O DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL
Por: Arielly Mendes • 7/9/2018 • Trabalho acadêmico • 3.803 Palavras (16 Páginas) • 487 Visualizações
RESUMO
O desenvolvimento motor é a alteração do comportamento motor humano durante a vida. O presente estudo tem como objetivo ressaltar sobre a importância das atividades físicas para o desenvolvimento motor da criança. O mesmo fundamentou-se em pesquisas bibliográficas de diferentes pensadores em torno do tema, de artigos e site. Desta forma, a pesquisa enfoca o conceito das atividades físicas e sobre o papel do professor na importância do desenvolvimento integral da criança.
Palavras-chave: Educação Física Escolar, Desenvolvimento Motor, Benefícios, Atividade Física.
1. INTRODUÇÃO
O desempenho motor na infância se caracteriza pela aquisição de habilidades motoras, possibilitando de tal modo, que a criança tenha um amplo domínio de seu corpo em posições posturais, em locomoção e manipulação de objetos e instrumentos. A coordenação motora estuda as mudanças qualitativas e quantitativas das ações motoras do ser humano ao longo da vida. (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA, 2004). Toda criança gosta de correr, pular, saltar, enfim, praticar esportes e atividades físicas. Nestas atividades onde a criança se diverte, ela também melhora sua qualidade de vida (BORTONI; BOJIKIAN, 2007). A melhora das capacidades físicas com a prática do esporte é benéfica ou maléfica (ALVES; LIMA, 2008). Estudos também apontaram uma melhora nas capacidades físicas, como a melhora da velocidade, da coordenação motora e da agilidade em crianças tanto praticantes sobre o não praticante de esportes (BUZOLIN NETO et. al., 2009).
O objetivo geral deste estudo é o de compreender o que os estudos já realizados dizem sobre a relação existente na prática de atividade física e o desenvolvimento dascrianças . Os objetivos específicos deste estudo são: realizar uma revisão de leitura de artigos publicados no Google Acadêmico publicado entre 2010 a 2015 utilizando palavras-chave; identificar pesquisas que abordam sobre o desenvolvimento da coordenação motora e apontar os contextos de autores em relação aos benefícios da coordenação motora no desenvolvimento da criança.
A questão problema deste estudo é fundamentada em como as atividades físicas estimulam o desenvolvimento das mesmas. A necessidade de elaborar um estudo com esta temática é importante, pois o desenvolvimento da criança se trata da capacidade de desempenho das capacidades cognitivas, sociais, afetivas, motoras culturais, etc.
Trata-se de um estudo com base em análise documental sendo uma pesquisa qualitativa. Para coletar os dadoshouve leitura de artigos publicados dentre 2013 a 2017, no siteScielo. Foramutilizadas as palavras-chave selecionadas foram: Desenvolvimento Infantil, Educação, Educação Física.
Este estudo é de análise documental, de artigos publicados que pontam para a importância do desenvolvimento motor na faixa de idade escolar, dentre os 7 a 11 anos. De acordo com Andrade (2011) a coordenação motora está relacionada com vários aspectos da vida escolar e da vida diária, e com isso, é importante desenvolve-la mais a partir de exercícios, assim, está auxiliando não só os aspectos físicos, mas também outras áreas da vida.
Haywood e Getchell (2004) acreditam que a trajetória do desenvolvimento motor é caracterizada por mudanças de comportamento no decorrer da vida. Através de uma visão dinâmica, essas mudanças ocorrem direcionadas por restrições individuais, por experiências vivenciadas pelo indivíduo e pela especificidade e complexidade das atividades vivenciadas.
De acordo com Andrade (2011) a coordenação motora é um aspecto do desenvolvimento humano que está em constante desenvolvimento, podendo passar por transformações a depender da condição de vida e das situações. Este autor afirma, na fase sensória-motora o bebê vai aos poucos adquirindo movimentos corporais, primeiro inconscientes, vai testando até adquirir o hábito daquele movimento, tudo que é aprendido pelo bebê é a partir de sua percepção. Em seguida, quando a criança já adquiriu firmeza nas ações de andar, deslocar e pular, já são atividades associadas as suas funções psicológicas, e a criança vive a fase psicomotora. Á medida que vai crescendo, vão se desenvolvendo novas habilidades, tanto grossas como finas. Entretanto, em relação à realização de determinadas habilidades motoras, nas habilidades tanto grossas e como finas, há uma diferença entre meninos e meninas. Podendo ser perceptível na influencia do rendimento da criança na escola, um exemplo pode ser na questão de participar das atividades recreativas. Oportunidades de práticas motoras adequadas, atividades diversificadas quanto à progressão de dificuldades dos exercícios, dicas verbais e feedback relativos aos desempenhos e aos comportamentos positivos e estímulo e à valorização da criança em todos os momentos da aula são meios de promover a educação motora de uma criança. Seguindo esta linha de pensamento vê-se a importância motivacional para dissertar esta temática neste trabalho, abrangendo assim um aprofundamento do conhecimento da temática em questão.
O trabalho está dividido em capítulos, sendo o Capitulo I aborda sobre o desenvolvimento motor, o Capítulo II salienta sobre as contribuições do Profissional de Educação Física no desenvolvimento da criança e o Capítulo III traz a metodologia e as tabelas de autores utilizados para elaborar este estudo.
CAPÍTULO I
2. O DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL
Para Bock (et. al., 2002) o desenvolvimento infantil é apresentado dentro do processo global de desenvolvimento da criança, e se divide em quatro estágios : Sensório-motor, de 0 a 2 anos, quando a vida mental é praticamente só o exercício do aparelho reflexo, que o bebê vai aperfeiçoando com o tempo e com o treino. Os movimentos começam a se tornar coordenados, com o bebê passando a entender que se fizer determinado movimento pode atingir um objetivo mais distante; Pré-operatório, dos 2 aos 7/8 anos, quando a criança passa a se socializar. Ela ainda tem algumas características limitadas, porque não estabeleceu trocas suficientemente equilibradas; Operacional concreta, dos 7/8 a 11/12 anos, quando a criança passa a desenvolver trocas intelectuais, apresentando as seguintes características: estabelece relações de causa/efeito, meio/fim; dá sequência correta das ideias; trabalha com ideias sob dois pontos
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