Trabalho sobre doenças
Por: Naiara14 • 13/6/2015 • Projeto de pesquisa • 2.126 Palavras (9 Páginas) • 525 Visualizações
ADENOSE DA VAGINA
A DOENÇA
Afecção caracterizada por proliferação de tecido glandular colunar do tipo mülleriano que pode substituir o epitélio escamoso.
Predomina na adolescência.
Rara após 30 anos de idade.
CAUSAS E FATORES DE RISCO
- Alteração funcional que desaparece com a idade.
- Descendentes femininos de mulheres que usaram dietilestilbestrol durante a gravidez.
SINAIS E SINTOMAS
- Secreção vaginal aquosa clara.
- Sangramento levanta a suspeita de adenocarcinoma.
- À inspeção da vagina, observa-se tecido granular, avermelhado, elevados e fino.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Adenocarcinoma da vagina que pode originar a partir de adenose.
EXAMES COMPLEMENTARES
- Esfregaço de Papanicolau ( coleta especificamente na lesão)
- Colposcopia
- Biópsia e exame histopatológico
COMPROVAÇÃO DIAGNÓSTICA
Dados clínicos + Esfregaço de Papanicolau + Biópsia
COMPLICAÇÕES
- Adenocarcinoma de vagina
- Adenocarcinoma de células claras da vagina
COMO CUIDAR DA PACIENTE
Tratamento com laser ou excisão cirúrgica, se surgirem alterações pré-malignas ou malignas.
MONITORAÇÃO DA PACIENTE
Esfregaço de Papanicolau anualmente.
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO
- Resolução espontânea na maioria das pacientes.
- Risco de adenocarcinoma.
NOTA PRÁTICA
- Paciente com suspeita de adenose vaginal deve ser submetida a uma avaliação especializada.
BIBLIOGRAFIA
- Hatch, K.D. E Fu, Y.S. Câncer cervical e vaginal. In: Novark. Tratado de Ginecologia. 12ª ed. Guanabara Koogan, 1998.
- HERBST, A.L., Ulferlder, H., Poskanzer, D.C. Adenocarcinoma of the vagina: association of maternal Stilbestrol therapy with tumor appearance in young womem. N. Engl. J. Med., 284:878, 1971.
- Hillard, P.A. Doenças benignas do trato reprodutor, In: Novark. Tratado de ginecologia. Guanabara Koogan, 12ª ed. 1998.
CÂNCER DE VULVA
A DOENÇA
Neoplasia maligna que começa com uma pequena área de espessamento epitelial. Representa cerca de 4% das neoplasias dos órgãos genitais femininos.
O espessamento epitelial neoplástico promove o aparecimento de leucoplasia, indistinguível de leucoplasia devido a outras causas ( trata-se de um diagnóstico macroscópico, sendo o esclarecimento da causa realizado pelo exame histopatológico).
TIPOS HISTOLÓGICOS – Hiperplasia atípica vulvar ( com ou sem distrofia); distrofia hiperplásica ( com ou sem atipia); carcinoma escamolecular ( 94% dos casos); carcinoma da glândula de Bartcholin, melanoma, doença de Paget, adenocarcinoma das glândulas sudoríparas e sarcomas.
Predomina em mulheres após os 60 anos.
CAUSAS E FATORES DE RISCO
- Papilomavírus humano (HPV)
- Vulvite crônica
- Condiloma acuminado
SINAIS E SINTOMAS
- Assintomático em muitas pacientes
- Prurido ( 70% dos casos)
- Ulceração
- Sangramento
- Dor
- Pequena área elevada, associada a prurido na forma in situ
- Aspecto de couve-flor nos casos avançados.
- Área ulcerada que não cicatriza, com dor, sangramento e secreção fétida.
- Sangramento retal ou obstrução uretral na fase avançada.
- Linfonodos inguinais na fase avançada
- Ácido acético a 3% realça o epitélio suspeito.
- Azul de toluidina a 1%. Após aplicação procede-se à descoloração com ácido acético a 1%. O corante captado por células próximas à superfície indica paracetarose. Retenção do corante após descoloração pode indicar área de carcinoma in situ.
EXAMES COMPLEMENTARES
- Colposcopia
- Biópsia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Condiloma acuminado
- Sífilis
- Linfogranuloma venéreo
COMPROVAÇÃO DIAGNÓSTICA
Dados clínicos + Biópsia
COMO CUIDAR DA PACIENTE
- Carcinoma in situ pode ser tratado com excisão ampla ou vaporização a laser.
