A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA NA INFANCIA NO OESTE POTIGUAR
Trabalho Escolar: A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA NA INFANCIA NO OESTE POTIGUAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 181170 • 15/6/2013 • 1.570 Palavras (7 Páginas) • 822 Visualizações
A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA INFANTIL NO OESTE POTIGUAR
Raimundo Lindoberto Fernandes¹
Francisco Antonio Fabrício Ribeiro²
Ricardo dos Santos Cirilo³
Ives Pacelli Negreiros Guimarães4
Sérvulo Eduardo Soares Dantas5
Rand Randall Martins6
1. Farmacêutico-bioquímico: C. S. D. R. / PAN MEDICA
2. Farmacêutico-bioquímico: P. M. de Antonio Martins
3. Farmacêutico-bioquímico: P. M. Mossoró
4. Farmacêutico-bioquímico: Secretaria Estadual de Saúde
5. Farmacêutico-bioquímico: UFERSA-RN
6Professor do Curso de Farmácia da Universidade Federal de Campina Grande-PB
Correspondência: rlfernandes70@hotmail.com
RESUMO
Estudar a incidência de leucemias na infância é essencial no planejamento de políticas públicas e estratégias de tratamento. A literatura é escassa sobre esse tipo de informação na região nordeste e inexistente no interior potiguar. O objetivo do estudo é caracterizar a incidência de leucemia infantil no oeste do Rio Grande do Norte. A partir de dados coletados via prontuário médico e ainda buscando parâmetros a partir da idade inferior aos quinze anos até o nascimento, em razão de sua maior incidência, foi o que se buscou nesse estudo. Os dados foram coletados na cidade de Mossoró, RN-Brasil, através de levantamento no período de 2006 até 2010 no centro de oncologia e hematologia (COHM). Observou-se uma média anual de três casos novos por ano. Sendo dois pacientes do sexo masculino e um feminino. Logo, observou-se uma incidência média de 0,003 novos casos por mil habitantes em cada ano. A mediana de idade dos pacientes ao diagnóstico foi de oito anos e a casuística não apresentou pacientes com idade inferior a um ano. A sobrevida global em oito anos foi de 73% para os menores de 10 anos e de 49% para os de faixa etária superior. Os dados coletados indicam uma baixa incidência de LLA na região associada a uma melhora na sobrevida global, podendo o quadro esta relacionado às características socioeconômicas da região e o melhor aporte de recurso no tratamento.
INTRODUÇÃO
Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é uma neoplasia maligna, caracterizada pelo acúmulo de células linfóides imaturas na medula óssea, sendo os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes resultantes de graus variáveis de anemia, neutropenia, trombocitopenia e infiltração dos tecidos por células (KEBRIAEI, 2003).
A LLA é a doença maligna mais comum em menores de quinze anos, com pico de incidência entre dois e cinco anos, correspondendo a 25% de todos os cânceres em crianças brancas nessa faixa etária. Sendo uma doença mais comum no sexo masculino na proporção de 1,3: 1 (FARHI, 2000).
A leucemia produz um acúmulo de células jovens indiferenciadas denominadas blastos. Febre, palidez e equimose são as manifestações clínicas mais comuns em crianças portadoras de LLA e decorrem da falência na hematopoiese normal, devido à infiltração medular de blastos leucêmicos (VAN DER, 1996). Outras manifestações clínicas que representam infiltrações de células leucêmicas são hepatomegalia, esplenomegalia e linfadenopatia com freqüências, respectivamente, de 68%, 63% e 50% (COEBERGH, 2006)
As dores ósseas como sintoma inicial, ocorrem em 25% dos casos e atingem, principalmente, os ossos longos. Resultam de uma infiltração leucêmica do periósteo causando uma expansão da cavidade medular devido aos linfoblastos, ou ainda, de uma hemorragia óssea. Infiltração leucêmica da articulação também pode ocorrer causando artralgias, edemas e calor local (COEBERGH, 2006).
No Brasil a incidência de leucemias tem crescimento estável, porém preocupante com o passar dos anos. Foram levantados dados no período de 2006 até o ano de 2010 entre ambos os sexos. Sendo observado uma prevalência de 9.580 casos/100.000 habitantes por ano. Em que destes 5.240 são homens e 4.340 mulheres (INCA, 2012). No nordeste segue um padrão semelhante ao do país, sendo em números total de 2.070 casos/100.000 habitantes por ano. E ainda em termos de masculino e feminino observou-se 1.130 homens e 940 mulheres (POOLE, 2006). No estado do Rio Grande do Norte os dados levantados são de 190 casos/100.000 habitantes e que destes 110 pacientes do sexo masculino e 80 do sexo feminino. Destacando-se a cidade de Natal, RN – Brasil, que se verificou 60 casos novos por ano (INCA, 2012).
Contudo, não existem dados disponíveis sobre a caracterização da doença na cidade de Mossoró e região. Um dado essencial para viabilizar novas políticas de saúde como implantação de unidade de tratamento voltada para o câncer infantil, estrutura inexistente na região.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo descritivo de série temporal, utilizando os dados que foram obtidos no Centro de Oncologia e Hematologia localizado na cidade de Mossoró-RN, responsável pelo atendimento dos casos de toda região oeste do estado. Tendo como critério de escolha os prontuários de pacientes com diagnóstico de leucemia linfóide aguda entre o ano de 2006 a 2010. A análise descritiva dos dados deste estudo foi realizada através dos softwares Excel 2003.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na cidade de Mossoró, RN-Brasil, localidade estudada foi feitos levantamento no período de 2006 até 2010 no centro de oncologia e hematologia (COHM), Os dados obtidos a partir de uma média anual foram de três casos novos por ano. Sendo dois pacientes do sexo masculino e um feminino. Logo, observou-se uma incidência média de 0,003 novos casos por mil habitantes em cada ano. A mediana de idade dos pacientes ao diagnóstico foi de oito anos e a casuística não apresentou pacientes com idade inferior a um ano. A sobrevida global em oito anos foi de 73% para os menores de 10 anos e de 49% para os de faixa etária superior.
A incidência observada foi bem inferior à média mundial (0,04 novos casos por mil habitantes), nacional (0,05) e ao estado de São
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