Aleitamento Materno

Análise Crítica sobre artigo “Aleitamento materno: uma abordagem sobre o papel do enfermeiro no pós-parto”

Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n° 03, p. 358-367, 2004. Aleitamento materno: uma abordagem sobre o papel do enfermeiro no pós-parto. ALMEIDA, Nilza Alves Marques; FERNANDES, Aline Garcia; ARAÚJO, Cleide Gomes.

Conhecimento Específico em aleitamento: segundo GIULIANI (1994), o conhecimento é importante na atuação dos profissionais de saúde na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno. A falta de um conhecimento pode, na realidade, ser um obstáculo ao aleitamento materno, quando transmitidas informações incorretas e com falta de consistência as nutrizes.

Sistematização da assistência do enfermeiro: “No contexto da enfermagem, ‘sistematizar’ pode significar o uso de métodos para planejar a assistência de enfermagem preventiva, curativa e reabilitadora, visando ao atendimento das necessidades básicas do individuo” (DANIEL, 1981, p. 4).

Aleitamento materno: o aleitamento materno é sinônimo de sobrevivência para o RN, portanto um direito inato (ISCHIATO & SHIMO, 2002). É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida (ISCHIATO & SHIMO, 2001).

O profissional de saúde deve identificar durante o pré-natal os conhecimentos, as experiências práticas, as crenças e a vivencia social e familiar da gestante a fim de promover educação em saúde para o aleitamento materno, assim como, garantir vigilância e efetividade durante a assistência da nutriz no pós-parto.

O aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês de vida, e mantido associado a outros alimentos até os dois anos de vida conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) e a World Health Organization (VENÂNCIO, 2003).

O objetivo geral do artigo é identificar a atuação do enfermeiro na assistência ao aleitamento materno durante a hospitalização da puérpera.

Os objetivos específicos do artigo são verificar o quantitativo de enfermeiros e as condições estruturais das maternidades para a atuação do enfermeiro na assistência ao aleitamento materno; identificar quais os profissionais que compõe o grupo de promoção; incentivo e apoio ao aleitamento materno; identificar como o enfermeiro sistematiza a assistência ao aleitamento materno.

O tipo de estudo e metodologia utilizados foi um estudo de caráter descritivo e pesquisa de campo; com abordagem quanti-qualitativa, realizada em três instituições públicas de Goiânia, sendo entrevistadas 21 enfermeiras envolvidas na assistência ao aleitamento materno no pós-parto hospitalar nos períodos de setembro a outubro de 2003. A amostra constituiu-se de 6 enfermeiras de uma maternidade federal, 5 enfermeiras de uma maternidade estadual e 10 enfermeiras de uma maternidade municipal.

Os pontos relevantes da discussão do artigo são o tempo de atuação das enfermeiras nas instituições, que é importantíssimo para o conhecimento prático as diversas atividades executadas, incluindo o aleitamento materno; o número de enfermeiras com e sem especialização, que é de grande importância para a área de atuação e para o crescimento profissional; a disponibilidade de profissionais técnicos e auxiliares que estão em falta, e assim o atendimento fica muito difícil e precário devido a demanda; a falta de integração e boa vontade para desenvolver o trabalho, vindo de alguns profissionais; a estrutura precária de uma das instituições entrevistadas, em que o profissional de saúde tem dificuldade para trabalhar; a falta de cursos para capacitação dos profissionais, vindo de uma das instituições; a perda de campos do enfermeiro para outros profissionais, enquanto muitas vezes o enfermeiro se ocupa com o administrativo.

Concluímos que dentro das características de cada instituição entrevistada no artigo, o fator mais importante para a promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno é a sistematização da assistência de enfermagem, que por sua vez ainda é deficiente nas instituições, e piora com os diversos outros problemas citados anteriormente. Essa deficiência ocorre devido a grande demanda nas instituições, a falta de enfermeiros e a falta da metodologia da assistência.

O tema do artigo é de grande relevância clínica pois o aleitamento materno é parte da assistência da saúde, área esta em que a atuação do enfermeiro é sumamente importante para o paciente.

Devido ao fato de o enfermeiro muitas vezes se ocupar rotinas administrativas, acaba perdendo este e outros espaços de atuação para outros profissionais, e o artigo estudado aponta este e outros diversos problemas que o enfermeiro tem profissionalmente, e n os abre espaço para questionarmos se realmente devemos deixar isso acontecer e não lutar pelo nosso espaço e pelas melhorias na assistência à saúde.

Análise Crítica sobre o artigo: “O processo de trabalho da enfermagem em saúde coletiva e a interdisciplinaridade”

Revista Latino-am. Enfermagem, v.8, n° 6, p. 96-101, Dezembro, 2000. O processo de trabalho da enfermagem em saúde coletiva e a interdisciplinaridade. ROCHA, S.M.M.; Almeida, M.C.P. de.

Enfermagem: a enfermagem é uma das profissões da área da saúde cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade, desenvolvendo atividades de promoção, prevenção de doenças, recuperação e reabilitação da saúde, atuando em equipes.

Multidisciplinaridade: conjunto de disciplinas que simultaneamente tratam de uma dada questão, sem que os profissionais implicados estabeleçam entre si efetivas relações no campo técnico ou cientifico.

Pluridisciplinaridade: justaposição de diferentes disciplinas em um processo de tratamento de uma