- TRATAMENTO CIRÚRGICO – Vulvectomia radical e ressecção dos linfonodos inguinais.
- Linfadenectomia pélvica- Em pacientes selecionadas.
- Radioterapia - Em pacientes com linfonodos inguinais comprometidos.
- Quimioterapia concomitante com radioterapia reduz o tamanho do tumor primário ( neoplasias que comprometem a uretra e o reto).
MEDICAMENTO
5- Fluoruracila em alguns casos iniciais.
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO
- Prognóstico depende do estádio.
- Sobrevida de 5 anos varia de 90% no estádio 1 e 20% no estádio IV.
- Complicações da vulvectomia e dissecção dos linfonodos inguinais – Linfedema vulvar e incontinência urinária.
NOTAS PRÁTICAS
- Pacientes com diagnóstico de Papilomavírus humano (HPV) na citologia do colo uterino devem ser submetidas a vulvoscopia.
- Pesquisar doença sexualmente transmissível em pacientes com câncer de vulvar.
- Pesquisar DNA do HPV por captura híbrida ou PCR.
BIBLIOGRAFIA
- Hacker, N.F. Câncer Vulvar. In: Novark. Tratado de Ginecologia, 12ª ed. Guanabara Koogan, 1998.
CANDIDÍASE
A DOENÇA
Infecção cutânea, mucocutânea ou sistêmica causada por fungos do gênero Candida, habitualmente saprófitas, eventualmente patogênicos, que habitam nas mucosas, na superfície da pele e o intestino.
Os principais achados histopatológicos são processo inflamatório e a presença de micélios, formas leveduriformes do fungo nas áreas acometidas.
FORMAS CLÍNICAS
- Candidíase intertriginosa – Intertrigo
- Candidíase oral - Estomatite cremosa ou sapinho
- Queilite angular – “ Perlèche”
- Candidíase vulvovaginal
- Balanite ou balanopostite – Prepúcio e glande
- Dermatite das fraldas
- Onicomicose – Paroníquia
- Candidíase munocutânea crônica
- Candidíase sistêmica
CAUSA
Candida albicans
FATORES DE RISCO
- Uso excessivo de água e sabão
- Obesidade ( dobras cutâneas úmidas).
- Diabetes
- Próteses dentárias
- Gravidez
- Neoplasias malignas
- Aplasia medular
- Imunossupressão
- Uso de cateteres
- Contraceptivos
- Citostáticos
- Antiobioticoterapia prolongada
- Corticoterpaia tópica ou sistêmica prolongadas.
SINAIS E SINTOMAS
- Candidíase intertriginosa - Lesões eritematosas, úmidas, formando fissuras e erosões nas dobras interdigitais, inframamárias, axilares, inguinais.
- Candidíase oral – Ver Candidíase Bucal.
- Queilite angular – Fissuras nos ângulos labiais.
- Candidíase vulvovaginal - Leucorreía, placas esbranquiçadas cremosas na mucosa vaginal e vulva.
- Balanite e balanopostite – Leões eritematosas erosivas, úmidas, edemaciadas, localizadas na glande e preúcio (pode ser o rpimeiro sinal de diabetes).
- Dermatite de fraldas – Lesões eritematosas que podem sofrer erosões. A umidade provocada pela urina e fezes macera a pele, favorecendo a candidíase.
- Onicomicose - Comprometimento parcial ou total das unhas, com inflamação ao redor destas 9 paroníquia).
- Candidíase mucocutânea croônica – Inicia com estomatite ou paroníquia, evoluindo para lesões papulosas, nodulares, disseminadas, formando cornos cutâneos, placas esbranquiçadas na boca, podendo atingir o esôfago, laringe, faringe. Pode haver conjuntivite, blefarite, enterite, cistite, uretrite, endocardite. É uma forma clínica rara e grave.
- Candidíase sistêmica - Disseminação dos fungos por todo o organismo. Na pele são observados nódulos vermelhos. Indica imunossupressão grave.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Dermatite de contrato. Dermatofitose
- Leucoplasia (placas brancas em mucosas).
- Doenças sexualmente transmissíveis
- Infecções bacterianas. Infecções oportunistas
- Psoríase. Líquen plano
EXAMES COMPLEMENTARES
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