A Filtração Glomerular
Por: hellobru • 11/8/2019 • Trabalho acadêmico • 6.234 Palavras (25 Páginas) • 354 Visualizações
Filtração Glomerular
A principal função dos rins é de filtrar o sangue, retirando as impurezas e eliminando o que o organismo não precisa mais porque já foi metabolizado. Dentre as outras funções pode-se citar:
(1) Regula a osmolaridade e volume dos fluidos corporais – associado com a pressão arterial, faz o controle há longo prazo através de mecanismos que geram a produção de hormônios como a renina e alteram o volume da urina.
(2) Controla o balanço eletrolítico – faz a excreção ou absorção de íons e moléculas no nosso organismo, mantendo um equilíbrio entre excreção e ingestão diária. Íons como sódio, cloreto e potássio. O processo de formação da urina deve estar extremamente regulado para manter a concentração ideal de íons e solutos como glicose e aminoácidos.
(3) Regula o balanço equilíbrio ácido-base – envolve o sistema tampão e o respiratório, mas também tem a participação do sistema urinário que consegue regular a excreção ou absorção de H+ e HCO3- levando ao controle do ph do plasma sanguíneo.
(4) Regula a produção e excreção de hormônios, produtos do metabolismo e substancias estranhas.
O sistema urinário é extremamente importante para manter o equilíbrio corporal, por ter participação na regulação de vários processos e fazer a manutenção do funcionamento de várias estruturas. Um erro de cálculo da hemodiálise feito por um médico onde houve a retirada de todo o Ca2+ do liquido extracelular pode causar a parada cardíaca do paciente já que a contração do musculo cardíaco depende do cálcio extracelular.
Esse sistema é composto por dois órgãos que são os rins, densos, localizados na região retroperitonial na parte dorsal do corpo, bilaterais, recebem a circulação sanguínea com fluxo elevado porque todo o sangue que circula no corpo passa pelos rins (a produção da urina se dá a partir de substancias soluto-solvente que vem do sangue, há um contato íntimo da circulação sanguínea com as estruturas renais). A produção da urina ocorre exclusivamente nos rins, o sangue chega nesse órgão e sofre alterações saindo do sangue os solutos e solventes que vão para o néfron. Ele é uma estrutura renal capaz de formar a urina que já sai pronta, com o seu volume e concentração definidas. Toda e qualquer alteração que ocorre na formação da urina se dá ao longo da estrutura do néfron, a partir do momento que ela sai do néfron segue inalterada até chegar no meio externo. Saindo dos rins, tem-se os ureteres que são dois tubos que chegam na bexiga, a partir daí a urina é levada pela uretra para que haja a sua excreção no meio externo. As estruturas por onde a urina passa depois que ela saiu do néfron não são capazes de alterar a sua composição, fazem apenas o seu transporte até o meio externo. O bexigoma é quando ocorre a obstrução da uretra que impede a liberação da urina, a bexiga não é capaz de controlar a produção da urina então ela continua sendo produzida a nível renal independente da obstrução.
Os rins são órgãos densos eles tem sempre uma porção cortical (mais externa) e outra medular (mais interna), são maciços. A sua distribuição é feita em lobos. Nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário os rins serão lobulados, os lobos são separados fisicamente e no final do período gestacional sua parte externa fica homogênea e ganha essa estrutura lisa. A porção interna mantém essa organização em lobos. Cada lobo tem uma unidade que se chama pirâmide, no ápice está a papila renal que recebe o final de vários néfrons liberando a urina formada nos cálices menores que segue para os cálices maiores, pelve renal e ureter. Quando a urina chega na papila renal e é liberada nos cálices menores ela já está pronta e segue inalterada até o ambiente externo. Cada pirâmide tem milhares de néfrons, eles tem uma organização que delimita as regiões cortical e medular. O início deles se posiciona mais na região cortical.
Existe dois tipos de néfrons, o justamedular e o cortical. Todos os néfrons são compostos por glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e ducto coletor. No néfron a urina é formada, ela tem uma alteração de volume e osmolaridade ao longo da estrutura do néfron. O néfron justamedular tem o seu glomérulo próximo da porção medular, sua alça de Henle é longa e participa da formação do gradiente corticopapilar (permite alterar a osmolaridade da urina, fazendo com que ela seja mais concentrada ou menos concentrada/ faz com que a osmolaridade dos rins na região do córtex seja semelhante à do sangue menos concentrada e na região medular seja mais concentrada, influenciando na concentração da urina), os vasos retos são importante para formar esse gradiente. O néfron cortical também tem a capacidade de formar a urina, mas o seu glomérulo está mais próximo da região cortical e sua alça de Henle não é tão longa. Ele não é capaz de atingir áreas mais profundas da porção medular, a alça de Henle de todos os néfrons estão na porção medular. Não tem um papel tão importante na formação do gradiente corticopapilar por não ser tão profundo. Assim, seu papel principal está na formação da urina. O ducto coletor recebe o túbulo contorcido distal de vários néfrons presentes na pirâmide, ele desemboca na papila renal. Em todos os seguimentos antes do ducto pode ocorre alteração da composição da urina, mas quando ela chega na papila segue inalterada.
[pic 3]
O sistema de fluxo sanguíneo que os rins desenvolvem é delimitado por uma estrutura que está presente nos néfrons, é uma região de comunicação da porção inicial com a porção final do néfron. As células epiteliais que estão no final da alça de Henle e no início do túbulo contorcido distal são especializadas e estimuladas por uma alteração da osmolaridade do liquido que está passando nessa região, tem a capacidade de interferir no fluxo sanguíneo para o glomérulo e na formação da urina. São as células da mácula densa. É um mecanismo que o rim ativa para controlar a produção de urina. Essas células estão tanto no néfron justamedular quanto no cortical.
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