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Os Distúrbios Hidro eletrolíticos

Por:   •  22/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  7.325 Palavras (30 Páginas)  •  407 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

FRANCIELY DE MELLO SILVA

JEANE CRISTINA RAMOS DE CAMPOS

PATRÍCIA DAIANA DE ANDRADE

RICARDO SADI DA SILVA

THAÍS ENDER FAGUNDES

DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS

ITAJAÍ

2018


FRANCIELY DE MELLO SILVA

JEANE CRISTINA RAMOS DE CAMPOS

PATRÍCIA DAIANA DE ANDRADE

RICARDO SADI DA SILVA

THAÍS ENDER FAGUNDES

DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS

Trabalho desenvolvido como Atividade Curricular 2018/1 da disciplina de Saúde do Adulto e do Idoso do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, com orientação de Simone Regina Grando.

ITAJAÍ

2018

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO SÓDIO        4

2.1.        HIPERNATREMIA        5

2.2.        HIPONATREMIA        6

3.        DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO POTÁSSIO        8

3.1.        HIPERCALEMIA        9

3.2.        HIPOCALEMIA        10

4.        CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS        12

5.        MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA        14

5.1.        MONITORIZAÇÃO NÃO-INVASIVA        14

5.1.1.        TEMPERATURA CORPORAL        14

5.1.2.        PULSO        15

5.1.3.        PRESSÃO ARTERIAL NÃO INVASIVA        16

5.1.4.        MONITORIZAÇÃO CARDÍACA        17

5.1.5.        OXIMETRIA DE PULSO        18

5.2.        MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA        18

5.2.1.        PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA        19

5.2.2.        CATETER DE ARTÉRIA PULMONAR        19

5.2.3.        PRESSÃO INTRACRANIANA        21

6.        CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO MONITORAMENTO HEMODINÂMICO INVASIVO                        22

7.        CONSIDERAÇÕES FINAIS        24

8.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        25

  1. INTRODUÇÃO

A homeostase de líquido e eletrolítico é a interação dinâmica de três processos: ingestão e absorção, distribuição e eliminação de ambos. Os processos de desequilíbrios hidroeletrolíticos ocorrem quando há déficit ou excesso de líquidos ou osmolaridade no organismo, ou ainda alteração nos processos de metabolismo dos eletrólitos (POTTER; PERRY, 2013). Os distúrbios abordados neste trabalho são de maior relevância na prática clínica e refletem em quadros graves para os pacientes que precisam ser monitorados rigorosamente pela equipe de enfermagem.

  1. DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO SÓDIO

O sódio é o principal determinante da osmolaridade sérica e é o mais importante cátion do extracelular (MARTINS et al., 2015), que normalmente é adquirido através de alimentos, entrando via trato digestivo. Esse eletrólito tem como função: controlar e regular o volume de líquido extracelular; mexer na osmolalidade sérica; participar da contração muscular e da transmissão do impulso nervoso (bomba de Na+/K+ ATPase); cooperar na regulação do equilíbrio ácido-básico (TAYLOR, 2014).

  1. HIPERNATREMIA

Pode-se descrever essa patologia como uma elevação sérica da concentração do sódio com valores maiores que 145 mEq/L. A principal consequência fisiopatológica é a hiperosmolariade, com desidratação celular, proporcionando um mecanismo de adaptação, que acontece durante dias, no qual as células acumulam solutos (osmóis idiogênicos), na tentativa de evitar a perda de água para o extracelular.  Com isso a correção abrupta da hipernatremia pode ocasionar entrada facilitada de água para célula e causar edema celular, com consequências potencialmente fatais (MARTINS et al., 2015), causando manifestações de agitação, letargia e irritação seguidos de espasmos musculares, hiperreflexia, tremores, ataxia, bem como língua seca e hiperemiada, pele e mucosas secas (HINKLE; CHEEVER, 2015).

As principais causas de hipernatremia, segundo Martins et al. (2015), são:

  • Diabetes insípidus: Perda de água livre pelos rins, pela falta absoluta de vasopressina (ADH) ou pela residência tubular ao ADH, o paciente desidrata se não ingerir água. Isso ocasiona um aumento de sódio plasmático e uma inapropriada urina hipotônica;
  • Medicamentos: diuréticos de alça, lítio, anfoericinaB, foscamet e demeclociclina;
  • Alterações eletrolíticas: hipercalcemia, ou hipercalemia (causando diabetes insípidus nefrogênico adquirido);
  • Hiperglicemia: Com diurese osmótica e perda de água;
  • Doença renal intrínseca: Perda de água livre;
  • Fase poliúria de necrose tubular aguda: inclui pós-alívio de obstrução de vias urinárias;
  • Perdas pelo trato gastrointestinal: vômito, diarreia, fístulas, sonda nasogástrica;
  • Perdas pela pele: queimaduras ou sudorese excessiva;

Ainda de acordo com Martins et al. (2015), esse tipo de distúrbio pode acarretar uma série de complicações, que podem estar relacionadas a própria hipernatremia, uma vez que pode haver ruptura de vasos, em razão da desidratação do SNC, levando a hemorragia do SNC, convulsões e sequelas permanentes, ou pela correção rápida do sódio, que leva a edema cerebral, convulsões e coma, por isso nas intervenções deve-se ter cautela, pelo excesso da quantidade de volume que também ocasiona edema cerebral, ou pode estar relacionadas a doença de base do paciente, como, por exemplo, acidente vascular cerebral com pneumonia aspirativa.

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