnosticados com “dificuldades de aprendizagem” são encaminhados a Ensino Especial. Nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica a seguinte definição para a Educação Especial, na qual também perpassa o entendimento de um potencial genético e a ideia de padrão.
A Educação Especial é a modalidade de educação escolar entendida como um processo educacional que se materializa por meio de um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, diferentes das da maioria de crianças e jovens, em todos os níveis e modalidades de educação e ensino. (Resolução n.º 02/2002 do CNE,). Mesmo assim com todas essas garantias muitas crianças e adultos que precisam ser incluídos, não tem nenhum acesso à educação.
Muitos autores fundamentam esse presente artigo, relatando e enfatizando o enfoque histórico cultural, o pensamento está subordinado à linguagem e o desenvolvimento cultural só pode constituir-se na linguagem. E consequentemente os surdos são prejudicados, pois são introduzidos linguagem de sinais (LIBRAS e/ou português) muito tardiamente. Libras é o seu recurso de comunicação e de pensamento e, portanto, de desenvolvimento psicológico, o acesso a essa ferramenta social o mais cedo possível, é sua grande possibilidade de desenvolvimento integral.
Vigotski faz uma reflexão do surdo, analisando que o surdo estaria fisicamente mais propenso ao conhecimento do mundo e à participação ativa na vida social que o cego, já que conserva quase todas as possibilidades de reação física de uma pessoa normal. Muitas atividades de trabalho estão ao seu alcance, muito embora ocupe cargos de menor valor intelectual, com enfoque filantrópico.
Vigotski afirma que a falta de audição seria uma perda menos grave que a falta da visão, pois o mundo está representado na consciência do homem predominantemente como fenômeno visual. No entanto, ele é contundente ao considerar que a surdez é uma desgraça ainda maior que a cegueira, pois que isola a pessoa da comunicação e convivência social. A mudez, ao privar o homem da fala, o separa da experiência social, o exclui do vínculo comum com outro ser humano.
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