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Anaximandro De Mileto

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Por:   •  5/5/2013  •  1.933 Palavras (8 Páginas)  •  839 Visualizações

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Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.) DK12

Anaximandro viveu em Mileto no século VI a.C.. Foi discípulo e sucessor de Tales. Anaximandro achava que nosso mundo seria apenas um entre uma infinidade de mundos que evoluiriam e se dissolveriam em algo que ele chamou de ilimitado ou infinito. Não é fácil explicar o que ele queria dizer com isso, mas parece claro que Anaximandro não estava pensando em uma substância conhecida, tal como Tales concebeu. Talvez tenha querido dizer que a substância que gera todas as coisas deveria ser algo diferente das coisas criadas. Uma vez que todas as coisas criadas são limitadas, aquilo que vem antes ou depois delas teria de ser ilimitado.

É evidente que esse elemento básico não poderia ser algo tão comum como a água. Anaximandro recusa-se a ver a origem do real em um elemento particular; todas as coisas são limitadas, e o limitado não pode ser, sem injustiça, a origem das coisas. Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em conseqüência do movimento eterno. Para Anaximandro o princípio das coisas - o arché - não era algo visível; era uma substância etérea, infinita. Chamou a essa substância de apeíron (indeterminado, infinito). O apeíron seria uma “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários. Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível.

Esse filósofo foi o iniciador da astronomia grega. Foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico totalmente. De acordo com ele para que o vir-a-ser não cesse, o ser originário tem de ser indeterminado. Estando, assim, acima do vir-a-ser e garantindo, por isso, a eternidade e o curso do vir-a-ser. O seu fragmento refere-se a uma unidade primordial, da qual nascem todas as coisas e à qual retornam todas as coisas.

Principais fragmentos:

• “... o ilimitado é eterno...”

• “... o ilimitado é imortal e indissolúvel...”

[editar] Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) DK13

O terceiro filósofo de Mileto foi Anaxímenes (c. 570—526 a.C.). Ele pensava que a origem de todas as coisas teria de ser o ar ou o vapor. Anaxímenes conhecia, claro, a teoria da água de Tales. Mas de onde vem a água? Anaxímenes acreditava que a água seria ar condensado. Acreditava também que o fogo seria ar rarefeito. De acordo com Anaxímenes, por conseguinte, o ar("pneuma") constituiria a origem da terra, da água e do fogo.

• Conclusão

Os três filósofos milésios acreditavam na existência de uma substância básica única, que seria a origem de todas as coisas. No entanto, isso deixava sem solução o problema da mudança. Como poderia uma substância se transformar repentinamente em outra coisa? A partir de cerca de 500 a.C., quem se interessou por essa questão foi um grupo de filósofos da colônia grega de Eléia, no sul da Itália, por isso conhecidos como eleatas.

[editar] Parmênides de Eléia DK22

O mais importante dos filósofos eleatas foi Parmênides (c. 530-460 a.C.). “Nada nasce do nada e nada do que existe se transforma em nada”. Com isso quis dizer que “tudo o que existe sempre existiu”.

Sobre as transformações que se pode observar na natureza: ”Achava que não seriam mudanças reais”. De acordo com ele, nenhum objeto poderia se transformar em algo diferente do que era.

Início do racionalismo

Percebia, com os sentidos, que as coisas mudam. Mas sua razão lhe dizia que é logicamente impossível que uma coisa se tornasse diferente e, apesar disso, permanecesse de algum modo a mesma. Quando se viu forçado a escolher entre confiar nos sentidos ou na razão, escolheu a razão. Essa inabalável crença na razão humana recebeu o nome de racionalismo. Um racionalista é alguém que acredita que a razão humana é a fonte primária de nosso conhecimento do mundo.

[editar] Heráclito DK28

Um contemporâneo de Parmênides foi Heráclito (c. 540-476 a.C.), que era de Éfeso, na Ásia Menor. Heráclito propunha que a matéria básica do Universo seria o fogo. Pensava também que a mudança constante, ou o fluxo, seria a característica mais elementar da Natureza. Podemos talvez dizer que Heráclito acreditava mais do que Parmênides naquilo que percebia. Tudo flui, disse Heráclito. Tudo está em fluxo e movimento constante, nada permanece. Por conseguinte, “não entramos duas vezes no mesmo rio”. Quando entro no rio pela segunda vez, nem eu nem o rio somos os mesmos.

Problema: Parmênides e Heráclito defendiam dois pontos principais diametralmente opostos. Parmênides dizia:

• a) nada muda,

• b) não se deve confiar em nossas percepções sensoriais.

Heráclito, por outro lado, dizia:

• a) tudo muda (“todas as coisas fluem”), e

• b) podemos confiar em nossas percepções sensoriais.

Quem estava certo? Coube ao siciliano Empédocles (c. 490-430 a.C.) indicar a saída do labirinto.

Como estudioso da physis, Heráclito acreditava que o fogo era a origem das coisas naturais.

• variadas. Assim as diferentes coisas que existem seriam os processos naturais gerados pela aproximação e à separação desses quatro elementos.

• 2. Quando uma flor ou um animal morrem, disse Empédocles, os quatro elementos voltam a se separar. Podemos registrar essas mudanças a olho nu. Mas a terra e o ar, o fogo e a água permaneceriam eternos, “intocados” por todos os componentes dos quais fazem parte. Dessa maneira, não é correto dizer que todas as coisas mudam.

• 3. Basicamente, nada mudaria. O que ocorre é que os quatro elementos se combinariam e se separariam - para se combinarem de novo, em um ciclo. B

O que faria esses elementos se combinarem de tal modo que fizessem surgir uma nova vida? E o que faria a “mistura”, digamos, de uma flor se dissolver de novo? Empédocles pensava que haveria duas forças diferentes atuando na Natureza. Ele as chamou

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