DEFINIÇÃO DA ANOREXIA E BOLETIM
Seminário: DEFINIÇÃO DA ANOREXIA E BOLETIM. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 2/6/2014 • Seminário • 1.959 Palavras (8 Páginas) • 333 Visualizações
Os transtornos alimentares são fatores psicofísicos que cada vez mais estão presentes na sociedade contemporânea, sendo essencial seu estudo e acompanhamento.
Um ótimo tema para uma monografia de Psicologia ou de Medicina Social.
Os transtornos alimentares podem ser classificados de acordo com seu gênero:
- Tipo restritivo: perda de peso através de dieta, jejum ou realizando exercício intenso.
Anorexia nervosa:
- Tipo compulsivo/purgativo: acessos de alimentação compulsiva e vômitos.
- Tipo purgativo: induz a si mesmo o vômito e usa laxantes, diuréticos e enemas.
Bulimia nervosa:
- Tipo não purgativo: mecanismos compensatórios como jejuns, exercício físico intensivo (LABANCA, 1999).
DEFINIÇÃO DE ANOREXIA E BULIMIA
Anorexia Nervosa: De acordo com a Associação Médica Brasileira, é um transtorno mental que consiste na rejeição a manter um peso corporal mínimo normal, medo intenso a ganhar peso e a uma alteração significativa da percepção da forma ou tamanho do corpo.
Os principais sintomas da anorexia são:
• Rejeição a manter o peso corporal acima do mínimo adequado para a estatura, chegando a situações de magreza extrema.
• Medo intenso a engordar, inclusive quando o peso é muito baixo.
• Sensação de estar gordo/a em geral ou em algumas partes do corpo, como nádegas, coxas, abdômen. Têm uma percepção de seu corpo que não é real. Ainda que estejam realmente delgados/as, seu espelho lhes diz que seguem estando gordos/as.
• Aparece outro tipo de problemas físicos que acompanham à desnutrição, como é no caso das mulheres a retirada ou o atraso da menstruação (YAGER, 2000).
• Exercício físico excessivo.
• Conduta alimentar estranha: come de pé, corta os alimentos em pequenos bocados.
• Incremento das horas de estudos e diminuição das de sonho.
Tudo isso pode produzir na o/enferma/ou uma série de conseqüências físicas e de comportamento:
• Perda de peso alarmante.
• Amenorréia (perda de menstruação).
• Aparição de pêlo ou intolerância ao frio.
• Tensão baixa, arritmias.
• Isolamento social
• Irritabilidade.
• Pânico a ganhar peso.
Bulimia nervosa: É uma doença mental que consiste em alimentação compulsiva e em métodos compensatórios inapropriados para evitar o ganho de peso.
Seus sintomas mais correntes são:
• Preocupação obsessiva pela comida, com desejos irresistíveis e incontroláveis de comer, alimentando-se compulsivamente de comida em curtos períodos de tempo e geralmente a escondidas. (2 vezes por semana num período de 3 meses)
• Condutas inapropriadas de maneira repetida com o objetivo de não ganhar peso: vômitos auto-provocados, abuso de laxantes, diuréticos, enemas ou outros fármacos; Jejuns e exercícios excessivos.
• Menstruações irregulares.
• Peso normal ou ligeiro sobrepeso.
• Medo a subir de peso (OMS, 1993).
Tudo isso pode produzir na o/enferma/ou uma série de conseqüências físicas e do comportamento:
• Lesões nas mãos pelos vômitos auto-provocados.
• Vômitos e diarréias incontroláveis.
• Subidas e baixadas de peso.
• Obsessão pela comida.
• Depressões e ameaça de suicídio.
• Isolamento social.
• Falta de auto-estima.
As pessoas que sofrem de anorexia e bulimia possuem um caráter obsessivo o que significa que se preocupam constantemente pelo peso e a dieta. No entanto, a personalidade destes pacientes é diferente. Assim, a anoréxica costuma estar considerada como "menina modelo": perfeccionista, excelente estudante, com um nível intelectual elevado e com tendência a fugir dos conflitos.
Preocupam-se excessivamente pelo que opinem os demais dela, costumam ter demasiado autocontrole. Não obstante as bulímicas costumam ser mais impulsivas, intolerantes e se frustram mais (ALA, 1998).
