Controle De Infecção
Artigo: Controle De Infecção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tharykscotelaro • 17/9/2013 • 667 Palavras (3 Páginas) • 377 Visualizações
CONTROLE, ELIMINAÇÃO E ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS
A incorporação dos conceitos de controle e de ações de controle de doenças é muito importante para entendermos, mais à frente, a distinção entre as ações de controle e vigilância como instrumentos de saúde pública.
Podemos entender o termo controle, quando aplicado a doenças transmissíveis, como a redução da incidência e/ou prevalência de determinada doença por meio de diferentes tipos de intervenções, a níveis muito baixos, de forma que ela deixe de ser considerada um problema importante em saúde pública. No controle, aceita-se a convivência com determinadas doenças, porém em níveis toleráveis ao homem.
Alguns autores propõem um conceito mais amplo de "controle de doenças", definindo-o como "uma série de esforços e intervenções integradas, dirigidas à população ou a subgrupos de alto risco nela existentes, visando prevenir, diagnosticar precocemente ou tratar um agravo à saúde, assim como limitar os danos por ele gerados".
Segundo Evans (1985), existem três níveis biológicos de controle:
• controle da doença clínica, das seqüelas e mortalidade a ela associadas;
• controle da infecção, quer ela se manifeste clinicamente ou como infecção assintomática;
• controle da presença do agente causal no ambiente e na fonte de infecção.
Salienta, também, que todos esses níveis devem ser atingidos antes que a erradicação seja possível.
A erradicação é uma forma radical de controle que, de modo sucinto, pode ser definido como a extinção, por métodos artificiais, do agente etiológico de um agravo, ou de seu vetor, sendo por conseqüência impossível sua reintrodução e totalmente desnecessária a manutenção de quaisquer medidas de prevenção.
A erradicação é atingida quando não mais existir o risco de infecção ou doença, mesmo na ausência de vacinação ou qualquer outra medida de controle, sendo inclusive indicada a suspensão da vigilância.
Cumpre salientar que a erradicação é um objetivo raramente atingido - a erradicação da varíola é uma exceção e não uma regra em saúde pública.
Uma alternativa próxima à erradicação, porém mais viável, é a eliminação de uma doença, que é atingida quando se obtém a cessação da sua transmissão em extensa área geográfica, persistindo, no entanto, o risco de sua reintrodução, seja por falha na utilização dos instrumentos de vigilância ou controle, seja pela modificação do comportamento do agente ou vetor.
Um exemplo de eliminação é a do poliovírus selvagem nas Américas, onde desde 1993 não ocorre um caso de poliomielite por transmissão autóctone, ainda que tenha sido comprovada, por duas vezes, a reintrodução do poliovírus selvagem no Canadá após a certificação da eliminação.
Tanto na eliminação como no controle de doenças, é indispensável a manutenção regular e contínua, não só das medidas de intervenção pertinentes à prevenção e ao controle, mas também as da vigilância, visando à avaliação do impacto das ações de controle ou de mudanças por diversas causas no comportamento das doenças
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