A HIGIENE E SAÚDE: EDUCANDO PRÉ ESCOLARES E MÃES

UNIVERSIDADE PAULISTA

LARISSA RODRIGUES

HIGIENE E SAÚDE: EDUCANDO PRÉ-ESCOLARES E MÃES

CAMPINAS

2018

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INTRODUÇÃO

A infância é um período crítico de aquisição de novos conhecimentos e hábitos, que poderão se refletir posteriormente nos comportamentos relacionados à saúde. (1)

Em 1989, a Organização Mundial da Saúde apoiou a promoção bucal como parte integrante das ações de saúde para todos. A meta de saúde para o ano de 2010, ainda não alcançada no Brasil, era 90% das crianças de cinco anos de idade livres de cáries. (1)

A última Pesquisa Nacional de Saúde Bucal realizada em todas as regiões do Brasil aponta que somente 46,6% das crianças menores que cinco anos estavam livres de cárie na dentição decídua. Os resultados revelam que os pré-escolares necessitam de intervenções efetivas para a promoção da higiene bucal e prevenção de cáries. Situação grave epidemiológica da saúde bucal das crianças brasileiras, um estudo realizado no Rio de Janeiro mostrou que é prevalência de cárie em crianças com idade entre dois e seis anos era de cerca de 33,3%. (1)

O padrão de higiene bucal em pré-escolares é influenciado por vários fatores. Estudo realizado em 1.100 crianças menores de cinco anos apresentaram higiene bucal irregular pertencentes às famílias ao menor quartil de renda familiar e de mães menos escolarizadas. Outros fatores que podem influenciar na ocorrência de problemas relacionados à saúde bucal de crianças e pré-escolares inclui o consumo excessivo de açúcar, exposição inadequada a fluoretos, pouco acesso à água e instalações sanitárias seguras, dificuldade de acesso aos serviços de saúde bucal, escassez de cuidados primários de saúde com enfoque na promoção da higiene bucal e técnica adequada, bem como a prevenção de agravos no âmbito individual e coletivo. (2)

As escolas de educação infantil são espaços privilegiados para intervenções coletivas visando a promoção de comportamentos saudáveis. O Enfermeiro, como profissional de saúde, tem como atribuições fazer avançar ações por meio de projetos que articulem saúde e educação para o desenvolvimento das crianças. (3)

As ações de promoção da saúde e prevenção podem ser realizadas pela equipe multiprofissional da atenção primária em saúde junto à educadores da comunidade e principalmente pelas mães e seus familiares. Essa parceria entre saúde e educação deve estar inserida no projeto político pedagógico dos centros de educação infantil levando em consideração o respeito à diversidade sociocultural de cada local. (3)

Considerando que os pré-escolares estão desenvolvendo habilidades afetivas, sociais motoras e de linguagem, as quais permitem maior autonomia para o seu cuidado pessoal. Ademais, a educação em saúde bucal é uma oportunidade para as crianças desenvolverem habilidades e cuidarem de si, uma vez que em casa, elas podem sofrer limitações de suas mães para executarem ações do autocuidado. (3)

A saúde bucal é parte integrante e fundamental da saúde global do indivíduo e da criança, segundo NARVAI, pode ser definida como um conjunto de condições que possibilitam ao ser humano exercer funções como mastigação, deglutição e fonação. Tendo em vista a dimensão estética é possível se relacionar socialmente sem constrangimentos. (1)

Educar nesse âmbito, significa permitir a aquisição desses conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e aptidões pessoais, possibilitar a formação de atitudes e a criação de valores que levem o indivíduo e sua família a agirem no seu dia-a-dia, em benefício da própria saúde bucal e da saúde bucal dos outros. Entendemos que esse processo não deva se limitar em transmitir informações, mas estimular a aprendizagem, a valorização de apresentar uma boa saúde bucal para que no futuro os educandos enquanto sujeitos da ação, podem ter a competência e sobretudo, autonomia para tomar decisões mais saudáveis e serem capazes de influenciar positivamente a comunidade onde vivem. (1)

A educação não pode ser um ato de transmitir, depositar, mas um ato cognoscente entre sujeitos (educar e educando), numa relação dialógica, ou seja, mediada pela palavra, pelas relações e pelos objetos cognoscíveis (que pode ser reconhecido). (1)

Isto só se torna possível por meio da atuação em escolas, lares, ambiente comunitário com participação ativa por parte das organizações profissionais, governo e organizações não governamentais. (1)

A escola é considerada um espaço ideal para o desenvolvimento de estratégias que promovam saúde, devido sua abrangência e o fato de ser também responsáveis pela formação de atitudes e valores. Com esse propósito foi elaborado um programa de educação e saúde para pré-escolares visando o estabelecimento de uma integração entre a comunidade e a universidade. O enfoque desse artigo é a descrição de um projeto de extensão de educação em saúde bucal enfatizando os aspectos educativos com a finalidade de compartilhar a experiência e refletir sobre essa prática. (2)

Educar nesse sentido, significa investir na promoção de saúde e prevenção de problemas bucais de forma eficiente levando a criança e as mães a se conscientizarem das doenças que podem ocorrer. (2)

Assim sendo o grande desafio da odontologia é promover uma mudança, atuando ativamente, junto a população infantil, promovendo informações e motivação necessárias ao desenvolvimento de hábitos para manter a saúde bucal e prevenir agravos. (2)

OBJETIVO

As informações transmitidas e as ações executadas pelos envolvidos neste projeto servirá para incentivar os educandos a prática da higiene bucal no seu dia a dia, estimular o interesse em manter a dentição e a boca saudáveis. Proporcionar ao aluno conhecer e compreender a importância de uma boa higienização bucal, doenças bucais, criar hábitos de higienização e dá autonomia aos alunos na escovação dos dentes e criar um hábito na vida das crianças.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Mostrar-lhes técnicas corretas sobre escovação dental;
• Explicar a importância de rotina;
• Orientar os educandos a estarem sempre cuidando de sua higiene bucal para que tenham melhor qualidade de saúde;
• Informar sobre alimentos que interferem na higiene e saúde bucal;
• Alertar que a má higiene bucal pode causar doenças;
• Tirar dúvidas sobre o tema dialogando com o público;
• Incentivar o hábito de higiene bucal em crianças desde a pré-escola.

MODELO DE EDUCAÇÃO NA PRÁTICA DA AÇÃO

A prática da ação teve como base o modelo participativo com o objetivo que os educandos pensassem e refletissem na ação para a transformação no próprio processo. Com o intuito de interação entre as pessoas e a realidade, tem como foco o desenvolvimento da capacidade de analisar e questionar os problemas, pensando na prevenção e intervenção.

METODOLOGIA

Para desenvolver o conteúdo "Higiene e Saúde: educando pré-escolares e mães" os estudantes da graduação de enfermagem e nutrição, fizeram pesquisas em artigos científicos, questionaram profissionais da saúde bucal e educadores de fase pré-escolar que puderam responder algumas dúvidas anonimamente, utilizaram os conhecimentos observados no cotidiano, entre outros. Para realizar a conscientização do objetivo desse projeto foi analisado algumas hipóteses de como abordar essa causa de modo que o público alvo, crianças pré-escolares e mães, compreendam o motivo dessa ação.