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Conceitos básicos de Imunologia

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Por:   •  21/9/2014  •  Trabalho acadêmico  •  2.725 Palavras (11 Páginas)  •  304 Visualizações

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DEFESAS INATAS DO ORGANISMO

Chamamos de defesa inata aquela que nasce com o indivíduo, é ela que age como primeira

barreira para tentar evitar que um agente infeccioso, por exemplo, ao entrar no organismo consiga se

replicar e propagar. No entanto nem sempre a resposta inata é suficiente para fazer este bloqueio e aí,

quem toma parte neste processo é o sistema imune adaptativo que leva algum tempo até que atinja sua

eficiência máxima e consiga evitar a propagação do agente infeccioso. Além disso o sistema de

resposta imune adaptativo tem importante papel na reinfecção pelo mesmo agente, pois aí sua resposta

é mais rápida no combate ao mesmo, isto se deve a chamada “memória” do sistema imune.

No sistema de resposta inato, temos a participação por exemplo, de fatores solúveis como

lisozima e o sistema complemento (principalmente a via alternada deste), e da participação de células

fagocitárias. Já no sistema adaptativo temos principalmente a ação de mecanismos dependentes de

linfócitos B que darão início a produção de anticorpos e a coordenação da atividade e supressão ligada

principalmente aos linfócitos B. São os linfócitos os responsáveis pela memória do sistema imune,

uma vez ativados eles conseguem estabelecer uma resposta específica e rápida quando ocorre uma

reinfecção.

A fim de compreender melhor a imunologia devemos ter noção de alguns conceitos básicos

que determinam se um indivíduo possa se infectar ou não:

• REFRATARIEDADE - É um fenômeno inato, inespecífico e invariável que impede que uma

pessoa se infecte por determinados microrganismos. Nestes casos, mesmo que variem as condições

intrínsecas e extrínsecas do indivíduo, este não adquire determinadas infecções. Como exemplo

existem microrganismos que infectam os animais e jamais infectam o homem. O vírus da Bouba

aviária, o vírus da peste suína clássica, o vírus da peste suína africana que são virulentos para a

galinha e o porco respectivamente, jamais infectam o homem. As células humanas não possuem

receptores para estes vírus. Do mesmo modo, certas doenças infecciosas humanas, não são

reproduzidas em certos animais. Os vírus do sarampo, da caxumba e da rubéola não infectam as

aves, o cão o gato e outros animais.

• RESISTÊNCIA - É um fenômeno inato, inespecífico e variável, e a variação vai depender das

condições intrínsecas e extrínsecas de cada indivíduo e também da biologia do agente infeccioso.

Como exemplo, tem-se o Mycobacterium tuberculosis, que na maioria das vezes infecta o homem,

sem lhe causar danos e este, pelas suas defesas fique em estado latente, permanentemente, ou por

um longo período. Se houver problemas imunológicos por um conjunto de variáveis como

infecções em que haja destruição da defesa celular, administração de certos medicamentos, como

corticosteroídes, desnutrição, o Mycobacterium em fase latente pode reativar causando a

tuberculose doença. Um exemplo de doença destruindo a resistência é a SIDA. O HIV, além de

destruir o principal linfócito, o T4, produz uma série de outros distúrbios causados por outros

microrganismos tidos como normais.

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• IMUNIDADE - É um fenômeno nato, específico e não raro sofre variação, principalmente quando

há um desequilíbrio da imunidade celular. A infecção pelo HIV é um exemplo clássico dessa

alteração. A imunidade é realizada pelo sistema imune adaptativo, ou seja é realizado por células

específicas para este fim.

• IMUNIDADE INATA - Muitos mecanismos eficazes podem proteger o indivíduo de infecções

por microrganismos altamente patogênicos, independente de qualquer contato prévio com os

agentes etiológicos. Estes mecanismos tão eficientes impedem a ação de diferentes

microrganismos. Toda defesa parece ser controlada geneticamente e há uma diferença de espécie

para espécie e mesmo intra espécie, com variações menores para um mesmo indivíduo.

Para um mesmo agente etiológico há variações na sensibilidade de diferentes indivíduos. A

galinha é altamente susceptível ao vírus da bouba, entretanto, qualquer mamífero é totalmente

resistente, e mesmo as aves de espécies diferentes são também resistentes. Outro exemplo é a

resistência dos felinos e caninos ao vírus Influenza A, entretanto este infecciona e produz doença com

facilidade em aves, suínos e equinos. Determinantes ambientais podem fazer aparecer desde o início

da vida uma imunidade adquirida que induz um mecanismo de resistência a certas infecções. Com

relação a esta resistência temos, por exemplo a grande sensibilidade da população indígena às várias

doenças do homem civilizado. Aquela população é muito mais sensível ao sarampo, à gripe, à

tuberculose do que o homem civilizado.

A imunidade inata é correlacionada a um grande número de determinantes. Estes podem ser

específicos

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