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ANALISE FÍSICO-QUÍMICA DA MUCILAGEM EXTRAÍDO DE ALOE VERA

Por:   •  16/8/2016  •  Artigo  •  1.806 Palavras (8 Páginas)  •  1.092 Visualizações

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ANALISE FÍSICO-QUÍMICA DA MUCILAGEM EXTRAÍDO DE ALOE VERA1

Ariane Brígida Rocha Bezera2[pic 1]

Arianne Patrícia Corrêa Machado3

Cintia Evelyn Pessoa Dos Santos4

RESUMO

A planta Aloe é uma erva medicinal importante e é largamente utilizada (Okamura et al., 1996). Essa erva pertence ao género Aloe sp., que possui mais de 500 espécies diferentes mas apenas algumas são medicinalmente importantes. As espécies mais populares são a Aloe barbadenses Miller (Aloe Vera), Aloe arborencens e a Aloe chinensis. Sendo a planta de maior interesse, é considerada a espécie biologicamente mais ativa (Bozzi et al., 2007; Singh & Sood, 2009). Popularmente conhecida como babosa, possui grande aplicação na indústria farmacêutica, para produção de diversos produtos, principalmente com ação hidratante, cicatrizante e anti-inflamatória. Com a eliminação dos tecidos mais externos da folha, obtêm-se um gel mucilaginoso com aparência viscosa e incolor que recebe o nome de gel de A. Vera. É constituído principalmente por água e polissacarídeos, além de 70 outros componentes, tais como, vitamina A, B, C e E, cálcio, potássio, magnésio e zinco, diversos aminoácidos, enzimas e carboidratos. (Teske & Trentini, 1997; Femenia et al., 1999; Carvalho, 2005; Surjushe, 2008). Desta forma faz-se necessário a analise de sua estabilidade físico-química, mediante a avaliação das características do pH, umidade, condutividade elétrica, acidez por titulação, densidade, viscosidade e sólidos solúveis. Os resultados obtidos indicam a análise físico-química da mucilagem da Aloe Vera.  

PALAVRAS-CHAVES: Aloe Vera.  Babosa. Estabilidade. Cicatrizante. Anti-inflamatória.

____________________________

1 Projeto de Integração Acadêmica Profissional II apresentado à Faculdade de Farmácia, do Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Pará.

2 Acadêmica de Farmácia do segundo semestre da Universidade Federal do Pará.-ariane1403@gmail.com

3 Acadêmica de Farmácia do segundo semestre da Universidade Federal do Pará- ariannemachado43@gmail.com

4 Acadêmica de Farmácia do segundo semestre da Universidade Federal do Pará.-cintiaevelyn16@gmail.com

INTRODUÇÃO

O uso de plantas medicinais é relatado ao longo da história como fonte de cura pela medicina popular. Com grande importância o uso da Aloe Vera (Babosa) é descrito no Egito antigo como a “planta da imortalidade”, teria sido usada por Cleópatra nos cuidados da pele e do cabelo.

        A planta Aloe é uma erva medicinal importante e é largamente utilizada (Okamura et al., 1996). Essa erva pertence ao género Aloe sp., que possui mais de 500 espécies diferentes mas apenas algumas são medicinalmente importantes. As espécies mais populares são a Aloe barbadenses Miller (Aloe Vera), Aloe arborencens e a Aloe chinensis. Sendo a Aloe Vera a planta de maior interesse, é considerada a espécie biologicamente mais ativa (Bozzi et al., 2007; Singh & Sood, 2009)

        A Aloe Vera é originaria do continente africano e possui diversas propriedades medicinais dentre eles temos ação antinflamatoria, cicatrização e atividade antineoplasica.

        As folhas da Aloe Vera podem ser divididas em duas partes. A parte mais externa pode se extrair um suco, que quando concentrado e seco recebe a denominação de Aloe. Esse suco é obtido das folhas cortadas e possui cor marrom escura, além de forte odor e sabor muito amargo. É composto principalmente por derivados antracênicos sendo as aloínas (barbaloína e isobarbaloína) os mais conhecidos (Atherton, 1997; WHO, 1999).

        Com a eliminação dos tecidos mais externos da folha, obtêm-se um gel mucilaginoso com aparência viscosa e incolor que recebe o nome de gel de A. Vera. É constituído principalmente por água e polissacarídeos, além de 70 outros componentes, tais como, vitamina A, B, C e E, cálcio, potássio, magnésio e zinco, diversos aminoácidos, enzimas e carboidratos. (Teske & Trentini, 1997; Femenia et al., 1999; Carvalho, 2005; Surjushe, 2008).

        Possui grande utilidade na indústria cosmética e farmacêutica em formulações como xampus, cremes e emulsões por ter ação umectante o que propicia uma melhor hidratação da pele.

        As metodologias de avaliação da estabilidade de fármacos e medicamentos até 1984 não seguiam

princípios de atos regulatórios emitidos por órgãos de vigilância sanitária. As empresas utilizavam metodologias próprias reunindo dados na documentação de registro. A garantia da qualidade foi um item que contribuiu para que fosse considerado indispensável o conhecimento do comportamento dos medicamentos nas zonas climáticas dos países importadores (Moretto; Santos, 2004).

Dessa forma, passou-se a utilizar o teste de estabilidade, que pode ser realizado em tempo real (armazenado em temperatura ambiente durante um determinado período de tempo, observando-se alterações que possam vir ocorrer) ou acelerado (o produto é exposto em condições extremas de temperatura e luminosidade e então se verifica possíveis alterações que poderá sofrer). Monitora-se a estabilidade de uma emulsão por meio da avaliação das características da umidade, condutividade elétrica, volume, densidade, acidez, sólidos e solúveis e o valor de pH (Baby et al, 2004; Guterres; Muller, 1999).

MÉTODO.

        Os testes foram realizados durante os meses de junho de 2015 a julho de 2015, no laboratório de Química da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Pará. Todas as análises foram realizadas em temperatura ambiente, com o devido registro.

PREPARO DA AMOSTRA.

A amostra foi preparada utilizando: 0,1ml de [NaOH] e mais 50ml de água destilada, logo após foi homogeneizado por 10 minutos e colocado para descanso por 30 minutos.

A amostra foi fracionada e acondicionada em sete potes de plásticos transparentes cada um contendo 100 g.

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