RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO FARMACÊUTICO II NA ÁREA DE ANÁLISES CLÍNICAS
Por: Kikah • 1/2/2017 • Relatório de pesquisa • 2.591 Palavras (11 Páginas) • 1.007 Visualizações
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Clycia Anaíze Nobre de Nazaré
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO FARMACÊUTICO II NA ÁREA DE ANÁLISES CLÍNICAS
(Microbiologia)
MANAUS
2016
Clycia Anaíze Nobre de Nazaré
Nayra Nascimento Aquino
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO FARMACÊUTICO II NA ÁREA DE ANÁLISES CLÍNICAS
(Microbiologia)
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MANAUS
2016
- INTRODUÇÃO
A microbiologia do grego: mikros (“pequeno”), bios (“vida”) e logos (“ciência”) é o estudo dos organismos microscópicos e de suas atividades. Preocupa-se com a forma, a estrutura, a reprodução, a fisiologia, o metabolismo e a identificação dos microrganismos. Assim a microbiologia envolve o estudo de organismos procariotos (bactérias, archaeas), eucariotos inferiores (algas, protozoários, fungos).
O laboratório de microbiologia é um setor útil em todo curso da área da saúde e médica. No que se refere à pesquisa e identificação de microrganismos, o mesmo é essencial no âmbito hospitalar e ambulatorial, pois permite o diagnóstico clínico correto das infecções bacterianas e posteriormente a escolha da antibioticoterapia adequada.
E dentre as atividades básicas de um Laboratório de Microbiologia consistem em:
Elaborar e viabilizar normas para colheita, conservação e transporte de material de interesse clínico;
Estabelecer e executar rotinas microbiológicas, dentro dos padrões técnico-científicos vigentes, que permitam o isolamento e identificação dos principais agentes infecciosos de importância clínica, por gênero e, se possível, por espécie;
Determinar a sensibilidade às drogas antimicrobianas; ·
Efetuar o controle de qualidade de suas atividades e dos processos de esterilização;
Participar junto com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do rastreamento epidemiológico dos surtos de infecção hospitalar.
E com o intuito de conhecer a rotina estabelecida no laboratório de microbiologia do HUGV e suas técnicas de isolamento e identificação dos principais agentes infecciosos de importância clínica, será trado neste relatório a vivencia do analista microbiológico bem como as observações feitas neste setor.
- OBJETIVOS
- Possibilitar ao acadêmico conhecer a estrutura física e organizacional do laboratório de análises clínicas.
- Aprender de forma prática o processamento inicial dos materiais clínicos para cultura de bactérias.
- Dar ao aluno suporte técnico a fim de, pesquisar e identificar, direta ou indiretamente, os microrganismos relevantes e potencialmente infectantes. Através do estudo suas características morfológicas, bioquímicas e o controle do crescimento bacteriano.
- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
No setor de microbiologia do HUGV foram desenvolvidas atividades referentes:
- Ao processamento inicial das amostras clínicas;
- Confecção de lâminas, análise e identificação de Bacilos Álcool Ácido Resistente (Exame de BAAR);
- Confecção de lâminas, análise e identificação de Cryptococcus neoformans pelo método de tinta Nankin;
- Antibiograma.
- Procedimento geral para a todas as amostras clínicas
Registro da amostra e do paciente no respectivo livro de controle de exames do laboratório de microbiologia, a procedência (se interno do hospital e seu respectivo leito ou se o paciente é ambulatorial), tipo de material e exame a ser realizado.
Observação: Todas as amostras de urocultura são coletadas em frasco estéril e hemoculturas em frascos adequados com anticoagulante.
- Processamento inicial das amostras clínicas
No processamento das amostras clínica, primeiro realiza-se a seleção do meio de cultura para cada tipo de material biológico. E dentre os materiais biológicos mais comumente processados no laboratório de microbiologia do HUGV e seus respectivos meios de cultura são:
- Escarro: ÁGAR SANGUE + ÁGAR CHAPMAN ou MANITOL + EMB + BHI + TODD. (BAAR)
- Fezes: EMB + HEKTON ou SS + SELENITO (Coprocultura)
- Líquido ascítico: ÁGAR SANGUE + ÁGAR CHAPMAN + EMB ou MCCONKEY + BHI
- Urina: ÁGAR SANGUE + ÁGAR CHAPMAN + EMB ou MCCONKEY + EMB ou MCCONKEY (Urocultura)
- Sangue: EMB + BHI (Hemocultura)
Algumas amostras possuem particularidades para iniciar o seu processamento como as amostras de hemocultura que inicialmente são incubadas em estufa a 37° C, a fim de permitir o crescimento de microorganismo patogênicos, através da simulação da temperatura corpórea em estufa. Amostras de líquido ascítico quando em pequenos volumes são imediatamente processadas para os meios de cultura, amostras de grande volume são aspiradas em seringa de 12 ml estéril e incubadas em estufa de madeira.
Amostra de urina realiza-se também o Exame de Elementos anormais e sedimentoscopia, mais especificamente para observar bacteriúria e presença de piócitos, a fim de confirmar uma possível infecção bacteriana.
- Preparo dos materiais clínicos e semeadura inicial
Para semeadura inicial de urina utiliza-se a técnica de esgotamento (figura 1), que consiste na semiquantificação do crescimento em placa por microorganismo isolado. Posteriormente incuba-se a 35° C ± 2°C.
- Procedimento de semeadura
- Descarregou-se o material num canto da placa;
- Flambou a alça e esfriou em salina;
- Semeou-se partindo da ponta da primeira semeadura. A cada mudança de direção flambou-se a alça e a esfriava.
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Figura 1: Semeadura Inicial.
- Coloração de Gram
Realiza-se a microscopia simultaneamente a semeadura para detecção inicial do microorganismo, retirado diretamente da amostra clínica. E para melhor caracterização dos isolados, realiza-se a coloração pelo método de Gram, que consiste em uma técnica morfotintorial que permite distinguir as bactérias em gram-positivas e gram-negativas.
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