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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

Por:   •  12/12/2021  •  Relatório de pesquisa  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  6.859 Visualizações

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

T A , 3 anos, sexo feminino, encaminhada por neuropediatra em investigação de Transtorno do Espectro Autista (F80.1). A família refere dificuldade de interação social e atraso de fala. Compareceu ao consultório fonoaudiológico no dia 05 de novembro de 2021, acompanhada pelo seu responsável. A paciente realiza terapia (avaliação fonoaudiológica uma vez por semana), ela vem sendo submetida à avaliação/reavaliação/terapia fonoaudiológica quanto aos aspectos de linguagem comunicativa de ausência de oralidade sociável.

Foi realizada a Avaliação Comportamental, com o objetivo de analisar as funções comunicativas da linguagem, nela foi observada ausência de habilidades dialógicas e comunicação intencional, quanto à compreensão verbal, não apresentou respostas significativas à linguagem. Quanto aos aspectos do desenvolvimento cognitivo, T manipulou pouquíssimos objetos e de forma repetitiva e persistente. Não apresentou condutas simbólicas, apenas sensório-motoras e manipulou objetos dos seu interesse sem organização e sem a devida funcionalidade. Observou-se que a intencionalidade não se encontra preservada: contato ocular restrito, não houve iniciativa para o contato físico e tampouco direcionamento provido de intenção comunicativa com a terapeuta. Funcionalidade deficiente nas categorias: Instrumental regulatória: não utilizou a função comunicativa de solicitação de ação e de objetos / Interação social: ausência de atos comunicativos com a intenção de obter a atenção do outro / Atenção conjunta: em raros momentos em que compartilhou o foco de atenção com a terapeuta que precisou utilizar o bloqueio total do centro de atenção. O grau de participação em atividade dialógica apontou que a paciente possui dificuldade em responder à interação. Os meios de comunicação utilizados foram os poucos olhares. Estiveram presentes praxias não verbais. Sobre o nível de compreensão, o paciente demonstrou ausência de atenção aos comandos simples.

Também foi aplicada a Escala de Classificação de Autismo na Infância (CARS), uma escala mundialmente utilizada para diagnóstico e classificação do autismo, os itens permitem um diagnóstico objetivo ao incluírem as características do autismo primário descritas por Kanner, e as observadas por Creak&Rutter e escalas adicionais (CID-10 e DSM-V), O escore que T obteve (55 pontos) equivale ao quadro grave indicado no processo de avaliação fonoaudiológica.

Durante todo o processo de avaliação, a menor preferia ficar sozinha, apresentou bastante interesse por bolas e balões, sem uso funcional. O isolamento indica falhas em estabelecer relacionamentos e desenvolvimento da comunicação oral. Ao ser chamada em nenhuma vez respondeu. Apresentou movimentos repetitivos.

Nesse sentido, saliento que a equipe multidisciplinar é fundamental para ajudá-la a desenvolver as habilidades sócio interacionais e cognitivas com o objetivo de promover o desenvolvimento global, estimulação de atos comunicativos verbais e não verbais e ampliação do vocabulário expressivo.

Hipótese diagnóstica fonoaudiológica: Transtorno de linguagem.

Conduta: Recomendo que a paciente realize terapias fonoaudiológicas e seja acompanhada por equipe multidisciplinar para estimulação da linguagem e habilidades sociais, tendo a família como parte indispensável para todos os tratamentos.

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