A Doação de Orgãos
Por: mariahvishkk • 9/6/2020 • Seminário • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 270 Visualizações
Universidade do Sul de Santa Catarina
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- Seminário – doação de órgãos
- Alunos: Alanis de Lima, Eduardo, Maria Luisa Besen, Maria Eduarda Steiner, Julia Regina e Pollyana Raquel
- Disciplina: sistema de saúde e políticas publicas
Como ser um doador de órgãos?
No Brasil, para ser um doador de órgãos basta avisar sua família, não sendo necessário nada por escrito. Podemos doar órgãos como o rim, parte do fígado e medula óssea enquanto em vida para familiares com grau de parentesco até o 4º grau, para doadores não parentes, é preciso a autorização judicial e a aprovação da Comissão da Ética do hospital transplantador e da CNCDO, também a comunicação ao Ministério Público.
Órgãos como coração, pulmão, pâncreas, etc somente após a família autorizar a retirada de órgãos, quando o paciente está internado com morte encefálica, na qual dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente e fazem o diagnóstico comprovando que o encéfalo não funciona.
Após a doação de órgãos, que seguem todas as normas da cirurgia moderna, o doador poderá ser velado de caixão aberto normalmente sem deformidades.
O melhor perfil para quem quer doar em vida, é ter a mesma compatibilidade do tipo sanguíneo, ter os antígenos de histocompatibilidade semelhantes ao receptor, além disso o doador deve ter mais de 21 anos de idade e ter boas condições de saúde, ocorrendo o transplante somente se não comprometer sua saúde.
A proposta (PLS 453/2017) altera a Lei dos Transplantes de Órgãos (Lei 9.434/97) para facilitar a doação a fim de tornar explícito que o consentimento familiar, no caso de doação de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para depois da morte, só se faz necessário quando o potencial doador não tenha, em vida, se manifestado expressa e validamente a respeito.Esta proposta esta sendo levada para analise na câmara atualmente.
Quais órgãos podem ser doados?
Coração: o transplante só pode acontecer por meio de um doador falecido, com morte encefálica constatada.
Válvulas cardíacas: Em alguns casos, não é possível usar para transplante de coração de um individuo que teve morte encefálica, porém, as válvulas podem ser doadas e mantidas num banco de válvulas.
Fígado: por ser um órgão com capacidade de regeneração, o doador pode doar parte de seu fígado ainda em vida.
Pulmão: Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo e são necessários dois doadores para um receptor. esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doença pulmonar grave.
Ossos: implantes dentários, transplantes para lesões da coluna e próteses são alguns tipos de transplantes para ossos, que podem ser realizados por meio de cirurgias simples
Medula óssea: A doença da medula óssea é a única forma de doação que mantém um banco de doadores e que também é permitida a crianças e gestantes.
Rim: os rins, por serem dois, podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento.
Pâncreas: esse tipo de transplante é feito a partir de doadores falecidos e geralmente é realizado junto com o transplante de rim.
Córneas: o transplante só pode ser feito a partir de doadores falecidos, com idade entre 2 a 80 anos.
Pele: a doação pode ser feita por pessoas falecidas ou aquelas que removeram partes da pele em cirurgias estéticas.
Que órgãos podem ser doados em vida?
Órgãos que podem ser doados: parte de um dos pulmões, parte do fígado, um dos rins. Doação entre pessoas vivas são autorizadas somente para cônjuge ou parentes até 4º grau.
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Etapas da doação de órgãos
- Diagnostico de morte cerebral: causada por traumatismos cranianos ou acidente vascular cerebral (AVC). Ela é diagnosticada a partir de teste como o eletroencefalograma e a angiografia cerebral. A falência não impede que o coração continue batendo.
- Autorização da família: somente os familiares podem autorizar a doação, assinando um documento. No Brasil, cerca de metade das famílias de potenciais doadores autorizam a doação.
- Histórico clínico do doador: deve se verificar possíveis doenças, que podem ser transmitidas ao receptor dos órgãos. Doenças crônicas, diabetes e infecções podem comprometer os órgãos. Os médicos ainda realizam teste de compatibilidade com os possíveis receptores.
- Órgãos são retirados: começa uma corrida contra o tempo para retirada dos órgãos e sua preservação. Os primeiros a serem doados são os que duram menos fora do corpo como o coração e o pulmão (entre 4h e 6h). As córneas até 7 dias e os ossos até 5 anos (os que duram mais)
- Transporte: a um acordo de cooperação com companhias aéreas, que possibilita o transporte de tecidos e órgãos gratuitamente em voos comerciais, mais de mil órgãos e mais de dois mil tecidos para transplante são transladados entre diferentes Estados. O transporte também pode ser por terra.
- Realização do transplante: assim que o órgão chega o receptor já aguarda para o transplante. Para evitar a rejeição do corpo ao novo órgão, é necessário tomar remédios imunossupressores pelo resto da vida.
Morte encefálica e cardíaca
A morte encefálica representa o estado clínico irreversível que as funções cerebrais (telencéfalo e diencéfalo) e do tronco encefálico estão irremediavelmente comprometidas. São necessários três pré-requisitos para defini-la com a causa conhecida e irreversível; ausência de hipotermia,hipotensão ou distúrbio metabólico grave; exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos psicotrópicos. Baseia-se na presença concomitante de com a sem resposta ao estímulo externo, inexistência de reflexos do tronco encefálico e apneia. O diagnóstico é estabelecido após dois exames clínicos,com intervalo de no mínimo seis horas entre eles, realizados por profissionais diferentes e não vinculados à equipe de transplantes.
A arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no ritmo cardíaco. Pode ser benigna ou maligna. Indivíduos diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentam problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco. Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a doença pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita.
Há duas situações de morte: a morte encefálica, que é a morte do encéfalo (cérebro+tronco encefálico) e a morte por cordiaca.Na morte encefálica, os órgãos que podem ser doados são: o coração, os dois pulmões, o fígado, os dois rins, o pâncreas e o intestino. Os tecidos como córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas também podem ser doados nesta situação.Já na morte cardíaca, somente os tecidos (córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas) podem ser doados. No Brasil, não é permitido o transplante de nenhum outro órgão, como por exemplo: pênis, útero, mão e outras partes do corpo humano.
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