Asma

Perguntas:

O que é asma?

Como se classifica a asma de acordo com o tipo?

Quais as características comuns de quem tem asma?

O que é HRVA?

O que desencadeia a asma?

Como o sistema imunológico age para combater os agentes causadores da asma?

Como diagnosticar e quais os exames pedidos?

Como são os sintomas?

Como é o tratamento?

Como evitar as crises de asma?

Atualmente, como é o conhecimento sobre a asma?

Como a mudança do interior para a capital pode afetar um asmático?

No caso da Carolina o que desencadeou os sintomas da sua crise asmática?

Como o clima seco prejudica as pessoas que tem asma?

Qual a utilidade da bombinha e o porquê do uso dela ao apresentar sintomas?

Resposta:

Asma é uma doença inflamatória crônica cuja manifestação clinica depende do grau de hiper-responsividade das vias aéreas (HRVA), ela é incurável, mas pode ser controlada em 95% dos pacientes. Sendo dividido em quatro tipos o 1º tipo é a asma intermitente: este tipo de asma é considerado de grau 1, isto é, os sintomas aparecem muito raramente, ocorrendo menos do que uma vez por semana, o doente pode acordar com sintomas duas ou menos vezes por mês. O 2º tipo é a asma persistente ligeira, considerada de grau 2, os sintomas surgem uma ou mais vezes por semana, fazendo com que o doente acorde durante a noite, mais vezes. O 3º tipo é a Asma Persistente moderada: os sintomas são diários, o doente acorda mais do que uma vez por semana e tem a necessidade de utilizar o inalador, as crises afetam a sua qualidade de vida, impedindo-o de ter uma vida normal. Já o 4º tipo é a Asma persistente grave: os sintomas são permanentes, o doente acorda frequentemente com tosse ou com problemas respiratórios durante a noite e sua atividade física é limitada.

Os indivíduos portadores de asma independente do seu grau terão características semelhantes que incluem a presença na luz brônquica, o exsudato composto por muco, células inflamatórias (incluindo eosinófilos e células broncoepiteliais), espessamento da membrana basal, musculatura lisa das glândulas brônquicas, eosinofilia tissular e vaso dilatação capilar.

Um dos fatores que mais desencadeia a asma é a alergia respiratória tendo até um elo de ligação mais forte entre a predisposição genética, fator ambiental (poeira, fungos, ácaros, insetos, animais, pólem...), os irritantes respiratórios (fumaças de queima de madeira ou gás, poluição e fumo), existe o fator emocional que está muito relacionado com a patologia.

O nosso sistema imunológico ao se encontrar com substâncias estranhas inicia uma resposta, no caso da asma ela começa através da inalação de um antígeno, em geral, um aeroalergênio que vai estimular a vinda de células reconhecedoras de antígenos (células dendríticas ou macrófago) elas vão fazer a apresentação do antígeno e levar para os linfócitos auxiliares Th2, no qual vai diferenciar e começam a produzir as citosinas e o fator de estimulação do crescimento de colônias de granulócitos e macrófagos. Isto culmina na diferenciação isotípica dos linfócitos B para a produção de imunoglobulina E (IgE) e manutenção dos linfócitos Th2 com sua capacidade aumentada para secretar citoquinas, recrutas e manter sobrevivente de eosinófilos, mastócitos e basófilos nas vias aéreas.

A infiltração das vias aéreas pelo os linfócitos Th2 é um achado consistente da asma, qualquer que seja a gravidade. Existindo uma quantidade considerável de evidencias indicando que a infiltração contínua das vias aéreas por eosinófilos e mastócitos, nos pulmões dos asmáticos, ocorre sob a regulação de produtos derivados dos linfócitos. Duas dentre as citoquinas primariamente produzidos por estes são em particular a IL-4 que aumenta a síntese de IgE que por sua vez aumenta começa a produção de mastócito e consequentemente a liberação de histamina e leucotrienos. E a citoquina IL-5 é a citosina sinalizada na medula óssea para produção de eosinófilos, cuja não apenas defendem o hospedeiro, mas também contribuem para a manutenção do dano tissular causado pelo agente invasor e desempenham um papel imunorregulador.

A causa da inflamação das vias aéreas ocorre primariamente e posteriormente o Remodelamento das vias aéreas: é o termo utilizado para descrever o processo de leva as alterações estruturais persistentes das vias aéreas na asma, resultando uma perda a função do pulmão.

O diagnostico da asma precisa ser muito detalhado para poder chegar ao diagnóstico, assim sendo começa com uma investigação inicial do paciente asmático devendo ser dirigida para confirmar o diagnostico, identificar fatores desencadeantes das crises, reconhecer a gravidade do quadro clínico, avaliar criticamente os tratamentos anteriores e planejar uma estratégia terapêutica imediata e ao longo prazo. É importante buscar a história clinica, pois fornece os dados para o diagnostico da asma, devendo ser revista e reavaliada sempre que necessário. O exame físico ajuda identificar o grau da obstrução brônquica, sibilância, sinais de hiperinsuflação pulmonar e uso da musculatura inspiratória acessória. Já Avaliação funcional pulmonar, através da espirometria, confirma a presença de obstrução das vias aéreas, o seu grau e a resposta ao broncodilatador. A medida do pico do fluxo expiratório pela simplicidade, baixo custo e disponibilidade para monitoração domiciliar são alternativas não só para o diagnóstico como para o automanejo.

A gasometria arterial está indicada particularmente nas crises graves para diagnóstico e tratamento de insuficiência respiratória. Os testes de broncoprovocação auxiliam no diagnóstico diferencial particularmente nos casos de asma atípica. Radiologia contribui essencialmente para o diagnóstico diferencial e para detectar-se complicações como pneumonia, atelectasia e pneumotórax. Hemoglobina: testes cutâneos e dosagem de imoblubulina são importantes para corroborar o diagnóstico de atopia. E o exame através do escarro, consegue diagnosticar o nível da inflamação das vias aeras na asma. Através do Pin et al ( é a indução do através da inalação de um aerossol de solução salina hipertônica para obter de modo direto