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RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  24/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.556 Palavras (7 Páginas)  •  860 Visualizações

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Andrews Henrique do Nascimento

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCACAÇÃO INFANTIL

4ºPERÍODO

OBSERVAÇÃO DAS PRÁTICAS DO PROFESSOR

Iniciei o estágio no CMEI Vovô Reilly Duarte no dia 05/09, fui até a sala da diretora Rosiane Moreira,me apresentei e ela me levou até o professor Fernando Mattos que estava em aula naquele momento e ali mesmo já comecei o primeiro momento de observação, esse foi o meu primeiro contato com a educação infantil. A primeira observação sobre eles foi a rotina que já estava instalada,eles tinham um primeiro momento dentro da sala, com uma conversa rápida e já faziam uma fila para ir para a área externa,chegando lá eles saiam para brincar por um tempo,o professor Fernando chamava e eles sentavam para responder a chamada. A comunicação entre aluno e professor era bastante boa apesar da idade desse GRUPO 3 com 25 crianças matriculadas e no dia foram 19 pois estava chovendo. Após a chamada o professor me apresentou para todos os alunos e liberou os alunos para brincarem nos brinquedos. Percebi que apesar da autonomia que o professor dava para os alunos essa autonomia era assistida e com bastante organização,desde a hora de acolhimento  no pátio, até a hora de lanche e janta.

Desde o primeiro momento percebi que o CMEI contava com poucos brinquedos e os que tinham estavam em sua grande maioria em mau estado,percebi também que o CMEI tinha no mínimo 3 espaços grandes que não era utilizadas para nada. E esse foi um dos motivos pela escolha do tema para as aulas de intervenção. Como sou atleta, meu primeiro norte foi querer trabalhar com iniciação motora usando o esporte, mas em conversa com o professor e com o grupo chegamos ao tema que basicamente era interação com o meio,com objetos e com o outro.

Durante esse período de observação pude participar de aulas em todos os do CMEI e percebi que as crianças que são matriculadas no local em sua grande maioria tem contato fora do CMEI por morarem todos bem próximos e muitos serem parentes,na hora de ir embora essa intimidade fica nítida entre os pais e as crianças. Como eu ia no CMEI só na parte da tarde as crianças chegavam e tinham um lanche, por volta das 16:00hrs era servido a janta. Em todos os dias que eu estive na escola,não vi nenhuma criança recusar o lanche nem a janta. Dependendo da hora que o professor de Educação física estava com a turma,era de responsabilidade dele levar as crianças para se alimentarem antes de entregar as crianças na sala para a professora.

Na segunda semana,ainda na fase de observação,uma professora do berçário faltou e me dispus para ajudar nesse grupo. Foi a primeira resistência que encontrei da parte das crianças,algumas por não me conhecer,correram para o canto da sala e uma criança até chegou a iniciar um choro. Depois de um tempo brincando e jogando bola as crianças já foram se chegando sem medo e ao final já até pegavam na minha mão para apresentar brinquedos ou mostrar alguma coisa na sala. Depois dessa experiência eu decidi que iria trabalhar com o segundo grupo mais jovem (GRUPO3) pois no berçário a diretora disse que não seria interessante. Percebi também que por canta da chuva,é muito grande  a quantidade de alunos que faltam mesmo morando bem perto do CMEI.

AULAS COMPARTILHADAS

   Na primeira semana das aulas compartilhadas sentei com o professor para ver como estava o plano de aula dele, ele me apresentou as atividades e uma delas era sobre revitalizar um espaço que já havia sido uma horta. Chegamos a começar as atividades sobre a horta, todo o trabalho foi feito com material reciclado ou material doado como esterco e ferramentas emprestadas. Com os dias de chuva e como consequência, a falta dos alunos, a horta ficou parada e passamos para atividades dentro da sala e na parte coberta do pátio. Entre essas atividades algumas eram ligadas indiretamente com os esportes e usando pequenas competições era a forma mais fácil de chamar a participação de todos os alunos. Nesse período eu tive acesso a sala onde ficam os materiais e brinquedos, essa sala é a mesma usada pelos professores para reuniões e momento de descanso e lanche. Foi no momento das aulas compartilhadas que percebi os reais espaços da escola e como eles eram usados. Tive a oportunidade de entrar em todos os cômodos e como as crianças já me viam como professor também (pois eles não sabem a diferença entre estagiário e professor) pude ter mais contato e conversa com os alunos e perceber algumas carências também. E esse foi mais um motivo para a decisão do tema que iria usar nas minhas aulas de intervenção com o GRUPO 3.

