RESENHA CRÍTICA FILME QUERÔ

RESENHA CRÍTICA FILME QUERÔ

O filme Querô, de Carlos Cortez, recebeu este nome pois era o apelido dado a Jerônimo da Piedade, pois sua mãe ingeriu querosene, a história e baseada em fatos reais e retrata a dura realidade de um jovem, como tantos outros em nossos país, sem nenhuma e/ou pouquíssima perspectiva de futuro, sendo que o próprio sistema impõe padrões que colaboram para um quadro social crítico.

Jerônimo é filho de uma prostituta que falece após o seu nascimento, ele é fruto de uma gravidez indesejada, em um mundo com diversos problemas sociais, a vida dele foi marcada pelos traços já definidos anteriormente. É possível observar que os acontecimentos na vida deste garoto estão mais ligados aos padrões já estabelecidos do que suas próprias escolhas, pois só é possível fazermos boas escolhas se tivermos boas opções, boas oportunidades para definirmos boas diretrizes a nós mesmos.

É possível compreender, que não se pode dizer que o menino Jerônimo criou seu próprio mundo, tão pouco dizer que ninguém criou ou que ninguém é responsável, é necessário compreender que todos nós criamos cada um seu destino, seja por ação ou simplesmente por omissão. Pode ocorrer que alguém diga que a responsabilidade é do Estado, porém quem seria este Estado? Não seria este Estado representado por alguns de nós e escolhido por todos nós, uma vez que vivemos em uma democracia. Jerônimo é vítima de uma circunstância criada por outros que não ele, há apenas uma participação dele, onde suas ações e desejos pouco dependem dele mesmo.

O filme nos faz questionar sobre os quadros sociais, sobre os fatores humanos, principalmente sobre os jovens, o futuro da sociedade, os direitos da criança e dos adolescentes e acima de tudo, sobre quais ações a serem tomadas por todos nós.