TRANSTORNOS ALIMENTARES EM MONOGRAFIA ACEstas pacientes podem ter problemas de vício às drogas bem como propensão à depressão e à ansiedade. Ademais, costumam fracassar em suas relações sentimentais. E é muito mais fácil descobrir que uma pessoa padece de anorexia já que emagrece tanto do que praticamente se fica nos ossos, enquanto uma mulher que sofre de bulimia costuma manter o mesmo peso. Esta é uma das razões pelas quais as bulímicas mantêm mais tempo em segredo sua doença. A bulímica, a diferença da anoréxica, tem mais consciência de que está enferma e costuma acabar solicitando ajuda.
As causas, tanto na anorexia como na bulimia, são tão múltiplas e variadas como enfermos as sofrem, não obstante, 80% dos casos surge quando se começa uma dieta de emagrecimento sem nenhum tipo de controle médico. Também se relaciona seu início com a não aceitação das mudanças corporais durante a adolescência, com um aumento acelerado de peso, com mudanças significativas na vida, com complexos relativos ao físico, com problemas de relação (YAGER, 2000).
O tratamento da anorexia envolve tanto uma abordagem farmacológica como uma vertente psicoterapêutica e outra nutricional, interconectadas e comunicantes. Veja um artigo sobre o TRATAMENTO FARMACOLOGICO E NUTRICIONAL DA ANOREXIA, um ótimo tema para monografias ou para artigos cientificos referentes aos transtornos alimentares
VIGOREXIA
A vigorexia é um transtorno mental diferente ,não é estritamente alimentar, mas se compartilha a patologia da preocupação obsessiva pela figura e uma distorção do esquema corporal. Foi diagnosticada por G. Pope. É um vício à prática da musculação que aparece normalmente em homens que se obsedam por conseguir um corpo mais e mais musculoso mediante o exercício físico excessivo. Os que padecem desta obsessão por ver-se musculosos se olham constantemente no espelho e se vêem delgados. De maneira que passam horas e horas na academia para aumentar sua musculatura, além de ingerir esteróides e anabolizantes o que gera graves problemas de saúde.
A dieta dos vigoréxicos é pouco equilibrada. Reduzem drasticamente o consumo de gorduras e aumentam de forma excessiva o consumo de hidratos de carbono e proteínas, favorecendo assim o aumento da massa muscular e causando problemas metabólicos importantes.
Apresentam obsessão pelo peso, razão pela qual se pesam várias vezes ao dia. Como passam muitas horas na prática de exercícios, afastam-se da família e amizades (isolamento social).
Ainda que existem explicações biológicas a estes transtornos (desequilíbrio nos níveis de serotonina e outros neurotransmisores do cérebro) os fatores sociais e educativos influem enormemente. Pode-se dizer que as características da vigorexia estão associadas com a baixa auto-estima e a uma não aceitação de sua imagem corporal.
Por esta razão os tratamentos aos enfermos de vigorexia têm que ser multidisciplinares e combinar a farmacologia com terapias cognitivo-comportamentais (YAGER, 2000).
COMPULSÃO ALIMENTAR
Este distúrbio do comportamento alimentar é caracterizado pela ingestão descontrolada de comida e conseqüente aumento de peso, sendo clássica a denominação em inglês, “binge eating”.
Ao contrário do que é mais comum na Bulimia Nervosa, a compulsão alimentar também afeta os homens.
O problema pode, por exemplo, ter início na infância, quando são formados os hábitos alimentares. O indivíduo afetado vê nos alimentos a forma de ultrapassar o stress, os conflitos emocionais e os problemas quotidianos (BERKOWITZ, 1993).
Caracteriza-se por uma ingestão de uma grande quantidade de comida em um curto espaço de tempo; muito mais do que aquilo que normalmente as pessoas poderiam comer durante esse mesmo período e sob as mesmas circunstancias; incapacidade em controlar aquilo que come, e respectivas quantidades, nesse espaço de tempo.
As crises de voracidade alimentar estão, normalmente, associadas à pelo menos três dos seguintes fatores:
- Comer mais rapidamente do que aquilo que seria normal;
- Comer até o indivíduo preencher seu estômago;
- Comer grandes quantidades de alimentos, mesmo que não tenha apetite;
- Comer sozinho por se sentir envergonhado em ingerir excessivas quantidades de alimentos;
- Ficar desgostoso depois de comer, depressivo e sentindo-se culpado por ter comido tanto;
- As crises de voracidade alimentar ocorrem pelo menos duas vezes por semana, durante 6 meses;
- O excesso de peso serve de escudo, especialmente quando se tratam de vítimas de abuso sexual. É uma forma de se tornarem menos atraentes e manterem os outros à distância. (SHAPIRA, 1993)
Quanto mais peso ganha, mais o indivíduo se esforça por fazer dieta. E é a dieta que leva, habitualmente, à seguinte ingestão excessiva de alimentos, precedida de sentimentos de culpa e fracasso. Um ciclo que continua indefinidamente, se não forem tratadas as causas emocionais.