INTERVENÇÃO

Escolhemos o tema Interação com o meio, objetos e o outro. A proposta de interação com o meio foi pensando primeiramente em que eles usassem novos espaços do CMEI para revitalizar como um todo. Interação com os objetos foi pensando que já que eu não poderia comprar novos brinquedos pra que eles tivessem uma maior quantidade e diferentes brinquedos,a proposta foi fazer com que eles vivenciassem uma nova forma de usar os mesmos brinquedos só que de forma diferente,adaptada e usando a imaginação pois a grande maioria dos brinquedos estão quebrados ou bastante velhos. Interação com o outro foi a parte mais fácil pois o grupo já era bastante ativo e unido,acredito que por já estar no final do ano. Então utilizei atividade que contivesse bastante cooperação. Faltavam duas aulas para o termino da minha intervenção e o professor de Ed. Física Fernando Mattos machucou o braço e ficou de atestado essa última semana, além das duas aulas que faltavam com o meu grupo, peguei todos os horários que o professor pegaria normalmente. Nesse momento a pedagoga me ajudou muito com as definições de horário, ela imprimiu meus horários e assinalou cada sala que eu teria que levar para o lanche ou não,pois esse tipo de rotina eu ainda não estava acostumado. Tentei tirar o modelo de fila na ida do pátio para o refeitório, mas não deu muito certo pois as crianças estão muito aceleradas das atividades do pátio e acabam chegando na fila e empurrando quem está na frente e pra que não acontece acidentes com pratos caindo, eu pedia para que todos sentassem e eu pegava os pratos e levava na mesa para eles que era logo ao lado, isso evitou os empurrões, as brigas na fila. Deixei cartinhas nas mesas para chamar atenção deles e deu super certo. Na ultima sexta-feira os alunos e professores já estavam na preparação de saída de férias e também seria a ultima aula de educação física aplicada por mim. Peguei o grupo 3 nesse dia por ser final de ano e por estar chovendo, levei para o pátio e perguntei quem era bom de mira e já começou a atividade. Coloquei no chão algumas latas para que eles pudessem derrubar da forma que quisessem, usando a bola ou o bambolê, jogando com as mãos ou com os pés ou da forma que achassem melhor. Ao final dessa atividade indiquei que os alunos estavam livres para brincar no pátio e parque,antes de acabar o nosso tema de aula os próprios alunos se organizaram para uma nova brincadeira criada por eles mesmos. Eles pegaram todos os brinquedos,colocaram na parte da frente do parque e de longe eles tentavam acertar os brinquedos com o bambolê,quem acertava ia lá e pegava o brinquedo. Ficaram uns 10minutos brincando dessa forma e depois se dispersaram para o parque. Acredito que fui falho em algumas propostas pois tive que mudar bastante coisa que pensada sentado na cadeira não acontece quando aplicada para as crianças. Mas fiquei muito satisfeito com o tema sendo interação ter dado super certo, oportunizando que essas crianças possam vivenciar formas diferentes de utilizar o meio e os objetos que elas já estavam acostumadas, ver as crianças usando a imaginação para montar um jogo diferente do que eu havia proposto também foi satisfatório,entender que o brincar,aprender e criar estavam dentro de todas as aulas e de forma pedagógica e progressiva. Tive bastante dificuldade em chamar atenção das crianças nesse primeiro momento de pátio pois elas chegando nesse ambiente já começam a correr e gritar. A estratégia que eu usei foi sempre levar coisas diferentes pra que eles despertassem o interesse de saber qual atividade iria ser passada na aula, “qual brincadeira nova o Tio vai ensinar?”, essa foi uma das perguntas que eu mais escutei nas aulas de todos os grupos do CMEI. Pessoalmente acredito que a entrada de um estagiário nesse ambiente tem muito o que ajudar,pois os estagiários vem com um fôlego de coisa nova,mostrar serviço, fôlego esse que muita das vezes o professor que já esta la já não possui por conta da carga horária apertada ou outro tipo de problema, esses dias sozinho com as crianças já entendi a pressão que é estar sozinho e a frente de uma sala, não posso esquecer de agradecer a todo o CMEI que me acolheu de braços abertos, a pedagoga que me ajudou a entender os horários e o funcionamento do CMEI e ao professor Fernando Mattos por permitir que eu acompanhasse e posteriormente pudesse intervir nas aulas dele. Foi muito importante essa experiência para a minha preparação acadêmica e profissional.

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