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A FARMÁCIA CLÍNICA NA ÁREA DA CIÊNCIA

Por:   •  29/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  996 Palavras (4 Páginas)  •  249 Visualizações

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Farmácia clinica é a área voltada à ciência e a pratica do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde, bem estar e prevenir doenças.(CFF,2016) O serviço farmacêutico é uma prática somada a outros profissionais, são expertise diferentes que se soma em benefício do paciente.

Os serviços farmacêuticos clínicos praticados em farmácias e drogarias, quando realizados com qualidade, promovem o uso racional de medicamentos e melhoria na qualidade de vida dos usuários, ao garantir a estes uma farmacoterapia adequadamente indicada, eficaz e segura. Assim, a provisão de serviços clínicos difere-se da prática farmacêutica tradicional, por ser realizada exclusivamente pelo profissional farmacêutico e composto por atividades de alta complexidade, centradas no cuidado ao paciente, tendo o medicamento apenas como um meio para atingir os resultados farmacoterapêuticos definidos (FERNANDO, 2015). Entre os serviços que são citados na resolução, estão: educação em saúde; rastreamento em saúde; manejo de problemas de saúde autolimitados; dispensação; conciliação de medicamentos; monitorização terapêutica de medicamentos; revisão da farmacoterapia; acompanhamento farmacoterapêutico e gestão da condição de saúde (CFF, 2016).

Segundo marques (2015) os serviços farmacêuticos se subdivide em 8 etapas:

  • Aconselhamento ao paciente: orientação sobre os medicamentos, doenças e medidas não-farmacológicas, com a entrega ou não do medicamento. Esse serviço tem por objetivo promover o uso correto dos medicamentos e incentivar práticas de autocuidado, podendo utilizar materiais de apoio educativo (impressos ou em multimídia);
  • Programas de rastreio: prevenção ou controle de fatores de risco específicos (p.ex. tabagismo), cujas intervenções são centradas geralmente em técnicas comportamentais e educação individual ou em grupo;
  • Adesão ao tratamento: serviços focados especialmente na adesão do paciente ao tratamento, utilizando técnicas diversas, como: educação e aconselhamento; dispositivos e recursos facilitadores; ou então por meio de consultas domiciliárias, na farmacia comunitaria ou utilizando algum meio de comunicação (telefone, web, e-mail);
  • Acompanhamento da farmacoterapia: serviços focados no acompanhamento da farmacoterapia e evolução do paciente, com foco nos resultados em saúde obtidos (outcomes) e no cuidado contínuo da condição clínica. O serviço utiliza diversas formas de contato com o paciente e com o médico (consulta presencial, telefone, fax, web, e-mail). Além do tempo de seguimento ou número de consultas serem variados;

  • Conciliação de medicamentos: serviços focados na elaboração ou atualização da história farmacoterapêutica e na conciliação terapêutica. É realizada em momentos como na admissão hospitalar, na transferência entre serviços e na alta. O serviço ainda fornece informações ao médico e ao paciente, de forma normalmente escrita, com o objetivo principal de corrigir discrepâncias na farmacoterapia;
  • Informação e suporte a equipe: serviços focados no fornecimento de informações ao médico e equipe de saúde, sem haver necessariamente cuidado direto com o paciente. Inclui discussões multidisciplinares de caso, rondas hospitalares, desenvolvimento de protocolos clínicos, formulários terapêuticos e estabelecimento de relações mais próximas com a equipe. Inclui serviços de visitas ao médico, a fim de fornecer informações científicas e promover boas práticas de prescrição, voltadas para condições clínicas ou medicamentos específicos;
  • Prescrição independente: serviços em que o farmacêutico possui autonomia para prescrever ou iniciar um tratamento farmacológico, segundo protocolos definidos, convênios colaborativos entre centros de saúde ou, ainda, com medicamentos isentos de prescrição médica, voltados ao cuidado de transtornos menores;
  • Revisão da Farmacoterapia: serviços focados na revisão dos medicamentos e ajustes na farmacoterapia do paciente, podendo haver contato direto com o paciente ou não. O objetivo é identificar e corrigir falhas na utilização pelo paciente, questões relativas à seleção inapropriada de medicamentos e regime terapêutico, custos do tratamento ou efeitos sentidos pelo paciente. O farmacêutico geralmente faz recomendações ao paciente ou ao médico e pode possuir maior ou menor autonomia para realizar modificações no tratamento.

O conjunto de problemas referentes ao uso de medicamentos seja relativo a falhas na indicação, adesão ao tratamento, efetividade ou segurança, e a morbimortalidade associada a estes; produz alto impacto sobre a população no âmbito clínico, humanístico e econômico (DORMANN et al., 2004; KONGKAEW; NOYCE; ASHCROFT, 2008; SUH et al., 2000; VLAYEN et al., 2011; MARQUES,2015). A adesão terapêutica ao tratamento concerne do quanto o paciente compreende, concorda e participa do tratamento. Diante do cenário em que vivemos a não adesão ao tratamento farmacológico está relacionada a fatores demográficos e socioeconômicos, onde a idade e escolaridade tem uma ascendência considerada no processo de cuidado. Para esses pacientes, estratégias de orientação em relação ao tratamento precisam ser utilizadas para melhor entendimento dos regimes terapêuticos prescritos. Os pacientes que apresentam melhor autopercepção de saúde têm melhor adesão ao tratamento (TAVARES, 2016). A elevada incidência de morbimortalidade relacionada a medicamentos pode ser prevenida ou amenizada por uma reorganização da forma como os medicamentos são gerenciados pelos serviços de saúde (MARQUES, 2015).

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