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PORTFÓLIO PIASC 1 CANABRAVA

Por:   •  30/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.352 Palavras (6 Páginas)  •  252 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA

COLEGIADO DE FARMÁCIA

PORTFÓLIO PIASC 1 CANABRAVA

LAURA BEATRIZ SOUZA E SOUZA

Salvador

2017

LAURA BEATRIZ SOUZA E SOUZA

PORTFÓLIO PIASC 1 CANABRAVA

Trabalho apresentado como requisito avaliativo da disciplina de Programa de integração academia serviço comunidade I no curso de Farmácia da Universidade do Estado da Bahia.

Prof. Anderson Carvalho

Salvador

2017

INTRODUÇÃO

O portfólio possui o objetivo de relatar o aprendizado durante o semestre, desde a discussão do texto de Carlos Batistella, Saúde, doença e cuidado: complexidade teórica e necessidade histórica até a montagem do mapa através da territorialização no bairro. O processo foi construído gradualmente por meio de conceitos importantes, que foram discutidos ao longo do curso.

O bairro de Nossa Senhora da Vitória, mais conhecido como Canabrava, se localiza na periferia da cidade de Salvador. É cortado pela Avenida Artêmio Castro Valente, que faz a ligação do bairro com a Avenida Luís Viana Filho, chamada também de Paralela. A criação do bairro se deu devido a imundações na cidade, na qual a prefeitura e o governo do estado juntos, relocaram a população que perderam suas moradias para esta região. Inicialmente, o trabalho na área era feito através da catação do lixo que ali era despejado, servindo como fonte de renda para os moradores. Mas, com o passar dos anos, no antigo aterro sanitário, foi construído o estádio de futebol Manoel Barradas, e uma cooperativa de reciclagem do lixo doméstico foi criada, a Coopebrava.

SÍNTESE DOS CONTEÚDOS TEÓRICOS

Além do texto de Carlos Batistella citado anteriormente, o texto da FioCruz, O que é o SUS? e alguns vídeos como A inversão da infância, Políticas de saúde no Brasil e Canabrava: o bairro para além do lixão, foram usados para a construção desses conceitos.

Ambos os textos e o segundo vídeo citado, são relacionados ao Sistema Único de Saúde desde a sua criação até a atualidade, discorrendo suas prioridades, obrigatoriedade, dificuldades e abordagens. Dessa forma, tivemos uma noção, ao menos básica sobre as políticas de saúde antes e depois do SUS.

Antes o que a população brasileira possuía era um instituto previdenciário de cada categoria. Somente os brasileiros vinculados ao mercado formal de trabalho tinham acesso à assistência médica da previdência social. Os demais buscavam atendimento a redes filantrópicas ou redes públicas.  A proposta do SUS está vinculada a uma ideia central: todas as pessoas têm direito à saúde. É um direito de cidadania e independe de pagar previdência social, nem de provar a condição de pobreza. "Diante da concepção de seguridade social, o SUS supõe uma sociedade solidária e democrática, movida por valores de igualdade e de equidade, sem discriminações ou privilégios.", afirma Jairnilson Paim, escritor do E-book da FioCruz.

É possível reconhecer que a lei n. 8.142/90 assegurou canais para a participação social, institucionalizada em conferências e conselhos de saúde, que tornaram o SUS objeto de curiosidade de organizações internacionais, pesquisadores estrangeiros e publicações. Não obstante, grandes dificuldades tanto em acesso quanto na continuidade da atenção, em virtude a problemas de organização dos serviços e, sobretudo, a questão do financiamento, ainda não resolvida, principalmente no que se refere aos investimentos para a expansão da infraestrutura do sistema público de saúde.

Trazendo para a questão social, o vídeo sobre a inversão da infância traz a dicotomia entre crianças da cidade de São Paulo e do interior do Nordeste. É nítido as diferenças de pensamento de entre elas. Enquanto que as meninas da capital ocupam o tempo com diversas atividades impostas pelos pais como forma de adquirir responsabilidades, os jovens do interior trabalham para ajudar nas despesas da casa, e expõem que trabalhariam desde mais novos para ajudar os pais, porém, eles não permitiam. Além de que, dividem o tempo entre estudo, trabalho e lazer.

O curta traz também outros dados como a mortalidade infantil decorrente do trabalho infantil e do nível de qualidade de vida da família.

Por fim, o documentário sobre a história do bairro de Canabrava retrata o processo de formação da identidade e dilemas do bairro, perpassando por questões relacionadas à violência, ambiente, saúde e perspectiva. O curta feito por alunos da Universidade do Estado da Bahia tentam trazer um pouco da realidade vivida pelos moradores.

É discutido sobre o processo de formação, a ida do Esporte Clube Vitória para a região, as dificuldades e as melhorias feitas pelo clube. De acordo com entrevista, a ida do clube não ajudou na melhoria do bairro, a única ajuda é quando tem jogo e os moradores armam barracas para vender comidas e bebidas ao redor do estádio. Sendo essa a única ajuda oferecida pelo time. E ainda, o período de jogo é conturbador pois, as vias de acesso ficam congestionadas impossibilitando a rápida saída do bairro em caso de emergência.

DISCUSSÃO E DESCRIÇÃO DAS OBSERVAÇÕES DO CAMPO

O território de Canabrava possui área desregular o que dificulta o acesso de meios de transporte, tendo assim, apenas uma via de ônibus. O bairro na sua maioria vive com um salário mínimo, possuindo como renda extra alguns estabelecimentos como salão de beleza, mercadinho, mercearia, bar, entre outros.

Na região, apesar de uma grande presença de mata, não há casos registrados de dengue, chikungunya ou Zika. A prefeitura possui um projeto de criar uma horta comunitária na região, mas a população não aprova, devido que o local escolhi, hoje é despejado o esgoto da região. É também visível a precariedade da rede elétrica, onde postes improvisados são criados tornando bastante desorganizada e de fácil acesso para crianças que empinam pipa. Outro fator importante destacado pelas agentes de saúde é a numeração das casas pois, em uma casa, são construídas mais na sua verticalidade, tanto para cima, quanto para baixo. Isso torna difícil a identificação das mesmas, já que o número usado, é o da casa de frente para rua e as demais são colocadas como casa 1, casa 2 e por seguinte. Além disso, o acesso para essas casas é feito através de pequenos becos, diminuindo a acessibilidade ao local.

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