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Trabalho sobre doenças gastrointestinais

Por:   •  6/12/2015  •  Monografia  •  3.538 Palavras (15 Páginas)  •  348 Visualizações

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Obesidade

A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.

Uma pessoa é considerada obesa quando o seu índice de massa corporal (IMC) é superior a 30 kg/m2. Este valor é obtido dividindo o peso da pessoa pelo quadrado da sua altura.

A obesidade aumenta a probabilidade da ocorrência de várias doenças, em particular de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, apneia de sono, alguns tipos de cancro e osteoartrite. A causa mais comum de obesidade é uma combinação de uma dieta hiperenergética, falta de exercício físico e susceptibilidade genética, embora alguns casos sejam causados principalmente por genes, transtornos endócrinos, medicamentosos ou transtornos mentais. Existem dois tipos de obesidade; a visceral (maçã) que é o acúmulo de gordura abdominal, e a subcutânea (pêra) que acumula gordura nos quadris e coxa.

Ambos são perigosas, mas a que mais assusta é a gordura visceral. A obesidade subcutânea (pêra) tem o acúmulo de gordura entre a pele e o músculo, assim o risco cardíaco é baixo. Já na obesidade visceral (maçã), a gordura está aderida aos órgãos.

A obesidade é uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo, com taxas de prevalência cada vez maiores em adultos e em crianças. É considerada pelas autoridades um dos mais graves problemas de saúde pública do século XXI. Tal como muitas outras condições médicas, a obesidade é o resultado da interação entre fatores genéticos e ambientais. Perante fatores ambientais idênticos, o risco de obesidade é maior nas pessoas com predisposição genética para a doença. Esta predisposição genética tem origem nos polimorfismos de vários genes que controlam o apetite e o metabolismo. Existem mais de 40 sítios do genoma humano que estão associados ao desenvolvimento de obesidade quando existe comida em quantidade suficiente. Existem diversos mecanismos que participam na regulação do apetite e na ingestão de comida, no padrão de armazenagem do tecido adiposo e no desenvolvimento de resistência à insulina. Desde a descoberta da leptina, foram estudados diversos outros mediadores, como a grelina, insulina, orexina, colecistocinina ou a adiponectina. As adipocinas são mediadores produzidos pelo tecido adiposo e pensa-se que a sua ação modifique diversas doenças relacionadas com a obesidade. As células que estocam a gordura são chamadas de adipócitos, novas células podem se originar dos pré- adipócitos em qualquer estágio da vida.

A leptina e a grelina são complementares ao nível da regulação do apetite. A grelina produzida pelo estômago regula o apetite em curto prazo, fazendo com que a pessoa sinta fome quando o estômago está vazio e indicando o momento em que o estômago está cheio. A leptina é um hormônio peptídico secretado pelas células adiposas que promove a diminuição da produção hipotalâmica de estimuladores do apetite, aumenta a atividade simpática que aumenta a taxa metabólica e o gasto energético, também promove o aumento da produção de hormônio liberador da corticotropina que diminui a ingestão alimentar, também diminui a produção de insulina pelo pâncreas o que contribui ainda mais para a diminuição do armazenamento de lipídeos. É produzida pelo tecido adiposo para sinalizar as reservas de gordura no corpo e mediar à regulação do apetite em longo prazo; isto é, comer mais quando as reservas são poucas, e pouco quando as reservas são muitas.

Patologia

A nível individual pensa-se que maior parte dos casos de obesidade se devam a uma conjugação da ingestão de alimentos energéticos em excesso com a ausência de exercício físico. Uma porcentagem pequena de casos deve-se principalmente a condições genéticas, transtornos psiquiátricos ou razões médicas. Por outro lado, o aumento generalizado da prevalência de obesidade na sociedade deve-se à facilidade no acesso à dieta, ao aumento da dependência de transportes automóveis e à mecanização do trabalho.

Epidemiologia

Pesquisa revela que excesso de peso atinge 52% da população adulta no país.

O excesso de peso na população masculina chega a 56,5% contra 49,1% nas mulheres.

A proporção de pessoas com mais de 18 anos com obesidade de 17,9%.

Vigitel 2014 mostra q excesso de peso já atinge 52,5% da população adulta do país.

Estilo de vida sedentário

O estilo de vida sedentário desempenha um papel significativo na obesidade. A OMS refere que entre a população mundial se verifica um declínio das atividades recreativas ativas e que, atualmente, cerca de 30% da população mundial não realiza exercício físico suficiente. Isto se deve à tendência de evolução para condições de trabalho que exigem cada vez menos esforço físico, ao aumento da utilização de transportes mecanizados e à maior prevalência de tecnologia residencial. No caso das crianças, o declínio na quantidade de atividade física deve-se também à diminuição na quantidade de percursos feitos a pé e à inexistência de educação física.

Obesidade infantil

O percentual de sobrepeso calculado com base no IMC das crianças, podemos ver que 41% apresentavam sobrepeso, principalmente nas faixas mais jovens. As meninas apresentaram um grau evolutivo de peso normal constante, chegando à faixa dos 12 anos ao melhor índice com 73% das crianças com peso adequado, já os meninos alcançaram o melhor índice aos 10 anos, piorando nas faixas seguintes, como segue:

Tal como no caso dos adultos, existem diversos fatores que contribuem para o recente aumento da obesidade infantil. A criança ainda não se alimenta sozinha, mas sim, segue os hábitos familiares e se estes são ruins, a criança pode se acostumar com eles, e uma mudança posterior é muito difícil. Além disso, nos primeiros anos de vida a multiplicação dos adipócitos é particularmente intensa. Acredita-se que as alterações dietéticas e a cada vez menor atividade física sejam as duas causas mais relevantes. Uma vez que em muitos casos a obesidade infantil persiste na fase adulta e está associada a diversas doenças crónicas, as crianças com

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