De um modo geral, o doente sente-se fora de controle, mas tem consciência que os seus hábitos alimentares não são normais. Tal como na Bulimia Nervosa, tem maior facilidade em reconhecer o seu problema do que os doentes de Anorexia Nervosa.
Os pacientes que sofrem de crises de voracidade alimentar, normalmente, não utilizam meios inapropriados para as compensar (vomitar, praticar exercício em excesso).
SAIBA MAIS SOBRE A TERAPIA NUTRICIONAL DA COMPULSÃO ALIMENTAR
ESTATÍSTICAS
É alarmante o aumento do número de afetados por transtornos alimentares. Atualmente, nos países desenvolvidos, a anorexia nervosa afeta aproximadamente a um de cada 200 jovens entre 12 e 14 anos e ainda que as pessoas jovens (garotas entre 14 e 18 anos) seguem sendo o coletivo mais afetado, os rapazes, as mulheres maduras e os menores de 12 anos começam a agregar-se à lista de vítimas deste transtorno.
Os transtornos alimentares, salvo o caso da vigorexia, são mais freqüentes na mulher que no homem em uma proporção de 10 para 1, principalmente no caso da bulimia e da anorexia . A bulimia se dá com mais freqüência do que a anorexia nervosa, sendo sua incidência de 4 vezes maior. Os estudos propõem que entre 3 e 10% das garotas a sofrem. Entre 50 e o 60% dos casos se cura e o resto de pacientes cronificam a doença.
A mortalidade por anorexia nervosa é de aproximadamente 10% entre os pacientes que a padecem (APA, 1993).
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As EMOÇÕES E SUA RELAÇÃO COM TRANSTORNOS ALIMENTARES
A possibilidade de sofrer transtornos alimentares, segundo uma pesquisa brasileira da USP, está bastante relacionada com variáveis emocionais, a forma em que as pessoas regulam as que são negativas e as atitudes que adotam frente a elas.
A autora, Aitziber Pascual Jimeno, bacharel em Psicologia do departamento de Processos Psicológicos Básicos e seu Desenvolvimento da Faculdade de Psicologia traçou dois objetivos: por um lado, conhecer se determinadas variáveis emocionais desempenham um papel importante no desenvolvimento de transtornos alimentares; e, por outro, saber os perfis das mulheres com risco de padecer um transtorno alimentar e das que já o desenvolveram.
O trabalho abordou os seguintes temas: a percepção negativa das emoções, a atitude negativa para a expressão emocional, a alexitimia ( a incapacidade para identificar emoções próprias e para expressá-las verbalmente), a forma de manejar as emoções negativas, a freqüência de emoções positivas e negativas, a ansiedade, a baixa autoestima, e a influência da alimentação, o peso e a figura corporal no estado de ânimo.
Também a pesquisadora teve em conta outra variável não menos importante: a alta necessidade de controle que leva as pessoas a sofrer ansiedade e mal-estar se percebem que não conseguem satisfação.
No estudo participaram 433 mulheres; 143 delas experimentavam algum tipo de transtorno alimentar, e 145 corriam o risco de padecê-lo.
As conclusões do estudo demonstraram que, em geral, a maioria das variáveis são possíveis de servirem como elemento predecessor do risco de sofrer um transtorno alimentar. As que melhor alertaram sobre um maior perigo de desenvolve-lo são as seguintes:
- o estado de ânimo da pessoa se vê excessivamente influenciado pela alimentação, o peso e a figura corporal;
- sua autoestima é baixa; e
- ante situações de ansiedade, não expressa suas emoções e tende a atuar de maneira impulsiva.
Importância e utilidade do estudo
Estes resultados têm envolvimentos importantes, sobretudo à hora de desenhar programas de prevenção de transtornos alimentares. A partir dos dados obtidos, a psicóloga assinala que passa a ser essencial valorizar as variáveis emocionais à hora de prevenir eficazmente a problemática.
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