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Amenorréia secundária: Diagnóstico

Pesquisas Acadêmicas: Amenorréia secundária: Diagnóstico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/11/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.755 Palavras (12 Páginas)  •  371 Visualizações

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AMENORRÉIA SECUNDÁRIA: DIAGNÓSTICO

Autores:

Carmen V. Giacobbo Daudt

Maria Eugênia B. Pinto

Supervisão:

Airton Tetelbom Stein

Eno Dias de Castro Filho

CONFLITO DE INTERESSE:

Nenhum conflito de interesse declarado.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA PARA O MFC:

Qual o roteiro diagnóstico na investigação diagnóstica da amenorréia secundária em APS? Em

que momento da investigação deveriam ser solicitados exames? Quando encaminhar para o

ginecologista?

DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA:

Foram consultadas as bases de dados Medline, através do PubMed utilizando-se os seguintes

termos: (“amenorrhea” [MeSH] and secondary) AND (diagnosis OR evaluation). A sintaxe

resultante de busca por Clinical Queries em “broad”, realizada no dia 10 de setembro de 2006,

foi a seguinte: (("Amenorrhea"[MeSH] AND secondary) AND (diagnosis OR evaluation)) AND

(sensitiv*[Title/Abstract] OR sensitivity and specificity[MeSH Terms] OR

diagnos*[Title/Abstract] OR diagnosis[MeSH:noexp] OR diagnostic *[MeSH:noexp] OR

diagnosis,differential[MeSH:noexp] OR diagnosis[Subheading:noexp]), recuperando 348

publicações. Foram então acrescentados os limits: Female, Humans e Field: Title/Abstract. A

busca resultou em 164 artigos. A seguir, pelo abstract, foram selecionados 53 trabalhos

relevantes quanto à questão clínica. Por fim, 14 artigos foram selecionados e utilizados na

diretriz após avaliação crítica da força de evidência científica e da relevância clínica. A partir

desta lista, foram selecionadas referências dos artigos originais devido à relevância clínica para

a presente diretriz. Também foram realizadas buscas nos sites UpToDate e DynaMed, utilizando

2

o termo “amenorrhea”. Além disso, foi utilizado material impresso através da pesquisa

bibliográfica em capítulos de livros referentes ao tema da diretriz.

GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: 22

A. Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência.

B. Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência.

C. Relatos de casos (estudos não controlados).

D. Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou

modelos animais.

Critérios de inclusão: Estudos realizados em pacientes adultas, do sexo femino e com sintoma

de amenorréia secundária. Estudos com abordagem diagnóstica, realizada em nível

ambulatorial.

Critérios de exclusão: Estudos referentes à amenorréia primária, assim como amenorréia

relacionada à gestação, lactação e menopausa (amenorréia fisiológica). Artigos que não eram

aplicáveis na prática ambulatorial também foram excluídos.

DIRETRIZ

Introdução

O ciclo menstrual é regulado por complexas interações de feedback entre os ovários,

hipófise e hipotálamo. Uma ruptura em qualquer um destes pontos pode levar à irregularidade

do ciclo menstrual. A amenorréia é um indicador de disfunção ovariana, hipofisária e / ou

hipotalâmica 1 (D).

A amenorréia secundária é a ausência de menstruação por pelo menos 6 meses em

mulheres com ciclos irregulares ou por um período equivalente a 3 ciclos menstruais em

pacientes que anteriormente menstruavam de forma regular 2 (D). Períodos de tempo inferiores

são denominados atraso menstrual.

3

A prevalência de amenorréia secundária não-fisiológica é de cerca de 3% a 4% na

população geral, sendo uma causa freqüente de consulta em atenção primária 3, 4 (D). É um

desafio diagnóstico para o médico da atenção primária devido às muitas disfunções que podem

causá-la. Então, sua abordagem precisa ser sistematizada para que sejam evitados

procedimentos onerosos e desnecessários 5 (D).

Gestação é a causa mais comum de amenorréia secundária. Depois de excluída a

gestação, as causas mais comuns são: causas ovarianas (40%), disfunção hipotalâmica (35%),

doença pituitária (19%), causas uterinas (5%) e outras (1%) 6 (C). Amenorréia não é um

diagnóstico, mas um sintoma que, quando patológico, indica anormalidade neuro-endócrina,

genética ou anatômica 7 (D). A presente diretriz se concentrará nas causas patológicas de

amenorréia secundária.

Avaliação

A avaliação diagnóstica da amenorréia secundária inclui anamnese, exame físico,

exames laboratoriais e de imagem 6 (C). Na figura apresentamos um roteiro de investigação

para os casos de amenorréia secundária. A anamnese deve abordar a prática de exercícios físicos

intensos,

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