A Anemia Processo Patológico

1. Definição.

Anemia processo patológico e uma condição aonde ha redução significativa do numero de hemácias ou da hemoglobina circulante no sangue, ficando abaixo do normal. Os valores normais admitidos variam entre 35% e 50% e a hemoglobina entre 13g/dl e 16g/dl segundo (MS, 2002).  Podendo ser resultante da falta de um ou mais nutrientes.

Entre os grupos de risco com maior vulnerabilidade se destacam as crianças menores de 02 anos, devido a infância compor uma fase de grande desenvolvimento e o volume sanguíneo ser quantitativamente pouco e existe uma grande exigência dos índices de ferro, essencial para formação das hemácias.

Conforme destacado em investigações nacionais e internacionais as anemias em crianças menores de 5 anos estão associadas com diversos fatores, destacando os: socioeconômicos, características maternas, consumo de alimentos e antecedentes de morbidade (OSÓRIO MM, 2010).

1. Anemia Ferropriva.

Esta anemia e provocada pela deficiência de ferro sendo uma das mais frequentes. O ferro e responsável por contribuir na síntese de hemoglobina que realiza a oxigenação dos tecidos levando em consideração uma quantidade insuficiente de ferro provocam uma diminuição da síntese de hemoglobina e a produção de hemácias microcitícas e hipocrômicas. Entre suas causas encontra-se a má absorção nutriente, infecções, sangramentos crônicos, prematuridade e ingestão insuficiente de ferro.  

Dentre os sintomas que podem apresentar são: Tonturas e sensação de desmaio, dores de cabeça e dores nas pernas, fadiga crônica e desânimo, cansaço aos esforços, pele e mucosas pálidas, geofagia- vontade de comer terra, queda de cabelo e unhas fracas e quebradiças, falta de apetite, taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), dificuldade de concentração e lapsos de memória, diminuição do desejo sexual.

Conforme o (MS, 2003) As principais consequências da deficiência de ferro são:

• Comprometimento do sistema imune, com aumento da predisposição a infecções;

• Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e recém-nascidos; • Aumento da mortalidade materna e infantil;

 • Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com repercussões em outros ciclos vitais;

 • Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor produtividade em adultos.

O diagnostico e através de exames capazes de identificar se a anemia e causada pela deficiência de ferro: Hemograma avalia a taxa de hemoglobina e o formato dos glóbulos, microcitose e hipocromia são comprobatórios da sua carência. A Ferritina avalia a presença de ferro no organismo e se suas reservas estão adequadas.

Pode haver ainda a necessidade de exames complementares para encontrar as possíveis causas da deficiência de ferro, uma anamnese minuciosa quanto à alimentação e excelente instrumento de confirmação que direciona a necessidade de exames secundários, sendo eles endoscopia digestiva alta, colonoscopia, exame parasitológico de fezes, esfregaço da medula óssea, urina tipo 1 e pesquisa de sangue oculto nas fezes.

1. Conduta de Enfermagem.

A conduta de enfermagem e relativamente simples, cuidados básicos que fazem toda a diferença no plano de cuidados do cliente. Sua principal ferramenta e a informação e orientação aos responsáveis pela criança ficando a encargo do enfermeiro chefe a realização desta tarefa.

Realizar orientação à família quanto à suplementação medicamentosa de ferro, preferencialmente via oral e administração 1 hora antes das refeições destacando os sais: sulfato, fumararato, gluconato, succinato, citrato pelo baixo custo e feito positivo no quadro em curto prazo, entretanto apresentam efeitos colaterais como diarreia, vômito, fezes escuras entre outros. “A posologia sugerida é de 3 a 5 mg de ferro elementar por quilo de peso por dia, dividida em 2 a 3 doses(33)” (Queiroz; Torres, 2000).