O Plano Empreendedor
Por: angellisroger • 26/3/2024 • Trabalho acadêmico • 3.163 Palavras (13 Páginas) • 89 Visualizações
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Sumário
Introdução ..................................................................................4
1. Enquadramento ......................................................................5
2. Metodologia ............................................................................7
3. Apresentação e descrição da solução desenvolvida..............8
4. Discussão ................................................................................9
4.1. Justificação do caráter inovador ........................................9
4.2. Apresentação das estratégias de viabilização da solução ...................................................................................................10
Conclusão .................................................................................11
Referências ...............................................................................13
Introdução
No âmbito da unidade curricular de Empreendedorismo de Enfermagem, a nossa equipa teve a oportunidade de visitar o Hospital Curry Cabral, uma experiência que se mostrou fundamental para a concepção do nosso projeto atual. Durante a visita,exploramos diversos setores do hospital, incluindo medicina, cirurgia, reabilitação e isolamentos por infecção, o que nos permitiu observar de perto os desafiosenfrentados tanto pelos pacientes como pela equipa de enfermagem.
Através de conversas com a equipa de enfermagem e observações diretas, identificamos uma série de necessidades, sobretudo nos pacientes em fase de reabilitação.Dentre essasdemandas,a questão que nos chamou mais a atenção foi o desafio enfrentado por pacientes, particularmente aqueles com mobilidade reduzida em um dos membros superiores, ao realizar as refeições.A dependência de assistência para tarefas simplesnão só limita a sua independência, mas também pode afetar negativamente o seu bem-estar emocional e social.
Orientados por esta visita, pelas experiências pessoais e após várias discussões em grupo, decidimos concentrar os nossos esforços no desenvolvimento de um dispositivo que facilitasse o ato da alimentação para estes pacientes. O objetivo do nosso projeto é permitir a execução de movimentos auxiliares, como segurar, rodar e inclinar recipientes, dispensando assim o auxílio constante de outra pessoa. Esta iniciativa visa não apenas melhorar a independência dos pacientes durante as refeições, mas também promover o autocuidado e a reeducação funcional, fundamentais no processo de reabilitação.
- Enquadramento
As actividades comuns da vida diária constituem o nível primário da autonomia e independência e relacionam-se diretamente a sentimentos de bem-estar e satisfação pessoal. Este grupo de actividades abrangem áreas de autocuidado, e englobam a “higiene pessoal, vestir-se, ir à casa de banho, transferir-se e alimentar- se” (Simões et al., 2018). O autocuidado, conceptualmente, é definido como a actividade desenvolvida pela própria pessoa, no sentido da manutenção das suas necessidades individuais básicas (Couto, 2012).
De acordo com Simões et al. (2018) a adaptação às limitações impostas por doenças incapacitantes ou pela idade é essencial, uma vez que a presença de incapacidade nas atividades comuns do dia a dia aumenta a mortalidade, o risco de sofrer depressão e reduz a qualidade de vida. Quando tal se verifica, o principal objetivo da intervenção em saúde é optimizar as capacidades do indivíduo, de modo a obter o apoio necessário para uma vida o mais autónoma possível, permitindo assim a sua participação em atividades de forma satisfatória e com melhor qualidade de vida.
Nesse ínterim, é perspectivado com grande preocupação, a necessidade de se manter um bom estado funcional e de independência nos cuidados de saúde (Oliveira, et al., 2016). Cabe ao enfermeiro intervir, no sentido de ajudar o doente a conseguir a independência tão rápido quanto possível, dotando-o também dos conhecimentos necessários, para que este possa retornar o mais prontamente a uma vida autónoma (Santos et al., 2020).
A diminuição da mobilidade em um dos membros superiores e a perda da motricidade fina pode ser responsável por gerar dificuldades na alimentação de forma independente, sendo este problema ocasionado por limitações físicas associadas ao envelhecimento, período em que ocorre a redução natural da força física e coordenação motora, bem como por complicações relacionadas às doenças e outras causas externas.
Segundo informações da jornalista Sobral (2023) disponibilizadas no site Observador.pt, estima-se que entre 20 mil e 50 mil ucranianos já perderam uma perna ou um braço em decorrência da guerra de 2023 entre Russia e Ucrânia, e que os médicos não viam ferimentos desta dimensão desde a II Grande Guerra. Matos et al., (2018) descreve que é importante conhecer os números, estabelecer a prevalência e tendências futuras na perda de membros para que haja espaço adequado para o planeamento de cuidados de saúde e para que seja possível a alocação racional de recursos, como resposta aos indicadores crescentes da demanda por próteses e serviços relacionados com a reabilitação destes doentes. Este autor questiona ainda os instrumentos disponíveis para medição e avaliação deste problema em decorrência da “previsão de um aumento contínuo do número de amputados.Em 2005 estava estimado que havia 1,6 milhões de amputados e é expectável que em 2050 este número seja de 3,6 milhões somente nos EUA” (Matos et al., 2018).
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como doença silenciosa do século, também corrobora com o aumento crescente de doentes com redução da mobilidade, tanto em membros superiores quanto nos membros inferiores, aparecendo como a primeira causa de morte e invalidez nos pacientes acometidos por esta enfermidade. A maioria dos sobreviventes exibirá incapacidades residuais significativas, além da perda de autonomia e sua consequente dependência da ajuda de terceiros(Paixāo Teixeira & Silva, 2009).De acordo com a pesquisa realizada por Freitas et al. (2021), a hemiparesia representa uma das principais sequelas para o doente sobrevivente do AVC e possui alta incidência em Portugal. O AVC foi responsável pelo “maior número de óbitos em 2018 (11 235)” representando “9,9% da mortalidade” no país.
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