Analise Clinica

Resolução n°1000, de 11 de maio de 2012.

Art.3° A eutanásia pode ser indicada nas situações em que:

V - o tratamento representar custos incompatíveis com a atividade produtiva a que o animal se destina ou com os recursos financeiros do proprietário.

Crítica: Esta alínea da resolução autoriza a eutanásia quando os custos do proprietário são incompatíveis com a atividade produtiva que o animal desempenha ou quando o proprietário não pode arcar com as despesas do tratamento, seja ele qual for.

Isso significa que donos de animais de produção quando doentes, podem optar pela morte mesmo que ela possa ser evitada com cuidados do médico veterinário. É claro que tratar uma vaca não é como cuidar de um gato ou de um cão dentro de casa. Pois o custo para tratar um único animal visando os recursos da produção rural pode ser equivalente a compra de mais de um animal sadio, porém, o proprietário destes animais tem que ter a consciência e colocar na ponta do lápis os gastos, levando em conta que os bichos também adoecem e precisam de tratamento. Não existe isso de sacrificar só porque é caro fazer o tratamento.

Cães e gatos também não ficam fora disso, pois uma vez que a resolução dispõe sobre a eutanásia de animais, sem diferenciar entre os que são destinados ao abate e à companhia doméstica.

O conselho não analisou o fato de que a eutanásia deve ser praticada em benefício do animal, não de seu proprietário. Desta forma abre-se espaço para o sacrifício de animais de companhia por motivo financeiro. Quem tem bichos de estimação não pode recorrer à eutanásia só porque o tratamento é caro, quem não pode pagar deve buscar os hospitais universitários ou as ONGs de proteção animal.