A Atividade Física Na Prevenção Da Hipertensão
Ensaios: A Atividade Física Na Prevenção Da Hipertensão. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gutoedufisica • 2/6/2014 • 5.010 Palavras (21 Páginas) • 788 Visualizações
A Atividade Física na Prevenção da Hipertensão
Prof. Paulo Soter, Profª Renata Cristina Martins e Prof. Estélio Dantas
Resumo
De acordo com o SEGUNDO CONSENSO BRASILEIRO PARA O TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL (1994), cerca de 14 milhões de brasileiros são hipertensos, sendo 15% desse total adultos em idade economicamente ativa, aumentando consideravelmente os custos sociais por invalidez e absenteísmo ao trabalho. Segundo o quinto relato do JOINT NATIONAL COMMITTEE ON DETECTION, EVALUATION, AND TREATMENT OF HIGH BLOOD PRESSURE (1993), mais de 50 milhões de americanos podem ser rotulados como hipertensos, o que afeta cerca de 18% da população de adultos brancos, e 35% da população de adultos negros. A hipertensão arterial sistêmica, nos países desenvolvidos constitui o terceiro fator de risco para desordens do aparelho cardiovascular, sendo precedida da dislipidemia e do tabagismo. Grande ênfase tem-se dado às medidas, não farmacológicas, de mudanças dos hábitos de vida para prevenção e controle dos níveis tensoriais elevados, que devem ser implementados para todos os hipertensos, mesmo aqueles em uso de droga. Dentre essas medidas, vem se destacando a prática regular de exercícios físicos, componente importante na melhoria da qualidade de vida. Este artigo de revisão consiste em esclarecer o leitor, dentro de um contexto, que envolve as vertentes relacionadas à influência do exercício físico aeróbico, no sistema cardiovascular, e no comportamento da pressão arterial, aos aspectos específicos da prescrição da reabilitação cardiovascular de hipertensos adultos, com o estabelecimento de carga de trabalho adequada.
Palavras chaves: hipertensão arterial, exercícios aeróbicos
ABSTRACT
THE PHYSICAL ACTIVITY IN THE PREVENTION OF THE HYPERTENSION
In agreement with the Second Brazilian Consensus for the Treatment of the Arterial Hypertension (1994), about 14 million Brazilians are high blood pressure, being economically 15% of that adult total in age activates, increasing the social costs considerably for disability and abstentionism to the work. As the fifth report of the Joint National Committee on detection, evaluation, and treatment of high blood pressure (1993), more than 50 million Americans can be labeled as high blood pressure, what affects about 18%, of the white adults' population, and 35% of the black adults' population. The arterial hypertension in the developed countries it constitutes the third risk factor for disorders of the cardiovascular apparel, being preceded of the high blood lipidic and of the smoking. Great emphasis has if given to the measures, non pharmacological, of changes of the life habits for prevention and control of the levels high tensoriais, that they should be implemented for all the high blood pressure, same those in drug use. Between those measured, it comes if highlighting the regular practice of physical exercises, important component in the improvement of the life quality. This revision article consists of clarifying the reader inside of a context that involves the related, slopes the influence of the aerobic exercise, in the cardiovascular system and in the behavior of the arterial pressure, to the specific aspects of the prescription of the cardiovascular rehabilitation of adult high blood pressure, with the establishment of adapted work load..
Key words: Arterial hypertension. Aerobic exercise.
INTRODUÇÃO
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é mais do que uma simples elevação dos níveis pressóricos. No Brasil, a doença hipertensiva é um dos problemas de saúde pública de maior prevalência na população e representa o maior e mais perigoso fator de risco para a progressão e/ou desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Segundo estatísticas, a HAS é capaz de levar ao óbito, aproximadamente, 40% dos indivíduos acometidos1, apresentando altos índices de morbi-mortalidade, pelo acometimento dos chamados órgãos-alvo, tais como o cérebro, o coração, os rins e os vasos sangüíneos, com aumentos na incidência de infarto agudo do miocárdio (IAM), acidentes vasculares encefálicos (AVE), insuficiência cardíaca, e morte súbita2-4.
Além das cardiopatias e do AVE, devem ser consideradas as repercussões sobre a função renal, em geral, muito complicadas. Aproximadamente, 30% dos indivíduos com hipertensão essencial podem ter função renal comprometida, demonstrada pela alteração dos níveis de creatinina sérica e da microalbuminúria, um sinal precoce de lesão renal. O mecanismo que ocasiona lesão glomerular e acelera a insuficiência renal crônica, ainda não foi inteiramente identificado5.
De acordo com o SEGUNDO CONSENSO BRASILEIRO PARA O TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL (1994), cerca de 14 milhões de brasileiros são hipertensos, sendo 15% desse total adultos em idade economicamente ativa, aumentando consideravelmente os custos sociais por invalidez e absenteísmo ao trabalho6.
Segundo o quinto relato do JOINT NATIONAL COMMITTEE ON DETECTION, EVALUATION, AND TREATMENT OF HIGH BLOOD PRESSURE - JNC V (1993)7, mais de 50 milhões de americanos podem ser rotulados como hipertensos, o que afeta cerca de 18% da população de adultos brancos, e 35% da população de adultos negros8. A HAS nos países desenvolvidos constitui o terceiro fator de risco para desordens do aparelho cardiovascular, sendo precedida da dislipidemia e do tabagismo3.
Classificação da pressão arterial para adultos acima de 18 anos
Categoria Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg)
Normal < 130 < 85
Normal alto 130 – 139 85 – 89
Hipertensão
Estágio 1 (leve) 140 – 159 90 – 99
Estágio 2 (moderada) 160 – 179 100 – 109
Estágio 3 (severa) 180 – 209 110 – 119
Estágio 4 (muito severa) > ou = 210 > ou = 120
Fonte: The fifth report of the Joint National Committee on Detection, Evaluation,and Treatment of
High Blood Pressure. Arch Intern Med. Vol. 135, Jan 25, 1993.
Grande
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