AIDS no idoso
Artigo: AIDS no idoso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karollsouzag • 29/10/2014 • Artigo • 969 Palavras (4 Páginas) • 364 Visualizações
AIDS NO IDOSO
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV), é caracterizada por imunossupressão profunda que
leva a infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas.
A transmissão do HIV ocorre em condições que facilitam a penetração de sangue ou
líquidos corporais contendo o vírus ou células infectadas pelo vírus no organismo. As
três principais vias de contaminação são contato sexual, inoculação parenteral e
passagem de vírus de mães infectadas para seus recém-nascidos.
As campanhas educativas focam o uso de preservativos por jovens e uma grande parte
da população fica à margem da discussão sobre a prevenção desta doença: os idosos.
EPIDEMIOLOGIA
A freqüência relativa da infecção pelo HIV em idosos permaneceu quase constante (ao
redor de 11%) nos últimos dez anos nos Estados Unidos. Este dado impressiona quando
notamos que a contaminação por transfusão de sangue caiu dramaticamente.
No Brasil, ocorreu aumento do número de casos em idosos e da proporção de indivíduos
afetados nesta faixa etária entre 1991 a 1999. Homens com mais de 50 anos
corresponderam a 9,2% dos infectados em 1999.
Em 1999, ocorreram apenas 10 casos de contaminação por transfusão sanguínea no país,
sendo apenas um em maiores de 50 anos.
A AIDS fica mais freqüente em mulheres idosas: 13,2% dos casos entre 60 e 69 anos e
28,7% dos casos acima dos 70 anos nos Estados Unidos.
MORBILIDADE E MORTABILIDADE
A sobrevida de pacientes com AIDS é inversamente proporcional à idade..
O diagnóstico mais tardio provavelmente é um fator envolvido, mas também são
importantes as alterações fisiológicas próprias do idoso e a associação de morbidades
(doença cardiovascular, doença pulmonar crônica, diabetes mellitus...). O idoso
apresenta declínio fisiológico da função imunológica, especialmente de células T, maior
carga viral no momento da soroconversão e maior intolerância às drogas..
O cuidado por terceiros pode atrasar o diagnóstico da doença e de infecções
oportunistas, prejudicar o uso correto de medicação profilática e anti-retroviral assim
como o prognóstico.
Os idosos realizam testes laboratoriais para diagnóstico do HIV quando estes já
apresentam evidências clínicas de AIDS muito mais freqüentemente do que os jovens e
são mais freqüentemente diagnosticados com AIDS no mês do óbito. A infecção pelo
HIV é freqüentemente diagnosticada no idoso apenas depois da investigação extensa e
exclusão de outras doenças, atrasando o diagnóstico da infecção por meses. DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO
O diagnóstico da infecção pelo HIV é desafiador em pacientes com mais de 50 anos já
que os problemas médicos usuais nesta faixa etária que podem confundir o diagnóstico
clínico. As infecções oportunistas nos idoso são freqüentemente diagnosticadas
inicialmente como outra moléstia, mais usual em sua faixa etária, como doença cérebrovascular, doença de Alzheimer, pneumonia bacteriana ou viral, neoplasia oculta etc.
Não há diferença significante na prevalência das infecções oportunistas entre pacientes
jovens e idosos, sendo a pneumonia por Pneumocystis carinii a mais freqüente, seguida
de síndrome consumptiva, esofagite por Candida e sarcoma de Kaposi. A síndrome
comsumptiva e a encefalopatia pelo HIV são mais freqüentes em pacientes acima dos
50 anos.
Apesar da prevalência semelhante das doenças oportunistas nos idosos infectados, estes
pacientes usualmente apresentam pior prognóstico quando acometidos por estas
infecções. Alguns autores sugerem que o pior prognóstico é devido a menor reserva
funcional, exposição prévia ao agente e ao tratamento (gerando formas resistentes).
Nos pacientes idosos com AIDS é bastante comum
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