Resenha crítica do filme o Óleo de Lorenzo
Por: Rafaela Silveira • 11/4/2019 • Resenha • 700 Palavras (3 Páginas) • 1.429 Visualizações
Resenha critica do filme o Óleo de Lorenzo:
O filme O Óleo de Lorenzo, é o drama real de uma família que, descobre uma doença degenerativa portada pelo filho Lorenzo de apenas cinto anos chamada ALD (adrenoleucodistrofina), degeneração do cérebro, uma doença responsável por afetar o cromossomo X, sendo essa ligada ao sexo de caráter recessivo, transmitido pelas mulheres portadoras e que acometem exclusivamente os homens.Os primeiros sintomas foram observados na escola, pelos professores que relatam estranhar o comportamento do garoto, ele apresentava confusões mentais que, se agravavam dia após dia.
Após o diagnóstico e a posição da equipe médica, ao afirmar que a medicina não é uma ciência exata e que não se sabe se irão receber resultados precisos e decisivos, a estrutura da família sofre mais um abalo. De um lado temos uma mãe desnorteada, sem esperança e que se recusa a aceitar que o filho possui uma doença grave, do outro lado temos um pai que não aceita a posição dos médicos e nem da ciência. Importante ressaltar esse abalo emocional dos pais diante da posição dos profissionais da saúde.
Lorenzo não adoeceu sozinho, sua família também adoeceu com ele.
Os pais então, indignados com a dura realidade da ciência, resolvem começar a pesquisar sobre a doença e elaborar um tratamento. Augusto e Michaela Odone vivenciam ainda uma grande batalha para avançar seus estudos, pois sem embasamento teórico, linguagem técnica e uma metodologia para seguir, outros médicos e pesquisadores não dão crédito à pesquisa. A pesquisa é mais um ponto a se destacar, a decepção mais uma vez com os médicos.
São feitos estudos se fundamentando em conhecimentos sobre bioquímica e síntese de ácidos graxos, já que a doença se caracteriza pela alteração do metabolismo dos peroxissomos, resultando em um acúmulo de ácidos graxos de cadeia altamente longa.
Depois de pesquisar, os pais buscam a elaboração de um medicamento. Novamente encontram dificuldades por não encontrarem um profissional disposto a produzir a substância. Tendo como base o primeiro Óleo, ineficaz para combater a doença, propõe-se uma nova formulação, adicionando triglicerídeos derivados, respectivamente dos ácidos oléico e erúcico.
O filme relata um questionamento importante do meio acadêmico, que contesta “pesquisadores” sem titulação e a falta de aprovação sobre o uso de novos tratamentos, sem a comprovação de que os métodos não acarretariam em outro problemas. Nessa situação, o questionamento do meio acadêmico tem fundamento, afinal tem que haver muita pesquisa, principalmente para manipulação de medicamentos novos, mas há pouco entendimento na situação da família do menino, porque independente de qualquer coisa, os pais queriam fazer alguma coisa para ajudar.
Augusto, pai de Lorenzo, propõe um experimento em seres humanos, a primeira “cobaia” é a tia do garoto. Nesse caso, pode-se afirmar que a família, não só os pais, participaram nessa luta contra a doença, a presença da família se destaca nessa cena do filme.
Após uma série de exames realizados na primeira participante do experimento, foi possível passar a dieta proposta a Lorenzo e a outra criança que sofria da mesma doença que ele.
O filme finaliza com uma melhora do garoto, resultado do medicamento elaborado pelos pais após as pesquisas.
O portador da doença degenerativa, que os médicos afirmaram não sobreviver mais que dois anos, conseguiu seguir a sua vida ate os trinta anos. A pesquisa dos seus pais recebe o nome de Óleo de Lorenzo e continua nos dias de hoje sendo um tratamento eficaz para a ALD, mesmo ainda sendo muito questionada no meio acadêmico.
Diante da situação dos Odone, a atitude de pesquisar e tentar salvar a vida do filho, é louvável e positiva, visto que, por ser uma doença degenerativa, eles não tinham nada a perder, mas poderiam conseguir ajudar Lorenzo, como aconteceu. Como pais, acredita-se que, não fariam nada que pudesse prejudicar ainda mais o menino.
No entanto, o desespero e julgamento dos mesmos com os médicos foi equivocado. Apesar da condição emocional em que eles estavam, era realmente impossível os profissionais intervirem de qualquer outra maneira, eles poderiam pesquisar e criar tal medicamento para reverter o processo, mas os profissionais da saúde trabalham com o resultado da ciência e com os estudos elaborados por profissionais da área, não podendo elaborar dos seus conhecimentos, quaisquer substância sem a devida aprovação de um conselho de ética.
...