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TEMA: LETALIDADE POR MENINGITE NO ESTADO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2016 A 2018

Por:   •  2/11/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.059 Palavras (5 Páginas)  •  190 Visualizações

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TEMA: LETALIDADE POR MENINGITE NO ESTADO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2016 A 2018.

Introdução:

Segundo o Brunner (2006) a meningite consiste em uma inflamação das meninges, membranas protetoras que envolvem o cérebro e a medula espinhal. É uma doença causada por uma infecção bacteriana, viral, fúngica ou parasitária. Entre as várias etiologias, a meningite bacteriana é a principal responsável por complicações tardias, principalmente sequelas neurológicas, constituindo-se na maior causa de surdez (Kesser e col., 1999). A via de transmissão é de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias ou por contato direto com as secreções do paciente (Smeltzer e Bare, 2006). Pode se apresentar de forma aguda ou crônica, desta forma clinicamente benigna e autolimitada até de intensa gravidade. Nestes casos há chance de haver sequelas e até morte. A viral é mais frequente que a meningite bacteriana, porém menos grave. (Massachusetts Department of Public Health, 2010).

Segundo a FRIOCRUZ a doença meningocócica tem elevada taxa de letalidade e há muitos sorogrupos da meningococos (A, B, C, Y, W135, etc.) que causam doenças graves, em especial a meningite. No Brasil, atualmente, predomina o sorogrupo C e em segundo lugar, o B. Em outubro de 2010, a vacina contra meningite (Meningocócica C) foi incorporada ao calendário vacinal em menores de 02 anos, segundo normatização do Programa Nacional de Imunização (FRIOCRUZ 2010).

O tratamento da meningite se da pela administração de antibióticos, que atravessam a barreira hematoencefálica, para o espaço subaracnóide, em concentração suficiente para conter a multiplicação das bactérias. Podem ser empregados os derivados da penicilina (ex., ampicilina, piperacilina), ou uma das cefalosporinas (ex., ceftriaxona sódica, cefotaxima sódica). Também podendo ser utilizado o cloridrato de vancomicina, isoladamente ou em combinação com a rifampicina, quando é identificada, cepas resistentes de bactérias. As doses altas do antibiótico são administradas por via endovenosa (Smeltzer e Bare, 2006).

Justificativa:

A escolha para a realização dessa pesquisa foi ter observado o alto índice de letalidade por meningite no Estado do Maranhão nos últimos anos, mesmo com a incorporação da vacina meningococia C no calendário básico de vacinação. Dessa forma, surgiu a indagação do motivo do aumento do número de casos. Haja vista que, o Brasil oferece muito mais vacinas que nos países vizinhos, distribuindo nas campanhas ou no dia-a-dia dos postos de saúde. O que causa a migração de pessoas de outros países a vir procurar vacina no Brasil, o que torna mais difícil garantir a imunização das grandes metrópoles, gerando assim um esquema vacinal incompleto.

Objetivo

  • Geral:
  • Analisar o índice de letalidade por meningite no Estado do Maranhão no período de 2016 a 2018.

  • Específicos:
  • Calcular o coeficiente de letalidade por meningite no Estado do Maranhão, no referido período.
  • Comparar o número de casos notificados por meningite de acordo com a faixa etária e o agente etiológico.
  • Descrever a assistência de enfermagem ao paciente com diagnóstico de meningite.

Metodologia

Trata-se de um estudo epidemiológico e descritivo, realizando a partir dos dados de casos confirmados de meningite no Estado do Maranhão no período de 2016 a 2018, disponibilizados pelo ministério da saúde brasileira no sistema de informação de agravos de notificação (SINAN), disponível no site do departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS). A Coleta de dados foi no período de 15 de outubro a 01 de novembro de 2019.

A variável depende estudada foi o agravo da doença meningite no Estado do Maranhão, as variáveis independentes utilizadas foram faixa etária e etiologia.

Resultados e discussão

Os resultados revelam que o número total de casos notificados, no período de 2016 e 2018 foram 430 casos notificados por meningite no Estado do Maranhão em comparação ao do Brasil que foi de 49.671, o coeficiente de letalidade foi maior no ano de 2016 tendo 30,74%.

[pic 1]

Figura 1.Números de casos confirmados de meningite no Estado do Maranhão, no período de 2016 a 2018. SINAN, 2019.

[pic 2]

Figura 2: Coeficiente de letalidade relacionada aos agravos da meningite no Estado do Maranhão no período de 2016 a 2018. SINAN, 2019.

Tabela 2: Número casos de meningite segundo faixa no Estado do Maranhão no período de 2016 a 2018. SINAN, 2019.

FAIXA ETARIA

2016

        ANOS

2017

2018

TOTAL

< 1

21

22

07

50

1-4

08

11

13

32

5-9

14

16

16

46

10-14

19

20

14

53

15-19

11

17

13

41

20-39

38

30

49

117

40-59

18

26

13

57

>60

11

10

13

34

TOTAL

140

152

138

430

Vale ressaltar que no ano de 2017 houve de fato um surto com 152 casos confirmados na época.

Tabela 3: Número de casos de meningite segundo a etiologia, no estado do Maranhão no período de 2016 a 2018. SINAN 2019.

ETIOLOGIA

2016

        ANOS

2017

2018

TOTAL

IGN

01

00

00

01

MCC

03

03

05

11

MM

03

05

14

22

MM+MCC

01

01

10

12

MTBC

01

01

10

05

MB

12

21

12

45

MNE

72

64

49

185

MV

25

27

25

77

MOE

13

10

10

33

MH

01

01

05

07

MP

07

18

07

32

TOTAL

140

152

138

430

Legenda: MCC (Meningococcemia), MM (Meningite meningocócica), MM+MCC (Meningite meningocóccica+meningococcemia), MB (Meningite bacteriana), MNE (Meningite não especificada), MV (Meningite viral), MOE (Meningite por outra etiologia), MH (Meningite por hemófilos), MP (Meningite por pneumococos)

...

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