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O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES ESCOLARES DA ZONA SUDESTE DE TERESINA-PIAUÍ.

Por:   •  30/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.870 Palavras (16 Páginas)  •  331 Visualizações

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NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES ESCOLARES DA ZONA SUDESTE DE TERESINA-PIAUÍ.

Autor: Thiago Thalles Rodrigues de Melo

Prof. Orientador: Stanley Lustosa Vasconcelos

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Bacharelado em Educação Física (EFL0101/2) – Trabalho de Graduação

24/10/2018

RESUMO

O objetivo geral do estudo é de analisar o nível de atividade física de escolares em uma instituição pública da zona sudeste da cidade de Teresina – Piauí. O estudo proposto se caracteriza por uma pesquisa quantitativa e descritiva. Os participantes foram 105 adolescentes, de ambos os sexos, com idade de 15 a 17 anos; todos devidamente matriculados a partir do 1º ao 3° ano do ensino médio, numa Escola Estadual Pública, localizada na cidade de Teresina-PI. O estudo teve seus dados coletados por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Dos 49 meninos analisados, 29 foram classificados como muito ativos, 7 como ativos e 13 como irregularmente ativos. Das 56 adolescentes do sexo feminino, 16 foram classificadas como muito ativas, 10 como ativas e 30 como irregularmente ativas. Somando os resultados dos dois sexos, o estudo constatou que o total de 43 adolescentes se classificou como irregularmente ativos. Vale ressaltar que o sexo feminino obteve maior percentual de inatividade física do que o sexo masculino.

Palavras-chave: Adolescentes. IPAQ. Escolares. Nível de atividade física.

1. INTRODUÇÃO

Com a facilitação da vida moderna como o aumento do tempo destinado a atividades como, assistir televisão, jogar videogame e utilizar o computador somado à diminuição dos períodos de educação física escolar e a restrição de opções e espaços de atividades de lazer, contribuem para uma diminuição dos níveis de atividade física em crianças e adolescentes (DANIEL et al., 2014; GUERRA et al., 2016).

De acordo com Oliveira-campos et al., (2012), aproximadamente 3,4 milhões de mortes em todo mundo são atribuídas indiretamente aos comportamentos sedentários apresentados pela população. Barbosa filho, (2012) afirma que altos índices de inatividade física podem afetar e comprometer a saúde e a qualidade de vida não apenas dos adultos, mas também de crianças e adolescentes.

Existem diversos tipos de patologias que estão estritamente relacionadas ao hábito de vida sedentária como os problemas cardíacos, obesidade e também às doenças do sistema endócrino, como a diabetes do tipo 2, por exemplo (WHO, 2010).

Contudo, a prática regular de atividade física traz benefícios consideráveis à saúde do individuo como a diminuição da frequência cardíaca de repouso, e alívio ao estresse, sendo fundamental para uma boa saúde e melhor qualidade de vida (Bauman, 2004; Brownson, 2001), para isso é fundamental que a população jovem mantenha hábitos saudáveis.

Nesse contexto, pode-se dizer que o comportamento regular com práticas de exercícios na fase infantil pode levar ao desenvolvimento de um adulto fisicamente ativo e menos propenso às disfunções relacionadas ao sedentarismo e obesidade corporal (DWYER et al., 2009).

Assim, o foco em políticas públicas para crianças e adolescentes se mostra necessário, com vistas à mudança de hábitos saudáveis ao longo da vida, uma vez que é mais difícil mudar uma vida sedentária que já foi estabelecida na fase adulta (SANTOS et al., 2016).

A escola é de relevante importância, uma vez que se constitui em um espaço propício para abordar questões que envolvem os alunos, não apenas nesse espaço, mas também na família e sua comunidade. Da mesma forma, ela torna-se capaz de contribuir para o diagnóstico da qualidade de vida dos escolares e de suas famílias em parceria com órgãos públicos ou privados (TAVARES E ROCHA, 2006).

Nesse contexto, o objetivo geral deste estudo é de analisar o nível de atividade física de adolescentes escolares em uma instituição pública da zona sudeste da cidade de Teresina – Piauí.

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A atividade física na infância e adolescência é um objeto de estudo cada vez mais importante da área, pois há uma grande preocupação sobre o futuro clínico desses indivíduos, pois como já foi evidenciado, uma criança ativa tem grandes chances de ser tornar um adulto ativo.

Assim, o referencial teórico abordou os seguintes temas: A atividade física e seus aspectos gerais e a atividade física na infância e adolescência;

2.1 ATIVIDADE FÍSICA – ASPECTOS GERAIS

Conforme o posicionamento da Sociedade Brasileira de Medicina e Esporte, a saúde do homem pode ser preservada e aprimorada pela prática regular de atividade física (POZENA e CUNHA, 2009).  

Estudos epidemiológicos vêm demonstrando expressiva associação entre estilo de vida ativo e menor risco de morte, e melhor qualidade de vida, além da atividade física ser uma importante forma de prevenção no desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas (AUTENRIETH et al., 2009; OMS, 2011; AQUINO et al., 2012).

Atividade física é entendida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que tem gasto energético maior do que os níveis de repouso e proporciona inúmeros benefícios, como maior longevidade, redução das taxas de morbidade e mortalidade, redução de medicamentos, prevenção do declínio cognitivo, redução da frequência de quedas e fraturas, autonomia para a realização de suas atividades, e também, benefícios psicológicos como da autoimagem, autoestima, do contato social e do prazer pela vida (RIBEIRO et al., 2012).

As recomendações de nível atividade física segundo o Colégio Americano de Medicina e Esporte e a Associação Americana do Coração consiste na frequência mínima de cinco vezes por semana, com duração de pelo menos trinta minutos por dia, de modo contínuo ou acumulado em intensidade moderada, ou de pelo menos três vezes por semana, por vinte minutos ao dia de modo contínuo na intensidade

vigorosa, ou ainda, as duas intensidades podem ser combinadas para atingir às recomendações (PATE et al., 1995).

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