RESENHA O AMBIENTE VIRTUAL COMO INTERFACE NA REABILITAÇÃO PÓS-AVE: RELATO DE CASO

O AMBIENTE VIRTUAL COMO INTERFACE NA REABILITAÇÃO PÓS-AVE: RELATO DE CASO

Neste estudo, o autor apresenta um relato de caso, descrevendo a reabilitação de um indivíduo do sexo masculino, de 46 anos, com lesão cerebral pós Acidente Vascular Encefálico (AVE). O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um protocolo de reabilitação utilizando realidade virtual baseado em jogos sobre o controle postural de um indivíduo pós AVE. A avaliação foi realizada por meio de dinamometria em plataforma de força. Foram realizadas três sessões semanais, com duração de 30 minutos, ao longo de 12 semanas. Antes do início do estudo, o paciente já participava de um protocolo de reabilitação convencional, o qual foi mantido com a condição de que os exercícios não fossem alterados durante as semanas do estudo, para que as possíveis melhoras encontradas fossem decorrentes do ambiente virtual.

Como resultado obteve-se um aumento nas amplitudes de deslocamento do centro de pressão tanto em médio-lateral quanto em deslocamento anteroposterior, nas duas condições avaliadas (com os olhos abertos e fechados), com consequente aumento da área de oscilação em ambas condições; a velocidade de oscilação diminuiu após o termino do tratamento.

É possível observar, com este estudo, a importância do emprego de tecnologias disponíveis que servem de complemento as técnicas de clássicas da fisioterapia, a fim de tornar o processo de reabilitação mais prazeroso e agradável, ao paciente e terapeuta, sem abrir mão do ganho funcional. Porem podemos destacar a individualidade da amostra como ponto negativo visto que os ganhos apresentados nesse trabalho, podem não ser observados em outras populações.

Barcala e colaboradores (2011) utilizaram uma metodologia semelhante em pacientes hemiparéticos pós AVE.  Nesse estudo, a amostra foi composta de 12 indivíduos de ambos os sexos, dividida em dois grupos. Um grupo realizou fisioterapia convencional, e o outro fisioterapia convencional associada ao treino de equilíbrio com o Wii Fit, duas vezes na semana, durante cinco semanas (10 sessões). Ambos os grupos aumentaram o controlo do equilíbrio estático e dinâmico, e diminuição na oscilação médio-lateral nas condições olhos abertos e fechados. A oscilação anteroposterior do centro de pressão só apresentou redução no grupo tratado com a fisioterapia convencional e Wii Fit, comprovando o benefício do emprego de novas tecnologias como recurso fisioterapêutico.

REFERÊNCIAS

PAVÃO, Silvia Leticia et al. O ambiente virtual como interface na reabilitação pós-AVE: relato de caso. Fisioterapia em Movimento, v. 26, n. 2, 2013.

BARCALA, Luciana et al. Análise do equilíbrio em pacientes hemiparéticos após o treino com o programa Wii Fit. Fisioter mov, v. 24, n. 2, p. 337-43, 2011.