O LABORATÓRIO CLÍNICO E OS ERROS PRÉ-ANALÍTICOS

O LABORATÓRIO CLÍNICO E OS ERROS PRÉ-ANALÍTICOS

O artigo analisado para a seguinte resenha foi publicado em 2013, escrito por: GUIMARÃES, Alexandre Costa; WOLFART, Marilei; BRISOLARA, Maria Luiza; DANI Caroline. A obra retrata os erros que acontece nos resultados dos exames Laboratoriais, e a importância de como cada fase deve ser conduzida corretamente, visto que um diagnóstico falso pode afetar seriamente a vida dos pacientes.

Os Laboratórios de Medicina Diagnóstica trazem como objeto de trabalho o atendimento com eficácia e segurança em seus resultados, pois a partir deles uma decisão médica será tomada. Assim sendo, a ocorrência de erros nesses resultados podem ser muito graves, principalmente se tratando de um teste que irá determinar um diagnóstico, colocando assim em risco a saúde do paciente.

A necessidade de confiança nos resultados liberados por laboratórios tem sido considerada uma prioridade, pois os dados produzidos em medicina laboratorial têm uma grande influência na decisão dos clínicos e no diagnóstico dos pacientes. Os testes realizados em um laboratório de análises clínicas passam por uma série de fases. Estas fases servem para obtenção de um laudo laboratorial que ajudará no diagnóstico do paciente e iniciam fora do laboratório.

A fase pré-analítica se inicia com a solicitação da análise, passando pela obtenção de informações dos pacientes, coleta, identificação, armazenamento, transporte e recebimento das amostras biológicas. A fase analítica compreende o conjunto de operações na realização das análises laboratoriais por um determinado método. Os processos envolvidos nesta fase dão continuidade aos iniciados na fase pré-analítica. A fase pós-analítica, se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises, e finda com a emissão do laudo, o qual será interpretado pelo médico solicitante para posterior tomada de conduta frente ao paciente.

Conforme a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial (SBPC/ML), o médico solicitante, ou seus auxiliares diretos, devem ser responsáveis pela primeira instrução ao paciente sobre as condições requeridas para a realização do exame informando-o sobre a eventual necessidade de preparo, como jejum, interrupção do uso de alguma medicação, dieta específica, ou a não realização de atividade física antes da coleta dos exames. Cabe ao flebotomista, antes da coleta das amostras, o conhecimento e observação de informações relevantes, a chamada condição pré-analítica: variação cronobiológica, gênero, idade, posição do corpo, atividade física, jejum, dieta e uso de drogas para fins terapêuticos, tabagismo e etilismo, pois esses dados poderão influenciar e comprometer a exatidão dos resultados.

Também deve respeitar as normativas de biossegurança e instruções escritas, como manuais padronizados de coleta de sangue venoso ou arterial, para que o procedimento de coleta seja seguro. Deve-se observar a sequência correta dos tubos que serão utilizados, observar o volume de sangue que deve ser colocado em cada tubo e realizar a correta homogeneização destes tubos, pois são fatores fundamentais na obtenção de amostras adequadas para a realização dos exames solicitados. Usar no mínimo duas formas de identificação dos tubos colhidos e as amostras devem ser identificadas no momento da coleta ou da sua entrega ao laboratório clínico.