Tragédias envolvendo medicamentos manipulados

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO: GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

REDAÇÃO

Tema: tragédias envolvendo medicamentos

TAÍS LORENA SANTOS FIAIS

Salvador

2019

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO: GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

TAÍS LORENA SANTOS FIAIS

REDAÇÃO

Tema: Tragédias envolvendo medicamentos

Trabalho apresentado à Universidade do Estado da Bahia-Campus I, curso Farmácia, para detenção de crédito na disciplina Farmácia e sociedade.

Orientanda: Mila Pacheco.

Salvador

2019

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os medicamentos manipulados são aqueles preparados diretamente na farmácia, pelo profissional farmacêutico, a partir das fórmulas inscritas no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela Anvisa ou ainda a partir de uma prescrição de profissional habilitado, que estabeleça em detalhes sua composição. Entretanto, entre os anos de 2000 a 2005 foram relatadas pelo menos treze mortes envolvendo medicamentos manipulados, dentre elas a de um menino de 12 anos, em 2003, na cidade de Brasília (DF), que morreu após tomar um medicamento manipulado contendo clonidina, como também, cinco pessoas que morreram, em 2006, nas cidades de São Gabriel (RS) e Brasília (DF), depois de tomar medicamento manipulado contendo colchicina. Desta modo, é necessário que haja uma intervenção para análise e tomadas de decisões, a fim de chegar nas possíveis causas, consequências e soluções para tal impasse.

Em primeiro plano, para que um medicamento manipulado ocasione a morte do usuário, por intoxicação, são relacionados diversos fatores como: Dosagem das substância, para fabricação do fármaco, acima do valor estabelecido na receita; Balança do laboratório localizada em local inadequado, interferindo na pesagem correta da substância; Delegação de atividades, como pesagem e mistura de substâncias, para funcionários sem qualificação profissional, sendo essas funções exclusivas do farmacêutico; Dispersão do medicamento manipulado, sem fazer uma prévia avaliação do usuário e correlacionar se o fármaco prescrito é recomendado para o usuário que foi direcionado, de acordo com sua idade, peso e histórico familiar; Armazenamento de matéria prima em local inapropriado; A reutilização de potes para guardar matéria prima, sem o repasse das informações contidas na embalagem original, isto pode levar a utilização de substâncias fora da validade estabelecida pelo fabricante ou até mesmo, levar a uma reação entre a embalagem e a substância contida no mesmo; E outros fatores. Desta forma, para que não haja tais infrações é preciso uma fiscalização mais frequente, realizada pela Vigilância Sanitária em todas as farmácias de manipulação brasileiras.

Por outro lado, de acordo com a Resolução CFF nº 596/2014, o farmacêutico é um profissional da saúde, por isso, deve executar todas as atividades de seu âmbito profissional, de modo a contribuir para a salvaguarda