A FARMACOLOGIA GESTACIONAL
Por: Ray Rhamon • 4/12/2017 • Resenha • 911 Palavras (4 Páginas) • 752 Visualizações
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O uso de medicamentos na gestação sempre representa um desafio, pois pode implicar em dano tanto para a gestante quanto para o feto, e esse risco é potencialmente aumentado no primeiro trimestre gestacional. Antes do episódio da talidomida, acreditava-se que a placenta era uma barreira que protegia o feto de qualquer ação farmacológica; hoje, porém, sabe-se que a maioria dos fármacos utilizados por gestantes atravessam a placenta e atingem a corrente sanguínea do feto.
Em primeiro lugar a e, como consequência, a droga vai estar em lugares onde não estaria caso a mulher não estivesse grávida. A placenta também pode metabolizar diversos compostos químicos e gerar metabólitos que são tóxicos. Por outro lado, a eliminação do medicamento pelos rins é mais rápida e o efeito da droga pode ser encurtado.
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Binômio fármacos e gravidez
ORGANISMO MATERNO - No organismo materno as modificações gravídicas gerais influem sobremaneira nos processos de absorção, distribuição e, principalmente, metabolismo e excreção das drogas. A absorção do fármaco durante a gravidez é diferente, porque a motilidade do intestino é menor e, em geral, a absorção é mais lenta. A distribuição do fármaco no organismo é maior. A concentração de albumina diminui, dessa forma, mesmo baixas concentrações do medicamento podem levar a problemas de superdosagem e toxicidade em gestantes.
PLACENTA - A placenta, por sua vez, com os mecanismos de transferência bem definidos e sistemas enzimáticos ativos, também interfere no comportamento das drogas que vão para o concepto e de seus metabólitos que retornam ao organismo materno.
COMPARTIMENTO FETAL - Quanto ao compartimento fetal, o período embriogênico compreendido entre a segunda e 12ª semanas é extremamente sensível, devido à velocidade com que ocorre a multiplicação celular; tal fato dá margem para que os fármacos promovam malformações. A partir de então, há amadurecimento progressivo dos órgãos facilitando, as várias etapas de metabolização e excreção.
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Os medicamentos tomados pela mulher grávida chegam ao feto sobretudo através da placenta, o mesmo trajeto percorrido pelo oxigênio e pelos nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento do feto. Os medicamentos que a mulher grávida toma durante a gravidez podem afetar o feto de várias formas:
- Podem agir diretamente sobre o feto, provocando lesões, desenvolvimento anômalo (levando a deficiências congênitas) ou morte.
- Eles podem afetar a função da placenta, normalmente fazendo os vasos sanguíneos estreitarem (constrição), reduzindo assim o suprimento de oxigênio e nutrientes ao feto vindos da mãe. Às vezes, o resultado é um bebê com baixo peso e subdesenvolvido.
- Eles podem fazer os músculos do útero se contraírem com força, lesionando indiretamente o feto ao reduzir o fornecimento de sangue ou provocando trabalho de parto e parto prematuros.
- Também podem afetar o feto indiretamente. Por exemplo, medicamentos que reduzem a pressão arterial da mãe podem reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta, diminuindo o suprimento de oxigênio e nutrientes ao feto.
Terapia farmacológia
Farmacocinética
A maioria dos fármacos atravessa a barreira hematológica e expõe o feto a seus efeitos, e mesmo a efeitos teratogênicos.
- Lipossolubilidade e Grau de Ionização
Substancias lipofílica tendem a atravessar a placenta e alcançar a circulação fetal mais rapidamente. Fármacos altamente ionizados atravessam lentamente a placenta e atingem baixas concentrações no feto.
- Peso Molecular e pH
Quanto menor o peso molecular maior a facilidade de atravessar a barreira placentária.
Ex: Anticoagulante na gravidez – Heparina tem alto peso molecular e Varfarina é de menor peso e teratogênica.
Risco de aprisionamento iônico devido às diferenças de PH do sangue do feto (7,3) e materno (7,4)
- Transportadores Placentários
Há transportadores na placenta que fazem o transporte de substancia de volta para a circulação materna, ou para o feto.
- Metabolismo Placentário e Fetal
A placenta possui capacidade de metabolizar fármacos para a proteção do feto, além disso, grande quantidade do sangue que chegar ao feto pela veia umbilical é levada ao fígado onde há possibilidade de metabolização.
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