Anatomia Radiográfica

Introdução

A radiologia pediátrica é o uso de imagiologia médica para diagnosticar ou tratar problemas de saúde em uma criança. Os radiologistas pediátricos usam essas imagens médicas para olhar as estruturas internas e ver quaisquer anomalias.

A radiologia permite que os médicos vejam o interior do corpo de uma pessoa sem precisar explorá-lo cirurgicamente. Isso permite que os profissionais da medicina eliminem ou determinem os problemas internos sem correr riscos ou complicações associados com abrir o corpo de alguém. Os radiologistas pediátricos são capazes de olhar uma imagem e efetivamente ver os órgãos internos, músculos e ossos de uma criança.

O principal risco associado a exames de radiodiagnóstico é a ocorrência de efeitos estocásticos, principalmente efeitos genéticos e carcinogênese, sendo muito raro o desencadeamento de efeitos, como queimaduras, uma vez que as crianças são mais sensíveis à radiação e possuem uma expectativa de vida muito maior se comparada a um adulto, o que aumenta a probabilidade de apresentarem um efeito nocivo tardio relacionado a essa exposição.

Existem dois subtipos básicos de radiologia pediátrica: radiodiagnóstico e radiologia terapêutica. O radiodiagnóstico é o mais comum, contendo 6 tipos diferentes de especialidades radiológicas. Esses tipos incluem radiografia de projeção, fluoroscopia, MRI (ressonância magnética), CT (tomografia computadorizada), ultra-sonografia e medicina nuclear. A radiologia terapêutica diz respeito à radiação oncológica. Esse tipo de radiologia usa a radiologia para o tratamento de câncer.

Todos os tipos de radiação possuem uma função diferente. A radiografia de projeção, também conhecida como raio-X, usa a radiação eletromagnética para tirar uma foto do osso e tecidos moles. A ressonância magnética usa campos magnéticos fortes para capturar imagens dos tecidos moles do corpo de uma pessoa. A tomografia computadorizada são máquinas que produzem imagens em 3D, permitindo que os radiologistas vejam os órgãos internos e ossos com detalhes. A medicina nuclear combina uma tomografia computadorizada com traçadores radioativos, permitindo a análise de funções fisiológicas, bem como um detalhamento em 3D. As ultrassonografias usam ondas sonoras de alta freqüência para produzir imagens de estruturas de tecidos moles em tempo real. A fluoroscopia envolve a administração de um agente de contraste radiológico, como o iodo, para ver o funcionamento em tempo real dos vasos sanguíneos no trato urinário ou do trato gastrointestinal (GI).

Tipos de Proteções Radiológicas e Preparos Pré-exames

É importante utilizar de proteções durante as realizações de exames, reduzindo assim as exposições repetidas, pois as células das crianças ainda estão em desenvolvimento e são mais sensíveis aos efeitos das radiações.

As técnicas adequadas de imobilização, a amperagem correta e as técnicas de tempo para exposição curta, irão garantir um exame mais eficaz e mais ágil.

As gônadas das crianças devem ser protegidas com protetores de contato a não ser que esses protetores obscureçam a anatomia de abdômen inferior e da pelve.

Os pais também devem ser protegidos por coletes e luvas de chumbo caso forem auxiliar na imobilização da criança.

Preparação da Criança

Após trazer a criança até a sala de exame e explicar o procedimento ao paciente e aos pais, o técnico deve despir a área a ser examinada,tirar ataduras ou fraldas. Isso é necessário para prevenir o aparecimento de sombras e artefatos na radiografia por causa do baixo tempo de exposição para o tamanho do paciente.

Radiologia Pediátrica - Posicionamento Radiográfico

- AP/PA do tórax: Com paciente em posição supina

 Paciente em posição supina e com braços estendidos;

 Os braços estendidos são presos a mesa por sacos de areia ou em caso do uso da prancha Tam-em é feita com o auxilio de velcro para a imobilização dos mesmos;

 Da mesma forma são feitas com o quadril e as pernas, presas no nível do quadril com sacos de areia, e se for sendo utilizado a prancha Tam-emultilizar as fitas de velcro. A imobilização do quadril é feita para evitar o deslocamento da pelve no chassi;

É preciso o auxílio do responsável:

 Retira toda a roupa da criança;

 Utilizar o avental plumbífero (proteção radiológica) e luvas;

 Colocar a criança sobre o chassi;

 Estende-la sobre o chassi com os ombros 5cm abaixo da borda superior do chassi;

 Segura-la com uma mão os braços estendidos, com a outra as pernas de modo que não se super posicione sobre o paciente, lembrando que de forma que mobilize, evitando qualquer tipo de movimento nas partes;

 Se a caso a criança estiver chorando, deve observar a respiração e surpreende-la na fase de inspiração e imediatamente fazer a exposição.

Fatores Técnicos

 Tamanho do filme - determinado pelo tamanho do paciente;

 Filme transversal se o chassi estiver sob o paciente;

 Grade não é necessária;

 Pequeno ponto focal70-80 kVp, menor tempo de exposição possível.

Raio Central

Raio central perpendicular ao filme, centrado no plano sagital médio na alturado tórax médio, que equivale aproximadamente à linha dos mamilos.Distância foco-filme de 50 a 60 polegadas (127 a 212 cm); tubo elevado na maior altura possível.

Supino, imbobilizado com sacos de areia. (Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada, L. L. BONTRAGER, J. P. LAMPIGNANO)

Imobilizado com a prancha Tam-em. (Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada, L. L. BONTRAGER, J. P. LAMPIGNANO)

AP/PA do tórax: Com paciente em posição ortostática

 Primeiramente o paciente é sentado na base com as pernas postas para baixo no aparelho usado chamado,Pigg-O-Stat, com o objetivo de imobilização, neste possui