A Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Por: Hugo Raphael • 26/11/2022 • Artigo • 6.435 Palavras (26 Páginas) • 150 Visualizações
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Elaboração
Amanda Naiara Silva Moraes
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE II
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA: A TEORIA .....................................5
CAPÍTULO 1
O QUE É INTELIGÊNCIA EMOCIONAL? ................................................................................. 5
CAPÍTULO 2
A NATUREZA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL .................................................................... 11
CAPÍTULO 3
O SEQUESTRO EMOCIONAL 16
REFERÊNCIAS 21
INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL
NA INDÚSTRIA UNIDADE II[pic 2]
FARMACÊUTICA: A TEORIA
CAPÍTULO 1 O QUE É INTELIGÊNCIA EMOCIONAL?
Na Unidade 1, você começou a dar os primeiros passos no universo das emoções. Você percebeu que elas são extremamente complexas de serem entendidas, avaliadas e até mesmo processadas.
Nesta nova unidade, você vai perceber que, apesar de complexas e subjetivas, as emoções podem ser gerenciadas em prol de uma vida mais tranquila, pois, com um emocional equilibrado, todas as áreas da sua vida serão influenciadas, e isso inclui a sua vida profissional. Sem o gerenciamento das emoções, mais cedo ou mais tarde, o indivíduo terá consequências na sua saúde, na sua produtividade e na sua profissão.
1.1. Definição
Esse conceito foi desenvolvido dentro da psicologia, a qual define inteligência emocional como a habilidade de um indivíduo de perceber que está sentindo emoções, sentimentos, avaliando tudo isso e, por fim, sabendo lidar com eles em cada situação.
Essa definição também inclui o reconhecimento e a avaliação dos sentimentos dos outros. Ou seja, ser uma pessoa emocionalmente inteligente é conhecer os próprios sentimentos, compreendê-los e geri-los da melhor maneira.
Charles Darwin propôs que, para uma sobrevivência e adaptação eficientes em relação ao meio, o uso da expressão das emoções era essencial; diante disso, foi um dos primeiros pesquisadores a entrar no conceito de inteligência emocional.
Ademais, com o passar dos anos, tem-se tornado mais clara a importância da inteligência, não apenas aplicada no âmbito racional (cognitivo), memória e resolução de conflitos, mas também no âmbito emocional, quer seja ele cognitivo ou não.
Figura 8. Equilíbrio entre emoção e razão
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Fonte: https://pixabay.com/illustrations/brain-heart-brain-icon-3269655/.
Isso se torna mais evidente com as ideias de David Wechsler, o qual sugere que os conhecimentos sobre a inteligência só seriam pertinentes quando fosse levada em consideração a influência das condições emocionais humana. E o termo inteligência social, de Robert Thorndike, reforça a importância de se considerarem as emoções e motivações em relação ao outro. O que mais tarde contribuiu para que o termo não fosse focado apenas no “eu”, mas sim no “eu e no todo”, essencial para o convívio social (THORNDIKE, 1920).
A importância de levar em consideração tanto a si quanto o outro continuou a ser estudada por outros pesquisadores, como Howard Gardner, em sua teoria das inteligências múltiplas. Nessa teoria, ele e seus colaboradores classificam a inteligência em (GARDNER et al., 2009):
» intrapessoal: a habilidade de avaliar as próprias emoções, o que inclui, por exemplo, motivações, felicidade, medo, entre outros, conseguindo, ao fim dessa avaliação, entender a si mesmo;
» interpessoal: capacidade de fazer a avaliação emocional dos outros, percebendo as suas motivações, desejos, intenções etc.
Vários pesquisadores, como Wayne Payne, Hanskare Leuner, Stanley Greenpan, Peter Salovey, John Mayer e Goleman, utilizaram em seus trabalhos o termo inteligência emocional.
Figura 9. Relações intrapessoais e interpessoais
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Fonte: https://pixabay.com/images/id-1797362/.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA: A TEORIA | UNIDADE II
Nesse contexto, essa temática chamou a atenção das mídias apenas com o lançamento do livro “Inteligência Emocional”, do jornalista científico Daniel Goleman, em 1995. Com isso, foi popularizado o termo QE, o que tornou o termo QI aparentemente dependente do primeiro (GOLEMAN, 2011).
» QI= Quociente Intelectual.
» QE= Quociente Emocional.
Em seu livro, Goleman reforça a ideia de que, sem o QE, o QI não seria avaliado de maneira eficiente, uma vez que o racional sempre terá uma influência de maior ou menor grau do emocional (GOLEMAN, 2011). Ou seja, QI avalia a capacidade cognitiva, e QE, a capacidade emocional, sendo medidos de maneira diferente: o QE é medido levando em consideração situações subjetivas, o que dificulta um padrão de avaliação; e o QI é medido quantitativamente, sendo, assim, possível padronizá-lo.
Segundo Claude Steiner, como o QE é analisado através de testes escaláveis, porém, não quantitativos, é um termo com baixa credibilidade científica, uma vez que o QE é subjetivo e qualitativo (CLAUDE; PERRY,1997).
[pic 5]Entretanto, Camões (2006) defende a importância de se valorizar o QE tanto quanto o QI. Segundo ela, manter QI e QE equilibrados é uma regulação homeostática necessária a todo ser humano, isto é, a todo momento temos de racionalizar algumas emoções da mesma forma que aplicamos a carga emocional em questões racionais (CAMÕES, 2006).
Figura 10. Relação entre QI e QE
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Fonte: https://pixabay.com/images/id-5818118/.
Por exemplo, numa situação em que um indivíduo está em perigo, a QE será acionada imediatamente como um mecanismo de instinto. Já a QI, ou inteligência racional, irá discorrer sobre quais as melhores opções para sair da situação de perigo. No exemplo acima, fica clara a importância do equilíbrio entre QE e QI para a sobrevivência humana.
E isso se estende também para o vínculo social (GOLEMAN, 2011).
Vejamos outro exemplo, agora avaliando dois indivíduos com QE ou QI predominantes:
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