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CANCER DE MAMA

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Por:   •  30/5/2013  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  927 Visualizações

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Comunicado aos Consultores de Oncologia

Em fevereiro deste ano, foi publicado no JCO o artigo “Uso Prévio de

Inibidores da Aromatase Como Terapia Adjuvante para Câncer de Mama: O

Imperador Não Possui Vestimentas”. São necessários alguns comentários sobre o

artigo e as respostas provindas da matriz. Segue:

Resumo do estudo:

O comentário reconhece o impacto substancial de estudos clínicos

proeminentes bem desenhados, tais como ATAC na adoção mundial de IAs

prévios em vez de tamoxifeno no tratamento de mulheres na pós-menopausa

com câncer de mama inicial sensível a hormônio.

Os objetivos da terapia para qualquer estágio ou tipo de câncer são de

melhorar a duração e/ou qualidade de sobrevida. Dessa forma, os IAs devem

ser mais eficazes em um ou nos dois se eles forem utilizados à frente de

tamoxifeno.

Enquanto que ATAC e BIG 1-98 mostraram a superioridade de IAs sobre o

tamoxifeno em termos de SLD, não mostraram ainda vantagem na SG, e

avaliações de QV (usando FACT-B) foram relatados como similares ao longo

dos braços de tratamento.

O comentário questiona a validade do uso de SLD como um substituto para SG

em estudos clínicos de câncer de mama no início.

Também levanta a questão do desequilíbrio em óbitos por câncer exceto os de

mama em ATAC, numericamente em favor do braço de tamoxifeno.

Existe uma sugestão de inconsistência aparente entre os EASs relacionados

ao tratamento (A vs T, 146 vs 277, p< 0.0001) e o número de fraturas (340 vs

237) relatados em ATAC.

Diferenças na metodologia de estudos clínicos entre ATAC e BIG 1-98 são

citadas em relação ao uso de uma lista de verificação de toxicidade.

Os autores afirmam que não existe evidência de superioridade de IAs com

relação ao tamoxifeno quando utilizado como tratamento adjuvante inicial e

parece promover "mudança" de Tam a IA. Finalmente, concluíram: "evidência

recente de estudos clínicos não apóiam o uso inicial de rotina de IAs prévios

como terapia adjuvante”.

Confidencial - Material de Uso Interno e Exclusivo do Consultor AstraZeneca

Não Deve Ser Utilizado em Promoções Médicas

Comunicado aos Consultores de Oncologia

Como vemos, o artigo desfavorece o uso de IAs na adjuvância, justificando a falta de

benefício real (SG) do tratamento frente ao TMX e cogita sobre o perfil de toxicidade

manifestado nos estudos como “duvidoso”. De um modo geral, o comentário é uma

crítica tendenciosa e superada da evidência bem estabelecida da superioridade de

IAs, tal como ARIMIDEX com relação ao tamoxifeno, e portanto a adoção mundial da

terapia adjuvante inicial com IAs como padrão de cuidados para mulheres na pós-

menopausa com RR [razão de risco] + EBC [câncer de mama inicial].

O comentário contém muitas afirmações imprecisas e argumentos imperfeitos contra o

uso de IAs prévios, e em particular o estudo clínico ATAC.

Resposta da matriz:

Objetivo Primário do tratamento adjuvante para o câncer de mama inicial (EBC)

O objetivo primário do tratamento de EBC é proteger as mulheres contra o

risco da recorrência de câncer de mama, e essencialmente da mortalidade

específica do câncer de mama.

o

A característica marcante de uma terapia adjuvante eficaz é que ela

reduz o risco de morte da doença primária, mas as pacientes falecem

eventualmente de outras causas – se o câncer de mama de uma

mulher não retorna, então ela não pode falecer dessa causa!

De maneira clara, ARIMIDEX mostrou ser de forma significativa mais eficaz do

que tamoxifeno na prevenção da recorrência do câncer de mama, ambos

durante e depois da conclusão do tratamento [ATAC Trialists’ Group, Lancet

Oncology 2008].

Ainda que a SG seja um endpoint importante, ele engloba todas as mortes,

independente da causa, fazendo com que seja difícil distinguir os reais efeitos

do tratamento. Uma população em envelhecimento, tal como a população do

estudo clínico ATAC (média de idade de 72 anos na análise de 100 meses)

tem um risco elevado

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