A Prevenção de Infecção em Dispositivos Invasivos na UTI

1. TEMA DA PESQUISA:

As infecções relacionadas à assistência de saúde em hospitais em geral, representam um problema que interfere diretamente no processo de recuperação dos pacientes, sendo umas dos principais motivos de morbidade e mortalidade. Destaca-se nesta pesquisa a importância da equipe de enfermagem nos processos de prevenção de infecções relacionadas a assistência de saúde em unidades de terapia intensivas, em especifico no uso de dispositivos invasivos. Pesquisa realizada trata-se de uma revisão de artigo, tendo como bases de dados: Biblioteca virtual em saúde (BVS), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific Eletronic Libray Online (Scielo) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), com artigos que atendiam o objetivo proposto.

Resultados: Foram apresentadas medidas de prevenção de infecção desenvolvidas em unidades de terapia intensiva: medidas de prevenção de infecção da corrente sanguínea, medidas de prevenção de pneumonia relacionada à ventilação mecânica, medidas de prevenção de infecção do trato urinário e medidas de prevenção associadas aos cuidados gerais.

Palavras-chave: Infecção Relacionada à Assistência à Saúde; Unidade de Terapia Intensiva; Prevenção; Dispositivos Invasivos.

1. REFERENCIAL TEÓRICO/ REVISÃO DA LITERATURA

INTRODUÇÃO

As IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde), são eventos adversos que acometem pacientes durante a internação e pode causar consequências graves durante o tratamento em unidades de tratamento intensivos. A probabilidade de se adquirir infecções relacionas à assistência de saúde é significativo, segundo dados europeus 19,5% de infecções estão associadas a pacientes hospitalizados nesse setor e 5,2% de infecções adquiridas em outras unidades de internação. (SINÉSIO; MARCIA, 2018, P. 2)

A unidade de terapia intensiva por sua vez é um ambiente destinado ao tratamento e recuperação de pacientes em estado de agravamento hemodinâmico, fazendo-se necessário a utilização de equipamentos para monitorização contínua invasivas e não- invasivas. As IRAS na UTI são atreladas principalmente a prática assistencial e a utilização prolongada de dispositivos invasivos como: Sonda Vesical de Demora (SVD), Ventilação Mecânica (VM) e Cateter Venoso Central (CVC). (TELES; JULIANE, 2020, P. 68).                                                                        

Desta forma, as IRAS são um problema presente e recorrente nas unidades intensivas em geral, que necessita ser investigado e estudado em busca da diminuição de incidência das mesmas e o enfermeiro juntamente a equipe de enfermagem tem um papel de extrema importância do processo de prevenção, aplicando na prática medidas protocoladas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição.

DESENVOLVIMENTO                                                                                                                                          

Segundo o autor (TELES; JULIANE, 2020, P. 71), as IRAS mais prevalentes em UTI, são as pneumonias associadas ao uso de ventilação mecânica, infecções de corrente sanguínea e infecções do trato urinário, subtendendo-se que grande parte dos microorganismos causadores encontram-se presentes na microbiota das mãos e em objetos relacionados a assistência ao paciente.                                                                                                                                                                           

Logo, observa-se com estas informações que existe falta de adesão a protocolos de higienização e desinfecção por grande parte dos profissionais da saúde, tais como lavagem das mãos, higienização de objetos e superfícies como bancadas, bandejas, termômetros, estetoscópios, dispositivos invasivos, entre outros.

A respeito da PAV (Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica), protocolos podem ser utilizados na prevenção desta infecção, como o bundle que é o agrupamento das principais práticas multidisciplinares baseadas em evidência, e são elas: elevação de cabeceira entre 30° e 45°, higiene oral com produtos à base de clorexidina, avaliação de pressão do tubo orotraqueal e a posição do filtro do ventilador mecânico. (BRANCO; ALINE, 2020, p. 2)

Dentre as estratégias preconizadas para prevenção de Infecções de corrente sanguínea estão os bundles de CVC que deve ser seguido por toda equipe de enfermagem, como: troca de curativo se estiver sujo, solto ou úmido, realização de higienização das mãos e higienização nas entradas do CVC com swab de álcool ou algodão embebido com álcool, em situações de troca do sistema de infusão, administração de medicações e coletas de sangue entre outros procedimentos. (SILVA; MIRIAM, 2020, p. 643).

O bundle de prevenção de Infecção do Trato Uninário, pode variar, contudo as principais medidas incluem evitar inserção de cateteres urinários em situações em que não estão apropriadamente indicados, técnicas adequadas para a inserção e manutenção de cateteres (inserção estéril e sistema de drenagem fechado). (BARBOSA; LORENA, 2019, p. 5).