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Trabalho de volei

Por:   •  30/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.475 Palavras (10 Páginas)  •  2.961 Visualizações

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O Voleibol

Introdução

      O voleibol sempre foi considerado um esporte complexo de aprendizagem. E assim como qualquer outro esporte, ele tem seus gestos específicos, mas não movimentos naturais e nem construídos.

     O natural que dizemos aqui seria correr, saltar e galopar, mas junto a esses movimentos que, sim, acontecem nas partidas, está também a habilidade de ser veloz em um deslocamento a rede, fazendo assim passadas cruzadas e laterais.

     Outros movimentos que não são nada naturais é o saque, por exemplo. No saque, o movimento do jogador ao lançar a bola ao alto e rebatê-la, seria com a mão fechada e não com a mão aberta como acontece. Outro também seria a manchete, nesse movimento, o jogador permite a bola tocar em seu antebraço, entre os punhos e os cotovelos, e o normal seria nos punhos. E por fim, o toque, ele é feito com as pontas dos dedos, o que não é nada normal já que e uma área sensível do nosso corpo.

     Por tais movimentos, o voleibol não se torna fácil a quem quer pratica-lo. Exige muito e até que acerte seus gestos corretamente leva um determinado tempo.

     Um detalhe que talvez nunca paramos para prestar a atenção é que o vôlei é o único esporte que o alvo não seja na horizontal como o gol no futebol, por exemplo, mas o chão. O foco nas partidas não são os jogadores adversários, porém o espaço existente abaixo deles, a quadra. Quando ocorre o terceiro toque de um time que, provavelmente, é o ataque, a bola é passada a toda velocidade  para acertar o chão e impedir que o jogador do outro time consiga pega-la.

     As regras do vôlei também ajudam a dificultar que aconteçam movimentos naturais já que seus jogadores devem estar de prontidão a espera da bola, já que ações instantâneas não podem existir dentro de quadra. E como já dito sobre o número de toques permitidos por equipe, o máximo são três contando com o rebate ao outro lado da quadra e eles acontecem muito rápido o que impede do time ter um maior raciocínio para marcar o ponto. E ainda tem a presença da rede, fazendo com que seja impedido o contato diretamente com os jogadores adversários.

     Como se tem um tempo muito curto para realizar estratégias, o certo seria que o treinador repassasse várias e várias vezes os movimentos usados, não parar se tornar repetitivo, mas eficiente para com a rapidez dos acontecimentos dentro da partida. Porém não é o que acontece, os ensinamentos necessários estão sendo atropelados, as habilidades dos atletas não é o melhor que estes podem oferecer, habilidades mal aprendidas e ineficientes.

     A forma de como um professor ensina conta muito. Nas escolas os professores de Educação Física não têm criatividade para ensinar aos seus alunos a arte de rebater dentro vôlei. Como sabemos, os movimentos não naturais torna sua aprendizagem mais complicada e isso exige outras formas de ensinamentos para que pequenos atletas possam entender as regras e o porquê no voleibol é dessa maneira. Consequentemente, as crianças perdem o interesse pelo vôlei, já que aprendê-lo é tão difícil.

     Desistindo, as crianças perdem a oportunidade de alimentar seu desenvolvimento motor e ter futuramente menos experiências traumáticas com o esporte (talvez seja esse um dos motivos a obesidade precoce).

     Por ser um esporte complexo, os professores e alunos não deveriam desistir, mas se sentirem desafiados. Todos e qualquer detalhe deve ser um estímulo à aprendizagem. E, claro, que os erros devem ser corrigidos inicialmente, enquanto estão aprendendo, antes de ter a prática de um movimento executado incorretamente.

Aproveitando a Alta Adaptabilidade do Voleibol

     Apesar de difícil, o vôlei tem muitas vantagens. Dá-se para jogar em qualquer lugar, usar diferentes materiais sem alterar suas regras. Talvez o tamanho da quadra mude, ou nem haja uma. Talvez não seja uma rede que separará os dois lados da quadra. Isso acontece em comunidades carentes, onde não existem recursos necessários para uma quadra onde a Seleção Brasileira joga. Então ocorre o improviso. Quem sabe a rede não seja feita com uma corda amarrada de uma árvore a outra? Com isso o vôlei passa a ser praticado sem restrições.

     Essa adaptação contribui para que o voleibol seja conhecido e praticado por várias pessoas e dentre delas surgir futuros atletas profissionais. Com a popularização do esporte, um maior número de pessoas o jogam e estimulam o prazer de jogar e fazer uma partida melhor, e assim o esporte vai se aperfeiçoando.

     Levando o esporte às comunidades não devemos pensar em oportunidade, mas em iniciativa. E toda iniciativa leva a oportunidade. Muitos atletas brasileiros vieram de comunidades, o que é positivo. Vendo o resultado deles podemos transformar a visão das pessoas de que gente sem recursos vão sempre viver na miséria. E mudar também a visão das comunidades que nunca sairão desta miséria.

     Se houver a popularização do vôlei ele não apenas será um evento esportivo como também um evento social. E sendo assim, através do marketing, haverá investidores que acabarão abrindo portas a profissionais envolvidos no voleibol. Igual ao que acontece no futebol.

A Idade Ideal

     Segundo Seefeldt (1996) não existe uma idade ideal para aprender habilidades específicas. Há uma combinação de fatores: idade cronológica, estatura e aspectos à maturação biológica. Portanto o professor deve analisar todos esses pontos para passar em suas aulas e treinos e as estratégias pedagógicas deve ser focadas em cada aluno, pois mesmo que sua idade cronológica seja a mesma, a prontidão será diferente. Por isso é importante o acompanhamento médico aos iniciantes a fim de receber orientações sobre os gestos motores.

     Chaurra (1998) disse que entre os seis e sete anos de idade, a criança deve ser estimulada a melhorar as habilidades básicas e vivenciar as combinações entre elas. Deve-se estimula-la a prática do esporte conforme o interesse e possibilidade. Dos dez aos doze anos de idade, a criança usa como base as habilidades aprendidas para facilitar as técnicas do esporte escolhido.

     Gallahue (1989) determina três estágios: o geral, o específico e o especializado. No geral, dos sete aos dez anos de idade, a criança aprende os movimentos sem especificação de uma modalidade apenas para o descobrimento dela e o envolvimento.

     No específico, dos onze aos treze anos, ela aprende as habilidades específicas, assim já o nome, aprendendo todos os padrões, mas sem impor uma modalidade.

     E no especializado, a partir dos quatorze anos de idade, o adolescente pode se dedicar ao esporte escolhido e assim competir ou não.

     No entanto, Magill e Anderson (1996) deixam claro que na adolescência pode ocorrer a diferença de até quatro anos no desenvolvimento físico-motor. Ou seja, o que pra alguns terão facilidade em aprender, outros não terão. Assim a púbere dos doze anos pode aparecer tanto aos nove, dez anos como também aos quinze, dezesseis anos de idade.

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