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Análise de resultados das provas sorológicas

Por:   •  21/11/2018  •  Relatório de pesquisa  •  973 Palavras (4 Páginas)  •  370 Visualizações

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Análise conjunta de resultados das provas sorológicas

Uma equipe multidisciplinar de saúde reúne-se para avaliação da seguinte situação clínica:

Mãe (L.B.C): 35 anos, pré-natal com 5 consultas. Recém-nascido: criança do sexo masculino nascida em dia 18/04/2015 por parto cesáreo (devido à indicação anterior: ventrículomegalia moderada), de apresentação cefálica (feto com a cabeça para baixo), idade gestacional de 35 semanas e 4 dias. O líquido amniótico encontrava-se espesso (mecônio?). Chorou ao nascer. Peso de nascimento: 1.790 g, estatura: 41 cm. Pequeno para idade gestacional. O médico responsável solicitou TORCH e Exames complementares para o RN e para a mãe e a pesquisa laboratorial de micro-organismos na placenta.

[pic 1]

Hidrocefalia (ventriculomegalia moderada com dilatação dos ventrículos laterais).

[pic 2]

Toxoplasmose: HAI* (+ título 1:128); ELISA IgG>250 UI/ML ; ELISA IgM= reagente

Afinidade de IgG anti-toxoplasma: 40% alta afinidade

Rubéola: IgG= 29,25 UI/ML; IgM= não reagente

CMV (Citomegalovírus): IgG= 22,7 UI/ML; IgM= não reagente.

Sífilis VDRL: + com título 1:1; TPHA*: não reagente

HIV, Chagas, Hepatites B e C, HTLV: não reagentes.

*HAI (Hemaglutinação indireta) e TPHA: Treponema pallidum hemaglutinattion: testes sorológicos que pesquisam anticorpos contra o referido agente infeccioso.

[pic 3]

Toxoplasmose: HAI (+ título 1:64); ELISA IgG > 230 UI/ML; ELISA IgM= reagente

Afinidade de IgG anti-toxoplasma: > 70% alta afinidade

Rubéola: IgG= 27,32 UI/ML; IgM= não reagente

CMV (Citomegalovírus): IgG= 20,0 UI/ML, IgM= não reagente

Sífilis VDRL: Não reagente

HIV, Chagas, Hepatites B e C, HTLV: não reagentes.

[pic 4]

Toxoplasmose: HAI (+ título 1:32); ELISA IgG > 300 UI/ML; ELISA IgM= Não reagente Afinidade de IgG anti-toxoplasma: > 70% alta afinidade; Anticorpos IgA: Não reagente Rubéola: IgG= 20,45 UI/ML; IgM= não reagente

CMV (Citomegalovírus): IgG= 4,7 UI/ML, IgM= não reagente

Sífilis VDRL: Não reagente

Chagas, HIV e Hepatites B e C: Não reagentes

[pic 5]

Não foram encontrados micro-organismos na peça.


Responda:

  1. O que é o exame perfil TORCH e em quais situações ele é solicitado pelo médico?

Teste de triagem para a apresentação de anticorpos para TORCH: Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovirus, e vírus Herpes simples. Deve ser solicitado se a mãe foi exposta a determinadas doenças infecciosas ou adoeceu durante a gravidez, ou quando um bebê nasce com anomalias congênitas que possam ter sido causadas por uma das infecções incluídas no painel.

  1. De acordo com os exames solicitados no pré-natal qual a(s) principal(ais) justificativa(s) que conduziria(m) à suspeição de uma infecção congênita? Qual seria a opção de metodologia para o diagnóstico intrauterino?

A suspeita de uma infecção congênita se deve, pincipalmente, ao fato da mãe ter apresentado HAI* (+ título 1:128); ELISA IgG>250 UI/ML; ELISA IgM= reagente 60 dias antes do parto e continuou apresentando IgM reagente até o exame seguinte (aproximadamente 2 meses depois), possibilitando a inferência de que a mãe entrou em contato com o toxoplasma pela primeira vez durante a gravidez (soroconversão), o que implica em significativo risco de má formação congênita.

Amniocentese: Neste procedimento, que pode ser feito com segurança após 15 semanas de gravidez, o médico usa uma agulha fina para remover uma pequena quantidade de do saco amniótico. Testando então esse líquido para o agente infeccioso toxoplasma.

  1. Qual a situação diagnóstica da gestante para cada infecção pesquisada de acordo com os dados sorológicos?

Toxoplasma: positiva; infecção primária

Rubéola: imunidade; infeção pregressa ou vacina

CMV (Citomegalovírus): imunidade; infecção pregressa

Sífilis VDRL: negativo

Chagas, HIV e Hepatites B e C: negativo

  1. Há risco de transmissão de alguma infecção para o feto com base nos resultados sorológicos obtidos?

Há risco de transmissão da toxoplasmose, uma vez que a infecção é recente e a mãe ainda está montando uma resposta imunológica adequada contra o agente infeccioso. Como os anticorpos IgM não atravessam a placenta, o feto fica suscetível a ação do toxoplasma enquanto o sistema imune da mãe ainda está montando a resposta definitiva

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