A PERMEABILIDADE SELETIVA DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS
Por: pobibi • 8/3/2017 • Trabalho acadêmico • 564 Palavras (3 Páginas) • 702 Visualizações
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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA (Aula 1)
PERMEABILIDADE SELETIVA DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS
1. INTRODUÇÃO:
A célula consegue manter uma composição química extremamente diferente do meio que a rodeia graças a uma fina membrana (membrana plasmática) que controla a entrada e a saída de moléculas e íons apresentando uma permeabilidade seletiva. Esta seletividade é, na verdade, o reflexo de sua estrutura e composição química lipoproteica. Determinadas substâncias, como gases, água e alguns íons, têm passagem livre através da membrana (difusão simples), e o sentido de sua movimentação é determinado basicamente, por diferenças de concentração e/ou gradientes elétrico. Nesse caso, essas substâncias se difundem em direção ao meio menos concentrado, tendendo a equilibrar as concentrações. Todavia, a concentração intracelular de certos íons ou moléculas pode ser mantida diferente da concentração extracelular, graças ao transporte ativo (com gasto energético) executado por moléculas transportadoras presentes na membrana.
Portanto, a manutenção de determinadas substâncias dentro ou fora da célula (LIC e LEC), contra um gradiente de concentração, só pode ocorrer se as membranas plasmáticas permanecerem íntegras. A membrana plasmática é constituída por uma bicamada lipídica a qual se associam proteínas globulares. Essa bicamada é mantida pela insolubilidade dos radicais apolares dos lipídios no meio aquoso circundantes.
As hemácias, ao microscópio, se apresentam como discos bicôncavos. A forma bicôncava depende de dois fatores principais: a) natureza da membrana plasmática, em particular de seus constituintes, dentre os quais o colesterol e proteínas; b) regulação do volume celular. A hemácia se comporta como um micro osmômetro, pelo fato de sua membrana ser permeável à água e pouco permeável a solutos, principalmente iônicos, e por sua impermeabilidade a cátions. Solutos não iônicos hidrossolúveis atravessam a membrana com relativa facilidade dependendo do tamanho molecular.
Variações na osmolaridade da solução externa levam a alterações do volume das hemácias devido ao movimento osmótico da água através da membrana plasmática, até que um novo equilíbrio osmótico seja atingido. A forma bicôncava permite às hemácias variarem de volume, principalmente aumentarem de volume, sem estiramento da membrana. Ao ultrapassar um volume crítico, quando a hemácia atinge a forma esférica, ocorre rompimento da membrana ou hemólise, com liberação do conteúdo celular para o meio extracelular.
2. OBJETIVOS
- Relacionar as mudanças de forma das hemácias com a concentração do meio extracelular e o fenômeno de osmose.
3. PROCEDIMENTO
- Passe algodão embebido em álcool no dedo indicador.
- Com o auxilio de microlanceta descartável, fure a ponta do dedo indicador.
- Coloque uma gota de sangue em uma lâmina com uma gota de NaCl 0,9% e cubra com lamínula.
- Observe a morfologia das hemácias e faça um desenho esquemático (objetiva de 40x).
- Com um conta-gotas, adicione uma gota de NaCl 1,5% na borda da lamínula, e com auxilio de papel de filtro a solução para junto do preparado.
- Observe o comportamento das hemácias e desenhe.
- Em outra lâmina coloque uma gota de sangue com solução de NaCl 0,6%. Observe e desenhe.
- Em uma terceira lâmina, coloque uma gota de sangue com solução de NaCl 0,9%. Observe e desenhe.
4. RESPONDA:
1) Qual a forma das hemácias na solução de NaCl a 0,9%?
2) Quando se mistura o sangue com uma solução de NaCl 1,5% o que acontece com a membrana e o formato das células?
3) Quando o meio são menos concentrados que o soro sanguíneo, o que acontece com as hemácias (como ocorre na concentração NaCl 0,5%)?
4) Como todas estas modificações podem ser explicadas?
5) O que é hemólise?
Bom trabalho!
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