PORTIFÓLIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I PRÉ-NATAL
Por: Thaluana Sousa • 20/10/2019 • Seminário • 4.432 Palavras (18 Páginas) • 418 Visualizações
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PORTIFÓLIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
PRÉ-NATAL
NOME: Thaluana A. Sousa
GRUPO: 02
PROF. NATÁLIA
FORTALEZA, 2017.
- Introdução.
O desenvolvimento das ações referentes à atenção básica, serviço que utiliza tecnologias de baixa densidade procurando resolver os problemas de maior frequência e relevância em seu território, deve se tornar o contato mais próximo com a saúde da população. Sua concretização necessita de meios e métodos abarcados pelos profissionais do serviço, vindo a auxiliar e assumir diferentes atribuições, além de buscar aperfeiçoamento e aprendizagem, a integração de acadêmicos de Enfermagem às instituições de saúde através de estágios. A inserção de estudantes no serviço traz experiências significativas para a instituição pelo fato de terem e poderem apostar no jovem estudante, que está em busca de fortalecimento de habilidades que vem sendo adquiridas durante a formação, bem como, suprir as necessidades não oportunizadas durante o processo.
A presença de acadêmicos de Enfermagem em uma UBS é percebida, na maioria das vezes, pelos usuários de forma positiva, se sentem mais acolhidos pela maior disponibilidade de tempo destinada para eles e também pela maior agilidade no fluxo do atendimento. Da mesma forma que a presença de um número maior de profissionais, sob a ótica dos usuários, remete a mais procura pelo serviço devido a maior acessibilidade disponibilizada por estas condições.
Os acadêmicos auxiliaram na manutenção do fluxo do serviço, desempenhando diferentes atividades as quais possibilitaram ao estudante a vivência dos problemas profissionais em seu ‘cenário natural’ e também contribuíram para um atendimento mais humanizado. A presença de estudantes em uma instituição traz consigo uma constante atualização aos profissionais de saúde, embora alguns profissionais não tenham essa visão crítica (SILVA; FONSECA; SANTOS, 2011).
As salas de espera são de grande importância dentro da atenção básica, que podem ser desenvolvidas por estudantes, que tem maior tempo disponível, para a escolha de temas atuais e de interesse da população podendo auxiliar a equipe de saúde na execução dessa atividade. Outro ponto de relevância dentre as atividades desenvolvidas pela UBS e que ganha destaque com a participação de graduandos são as atividades grupais com a população.
A Unidade Básica de Saúde ao proporcionar experiências positivas aos acadêmicos de Enfermagem desenvolve um elo entre as instituições de ensino e saúde. Além de contribuir com novos conhecimentos e habilidades necessárias para que o cuidado de enfermagem se torne mais concreto para aos acadêmicos, a cada dia da vivência, podendo ser desenvolvido de modo mais seguro, humanizado e com maior agilidade no fluxo de atendimento.
Dessa forma, a presença de acadêmicos de Enfermagem nas USB beneficia os estudantes e também as instituições de saúde devido a diversidade de atuações apresentadas por eles, as quais trazem resultados positivos para a valorização, qualificação do serviço e também diminuindo a demanda de atividades do profissional enfermeiro.
- REVISÃO
2.1 POLÍTICAS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada nesse período às demandas relativas à gravidez e ao parto. Os programas materno-infantis elaborados nas décadas de 1950 e 1970 traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social (BRASIL, 2004).
O PAISM propõe uma abordagem diferenciada, com ênfase no atendimento a saúde reprodutiva das mulheres no âmbito da atenção integral, visando o aperfeiçoamento no controle do pré-natal, parto e puerpério (OLIVEIRA, 2003).
Em resposta a demanda do movimento organizado de mulheres pelo direito de qualidade na assistência, em 1984, o Ministério da Saúde (MS) ampliou as ações públicas de atenção à população feminina por meio da implementação do Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PAISM). A esse programa foram incorporadas ações com ênfase educativa e preventiva, além de diagnóstica, tratamento e recuperação, direcionadas à assistência clínica e ginecológica (câncer de colo de útero e de mama, planejamento familiar, doenças sexualmente transmissíveis e climatério) e obstétrica (pré-natal, parto e puerpério).
O Ministério da Saúde por meio do PAISM, estabeleceu os seguintes procedimentos: captar a gestante na comunidade, fazer os controles periódicos, contínuos; garantir as consultas, bem como reuniões educativas, prover área física adequada, equipamento e instrumental mínimo; oferecer medicamentos básicos e apoio laboratorial (BRASIL, 1984).
O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento foi instituído pelo MS através da Portaria/GM n.569, em 01 de junho de 2000, visando reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna e perinatal; adotar medidas que assegurem a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto, puerpério e neonatal; e ampliar as ações já adotadas pelo MS na área de atenção à gestante, como os investimentos nas redes estaduais de assistência à gestação de alto risco (BAULI, 2010).
A criação de um sistema informatizado de informação e acompanhamento do PHPN, o SISPRENATAL, foi considerado como uma medida fundamental do programa. Esse sistema de informações deveria, além disso, monitorar o pagamento dos incentivos financeiros e constituir-se em um instrumento capaz de fornecer um conjunto de relatórios e indicadores planejados para monitorar essa atenção em âmbito municipal e estadual, contribuindo para melhorar a gestão dos serviços. Até a instituição do PHPN, os dados referentes à assistência pré-natal no SUS restringiam-se ao número absoluto de consultas, não permitindo avaliações mais detalhadas da qualidade do cuidado pré-natal. (SERRUYA; CECATTI; LAGO, 2004)
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