A BEXIGA HIPERATIVA
Por: maxmilian26 • 1/12/2020 • Trabalho acadêmico • 553 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
BEXIGA HIPERATIVA
A principal sintomatologia da síndrome da bexiga hiperativa (BH) é a urgência urinária, que pode aparecer como o desejo súbito e compulsivo de urinar, pode está ligado ou não a incontinência/perca de urina por não conseguir chegar a tempo ao banheiro para urinar. Está também está associada ao aumento da frequência urinária e noctúria (incontinência urinária noturna). É presente o aumento considerável da frequência urinária (superior a oito micções em um período de 24 horas), enquanto a noctúria é diagnosticada pelo aumento da necessidade de acordar a noite para urinar. A bexiga hiperativa está associada a contração involuntária do músculo da bexiga durante o seu enchimento. O paciente que desenvolve essa síndrome não consegue ter o controle para relaxar a bexiga, o que provoca o desconforto e o desejo urgente de urinar.
É muito importante lembrar que os sintomas da bexiga hiperativa podem não estarem relacionadas ao trato urinário. Por este motivo, deve-se investigar a história de diabetes, insuficiência cardíaca, uso de medicamentos, constipação intestinal, ingesta hídrica exagerada, hipotireoidismo, doenças neurológicas que cursam com sintomas urinários, radioterapia prévia, traumas e cirurgias medulares, etc.
Estudos epidemiológicos da América do Norte têm relatado prevalência em mulheres de 16,9%. A prevalência aumenta com a idade, subindo para 30,9% naquelas com idade superior a 65 anos. No Brasil a prevalência em mulheres é de 18%.
A fisiopatologia da bexiga hiperativa não é totalmente conhecida. Provavelmente existem vários mecanismos envolvidos, o que talvez seja uma das explicações para a diversidade de sintomas descritos e diferentes respostas aos tratamentos disponíveis. Dentre os mecanismos envolvidos na BH são elas: a bexiga hiperativa de origem neurogênica, lesões supra-pontinas, lesões medulares; como também mecanismos de lesões infra-sacrais e relacionadas a bexiga flácida como: obstrução urinária, hipersensibilidade aferente, alterações na inervação, alterações no músculo detrusor da bexiga e defeitos anatômicos.
O diagnóstico dos diferentes tipos de incontinência urinária é complexo e deve ser feito de maneira cuidadosa. Só assim será possível evitar tratamentos desnecessários ou incorretos, que podem piorar o quadro da paciente e comprometer a terapêutica adequada. O diagnóstico é iniciado pela anamnese, a história pregressa e se já foi realizado algum tipo de cirurgia anterior, avaliação pélvica, abdominal, perineal e neurológica, exames clínicos (ex: estudo urodinâmico) e complementares (ex: exames de urina) emitidos pelo médico, inspeção de órgãos genitais, palpação, teste de sensibilidade e reflexos, são alguns componentes para uma boa avaliação inicial do paciente, além do terapeuta acompanhar o paciente através do diário miccnional que também é muito importante.
O tratamento clínico do paciente envolve tanto medidas comportamentais, como por exemplo: orientar a restrição líquida (1,5 litro/dia), evitar álcool, cafeína e cigarro, deve-se ainda estar atento aos medicamentos utilizados pelas pacientes, uma vez que diversos fármacos têm efeitos colaterais sobre o trato urinário, como por exemplo, os diuréticos e os alfa bloqueadores, o treinamento vesical fazendo com que a paciente retorne o controle sobre o reflexo da micção, deixando de experimentar episódios de urgência e de urge-incontinência, e o tratamento fisioterapêutico como: o uso da eletroestimulação e treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP) envolvendo outros exercícios complementares.
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