RESENHA CRITICA DO ARTIGO: ANALISE DA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA A VOZ NA POPULAÇÃO INFANTIL
Por: Joyce Sobral • 1/11/2022 • Resenha • 561 Palavras (3 Páginas) • 262 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CAMPUS PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO
JOYCE SOBRAL DOS SANTOS
RESENHA CRITICA DO ARTIGO: ANALISE DA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA A VOZ NA POPULAÇÃO INFANTIL
LAGARTO/SE
2022
SOUZA et al. Análise da qualidade de vida relacionada à voz na população infantil. CoDAS [online]. 2017, v. 29, n. 2 [Acessado 12 Outubro 2022], e20160009. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016009>.
As autoras discutem no artigo a qualidade de vida de crianças disfônicas e sem alteração vocal no recorte espacial de Belo Horizonte – Minas Gerais a partir de uma amostragem de 420 crianças entre 6 (seis) e 10 (anos) de idade frequentadoras de escola pública e privada da cidade mencionada entre os anos de 2013 a 2015. A escolha dos indivíduos da pesquisa foi feita de forma aleatória, nos quais foram divididos em dois grupos de amostragem: crianças disfônicas e sem alteração vocal. A pesquisa envolveu o trabalho avaliativo de fonoaudiólogos especialistas e com experiência na área em questão, além de diferentes órgãos e protocolos de pesquisa. Souza et al. (2017) ao longo do texto fazem uma discussão teórica e metodológica a respeito da disfonia infantil e os impactos na qualidade de vida.
Conceituando, incialmente, a disfonia infantil como toda e qualquer atribulação que dificulte a produção natural da voz da criança, provocando, desta forma, impactos significativos no progresso social, afetivo e emocional das mesmas. As autoras alertam para o problema do diagnóstico tardio e a funcionalidade do tratamento precoce com o intuito de não causar problemas importantes na vida adulta.
Isto posto, é apresentado dados científicos e instrumentos avaliativos na incidência de disfonia infantil nas escolas e os impactos na capacidade de comunicação a longo prazo. Souza et al. (2017) apontam que é preciso olhar para o contexto a fim de chegar à parte importante do problema envolvendo, desta maneira, especialistas capacitados na área. Alguns métodos científicos utilizam-se fórmulas padrão e de interpretação simplificada, baseada em números que medem a qualidade de vida do indivíduo numa avaliação clínica. Existem poucos estudos que deem visibilidade a análise da qualidade de vida relacionado à voz da população pediátrica e o artigo supracitado visa trazer uma amostragem referencial.
As autoras delineiam e justificam as etapas da pesquisa, o método científico utilizado na escolha do grupo de amostragem, o local escolhido, o recorte temporal e espacial da pesquisa com auxílio de tecnologias informatizadas a fim de fornecer dados completos e com substancialidade, tudo isso com aprovação do comitê de ética em pesquisa.
Em consoante com as autoras os pais tem fundamental importância não apenas no fornecimento de dados a pesquisa, mas também em serem capazes de identificar precocemente alterações vocais em seus filhos. E para isso, é preciso criar formas metodológicas com o intuito de incluí-los ao processo diagnóstico, porém os dados apresentados são apenas estatísticos e não apresenta uma visão individualizada do indivíduo dentro da sua realidade socioeconômica. Como mencionado pelas autoras não houve resultados negativos quanto a disparidade de qualidade de vida relacionado à voz, pois a forma de pesquisa privilegia as informações fornecidas pelos pais que muitas vezes não tem a competência necessária para dimensionar os impactos. Souza et al. (2017) não conceituam o que seria qualidade de vida relacionada à voz em um espectro cultural de amostragem, todavia a discussão deste tema provoca impactos significativos na formulação de novos métodos, além de produzir uma averiguação detalhada e individual dos fonoaudiólogos em cada criança considerando as especificidades da voz infantil.
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