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Monografia HPV

Por:   •  14/3/2017  •  Monografia  •  6.147 Palavras (25 Páginas)  •  618 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Há evidências de que a infecção por papilomavírus humano (HPV) tem aumentado progressivamente nas últimas décadas, o que leva a papilomatose humana ser considerada, hoje, a doença sexualmente transmissível (DST) mais prevalente no mundo. Nos últimos anos 6% da população tem sido diagnosticada a cada ano com novos  casos de  neoplasias causadas pelo câncer cervical (ROSA et al., 2009).

O papilomavírus humano do tipo HPV16 e HPV18 foram descobertos em 1983 por Harald Zur Hausen e apresentam mais de 70% de prevalência nas biópsias de pacientes com câncer cervical que residem em países subdesenvolvidos (ROSA et al., 2009).

Estudos demonstram que é necessário que ocorra a infecção viral pelo HPV de qualquer espécie para que haja um risco de mutações genéticas que levem ao câncer cervical, porém, não é o suficiente para que ele se desenvolva. Existem fatores predisponentes que ajudam no aparecimento do câncer, tais como a utilização de drogas lícitas (álcool, tabaco, anticoncepcionais orais, etc.). Para que haja o contato com o vírus, destaca-se o ato sexual desprotegido, na maioria das vezes, praticado com mais de um parceiro (RAMA et al., 2008).

 O papilomavirus se manifesta através de lesões conhecidas como verruga genital, condiloma acuminado ou crista de galo. A ausência de manifestações e muitas vezes de informações interfere previamente no comportamento da mulher portadora do vírus, bem como no das pessoas nas quais ela convive (SOUZA; PINHEIRO; BARROSO, 2008).

No balcão da farmácia comunitária, o farmacêutico é procurado pelo paciente em busca de orientações para diversos tipos de cuidado com a saúde, desde aqueles mais simples, como por exemplo uma dor de cabeça, a aqueles mais complexos (MARIN et al., 2003).

O paciente durante a anamnese deve fornecer informações subjetivas ao profissional farmacêutico sobre as lesões ou sintomas, descrevendo a freqüência, local e o tempo do aparecimento,  como pôde ter adquirido estas lesões e a fonte de contaminação, assim o farmacêutico poderá orientá-lo ou direcioná-lo a um médico, sendo este um papel importante para diagnósticos precoces.

No momento da dispensação do medicamento, o profissional farmacêutico pode orientar o paciente sobre as medidas farmacológicas e não-farmacológicas para o controle das lesões causadas pelo HPV no colo do útero das mulheres acometidas e a melhor maneira para a utilização dos medicamentos prescritos pelo médico. A prevenção também é outra forma com que o farmacêutico pode orientar os pacientes. Este profissional pode orientar o paciente de forma clara sobre a importância do uso de preservativo e da higiene sanitária como formas de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), as quais podem prejudicar a saúde, ou até mesmo provocar a morte.

Este trabalho de conclusão de curso apresenta uma revisão das principais manifestações causadas pelo HPV no câncer cervical, como também informações de alguns procedimentos não-farmacológicos, como por exemplo, a cauterização, e também dos procedimentos farmacológicos que buscam um controle das lesões causadas pelo HPV. Essas informações servirão de apoio ao farmacêutico para que no momento de dúvida do paciente sobre o HPV, o profissional seja capaz de fornecer de maneira simples a forma correta para se evitar as contaminações pelo HPV e mostrar as formas de prevenção para tal doença.

        

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Elaborar um material de apoio sobre as manifestações do Papilomavírus Humano (HPV) no câncer cervical de mulheres, salientando tratamento farmacológico e não-farmacológico das lesões causadas pelo HPV.

2.2 Objetivos específicos

Realizar o levantamento de fontes de informações relevantes sobre as manifestações do HPV no câncer do colo do útero;

Realizar o levantamento de fontes de informações seguras sobre o tratamento farmacológico e não-farmacológico para as lesões causadas pelo HPV em associação com o câncer cervical;

Compilar as informações levantadas com argumentos seguros com enfoque para a dispensação de medicamentos e orientação do paciente.

        3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Levantamentos de dados

Na seleção das informações para a elaboração do material de apoio para o farmacêutico realizar suas intervenções, buscou-se uma revisão da literatura sobre as terapias utilizadas no tratamento e controle do câncer do colo do útero e do papilomavírus humano (HPV), utilizando fontes bibliográficas atualizadas e confiáveis, a fim de transpor informações seguras e completas.

As principais fontes para a realização desta revisão foram:

Livros como: Cecil – Tratado de Medicina Interna (BENNETT, 2001), Semiologia Médica – as bases do diagnóstico clínico (LÓPEZ, 2001).

Artigos científicos obtidos em bancos de dados de pesquisas científicas (www.scielo.com.br), tais como: Manifestações orais associada ao papilomavírus humano (HPV) conceitos atuais: revisão bibliográfica (CASTRO, 2004) e outros.

3.2 Compilação das informações

A reunião das informações selecionadas foi realizada de maneira a elaborar um material de apoio substancial, prático e de fácil manuseio para o uso na dispensação e orientação do paciente no balcão da Farmácia Comunitária.

Assim, para uma melhor sistematização do trabalho, segmentou-se o conteúdo em alguns tópicos tais como: Definição e etiologia do HPV, Epidemiologia, Manifestações clínicas, Patogenia, Diagnóstico, Prevalência, Prevenção, Tratamento farmacológico e não-farmacológico, Conceito do câncer cervical, Incidência, Fatores de risco como: Comportamento sexual, Tabagismo, Contracepção e outros.

4 RESULTADOS

4.1 Papilomavírus humano (HPV)

4.1.1 Definição e etiologia

O papilomavírus humano (HPV) é um vírus pertencente à família Papovaviridae, que possui considerável tropismo pelo tecido epitelial e mucoso. O HPV é um vírus pequeno, sem invólucro e com DNA de cadeia dupla de aproximadamente 8000 nucleotídeos. Esses vírus podem provocar infecções assintomáticas, e também podem produzir verrugas ou estar associados a várias neoplasias benignas e malignas (REICHMAN et al., 2002).

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